Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
A idade nos faz andar num caminho onde de um lado está o vigor e no outro a fragilidade. Dependendo da situação, somos tratados ora de um jeito, ora de outro. Hoje passei por algo interessante. Comentei com a atendente de triagem, que fiz de tudo para evitar vir ao hospital, tomando chás e fazendo procedimentos naturais para aliviar a tosse e a dor de garganta. Ela meigamente sorriu e me disse: "coisas de vozinhas, a minha também faz isso!"
Nesta hora me senti a própria idosa. Estava do lado do caminho da fragilidade. Isso realmente não me incomodou. Percebi na jovem respeito e carinho pela sua avó. Obviamente, qualquer pessoa, em qualquer idade, se sente mais frágil quando não está bem e saudável. Queremos ser fortes o tempo todo, eu sou assim. Me sinto irritada se fico doente, porque sempre preciso estar bem para dar conta da vida.
No caminho para casa, caminhando, comecei a pensar sobre nosso corpo e, como um simples desajuste nos faz frágeis e sem muito controle desta vida. Hoje você está correndo maratonas, amanhã pode estar com seu joelho arruinado ou uma hérnia por esforço demasiado ou ainda uma torção que não te deixa mais caminhar. É a realidade de nossa vida física. Cuidar de nós como bibelôs numa cristaleira, nem sempre fará com que tenhamos toda proteção. O inesperado acontece. A minha cristaleira (e estou falando de uma real) um dia não suportou o peso e desmoronou, levando diversas taças e cristais. A vida deles tinha acabado.
Ainda meditando sobre o assunto de nossa saúde, constatei que os seres invisíveis a olho nu estão nos rodeando e nos escolhem aleatoriamente para invadir nossos sistemas. Talvez, por não nos alimentarmos com eficácia, nossa imunidade baixa e eles fazem a festa se instalando em diversos lugares do corpo. E ainda nos achamos a última bolachinha do pacote! Nossas atitudes é que darão sequência ou não à nossa vida. E lá vamos nós nos cuidar nos hospitais ou optarmos pelo natural, místico e espiritual. Fato é que ninguém quer ficar doente, mas nossos corpos, de alguma forma, nos falam que o que e como estamos fazendo, não está combinando com o equilíbrio físico, mental e emocional, forçando-nos a parar e pensar.
Hoje, resolvi dizer para mim mesma que ficar sem fazer nada e deixar meu corpo descansar e se recompor não faria de mim alguém preguiçoso, mas atencioso. Afinal, preciso olhar para este corpo e mimá-lo, como se mima um filho amado. Ele e minha alma são minhas fontes de luz que preciso para completar minha missão espiritual. Mereço pensar só em mim, durante um dia pelo menos de minha vida. E, de alguma forma, procurar dar uma chance de recuperação e de continuidade.
NAMASTÊ
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