O TEMPO E A VIDA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Às 6 h hoje, tive a satisfação de ouvir o primeiro canto de sabiá, depois de um longo tempo. Sinal que os pássaros já se sentem mais à vontade com o clima. Estava acordada, ainda na cama e isso me inspirou.

Quando se tem tempo de ficar deitada pensando, muitas coisas passam pela cabeça. Memórias, pessoas e acontecimentos se misturam num longo fio contínuo, sem querer necessariamente que sejam do mesmo tempo e espaço.

A escuridão vai dando lugar para a claridade de um novo dia e se prestarmos atenção, outros pássaros cantam suas melodias. A vida é uma benção! E damos mais valor à ela, quando sentimos que, silenciosamente, vai escorregando das nossas mãos.

Muitas vezes, precisamos  escolher outros caminhos, esperando encontrar algo novo, ainda não vivido ou experimentado. Nem todos entendem isso como um recurso para trabalhar o que nos incomoda. A sensibilidade não é fator determinante em todos. E adjetivos como revoltado ou antipático começam a brotar das línguas sem empatia.

Não é fácil decidir por elementos novos, já que passamos a vida enraizados e manipulados por crenças e deveres. Aqueles que se libertam, vestem-se da transformação, mas ainda sentem o peso da culpa, tamanha é a pressão sobre nossas pobres almas.

Obviamente, também ficamos do outro lado, quando prendemos vidas a nós, mesmo que elas queiram irradiar todo potencial que têm para diversas direções. Seria egoísmo, ou aquela nobre desculpa de que o amor faz isso?

Enfim, o céu já está azul, as estrelas deixaram de brilhar por causa da claridade e o sol nasceu. A hora de filosofar sobre a vida vai dando espaço para o cheirinho de café e um pãozinho na frigideira. Quem sabe um mamão com aveia, pois meus passarinhos amados esperam ansiosos por uma fruta.

É isso, minha gente! Se tens oportunidade de mudar algo, faça! Amanhã pode não ter mais a força, a disposição e a sorte. Inove, considere pessoas, mas não viva em função do que já não dá frutos.

NAMASTÊ