TANTAS EM UMA SÓ

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Mãe tem de todo tipo e nome. Muitos podem não gostar da sua, mas não tem como mudar a mãe. Mãe é nossa raiz, de onde viemos, trazendo em nós o significado de nove meses de gestação. Esta é a verdadeira mãe, seja ela presente ou não. Mas existem as mães que escolheram cuidar, amar e acolher quem precisa disso, de alguma forma. E criam-se laços às vezes mais fortes que os genéticos.

Mãe pode ser distraída, quando é aquela que aparece na escola um dia antes da apresentação do filho.
Mãe pode ser chef, quando gasta a maior parte do tempo fazendo comida e lendo receitas.
Mãe pode ser companheira, quando faz questão de estar sempre junto, fazendo seus filhos observarem e aprenderem com a vida.
Mãe pode ser a conselheira, quando está sempre dando opinião e ouvindo.
Mãe pode ser dominadora, quando seus medos não deixam os filhos evoluírem e se soltarem.
Mãe pode ser castradora, quando não deixa os filhos realizarem sonhos.
Mãe pode ser irritante, quando só sabe mandar e brigar.
Mãe pode fingir regime, para deixar a comida para os filhos.
Mãe pode ser egoísta, quando só pensa no próprio bem estar, deixando sempre os filhos aos cuidados dos outros.
Mãe pode ser ausente, quando vive no mundo da lua, agora pregada em celular, sem ouvir as histórias dos filhos, dizendo apenas um ah!
Mãe pode ser trabalhadora demais, pensando em dar conforto e futuro para os filhos, mas esquecendo de que o tempo passa e eles crescem e seguem seus rumos.
Mãe pode ser antiquada, criando os filhos energicamente e com regras clássicas.
Mãe pode ser moderna, deixando a rédea correr solta demais, podendo se arrepender.
Mãe pode ser paciente, com sorriso terno acolhendo o choro e mostrando amor.
Mãe pode ser louca, correndo atrás com vassoura e chinelo, gritando e deixando todos com medo.
Mãe pode puxar orelha, mas beijará o dodói.
Mãe é psicóloga mal compreendida, é médica o tempo todo, é engenheira construindo alguma coisa para ajudar, é religiosa rezando sempre pelos filhos, é amiga ensinando os primeiros passos de cada fase da vida, é resiliência para as amarguras que sofre.
Ser mãe não é brincadeira, mas é brincar.
Ser mãe não é só dar a luz, mas é iluminar.
Ser mãe não é um mar de rosas, mas é formar o próprio buquê.
Ser mãe não é falar que é, mas demonstrar nas ações.
Ser mãe não é só colocar no mundo, mas se responsabilizar por aquela alma.
Ser mãe é um dia passar o bastão e deixar que a vida siga seu rumo.
Sorte da mãe que tem filhos que a reconhecem e que a respeitam, sorte dos filhos que tiveram tantos profissionais numa só mulher e que tem nela um porto seguro.
Porque esta é a função de mãe!

NAMASTÊ