Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Ontem assisti o encontro dos atores de Friends, filmado quando o Matthew Perry ainda estava vivo. Percebi que ele, apesar de ser o mais divertido da série, estava recluso e foi o que menos falou. Comecei a pensar no quanto guardamos dentro de nós coisas que ninguém nunca saberá. Quanta tristeza, frustrações e autojulgamentos nos comparando com os que nos cercam, sem observar o tamanho da nossa importância.
Muitas vezes estamos nos afogando num mar cheio de tubarões e o desespero nos cega sobre o barco que está atrás de nós. Quando nos sentimos com raiva do que somos e do mundo, a tendência é o afastamento e, na sequência, a depressão. Mesmo que alguns estendam a mão, uma força orgulhosa tende afastar-nos da sociedade. Não sei exatamente o que se passava na vida do ator, mas ele tinha potencial para ser feliz e fazer feliz os que estavam com ele. Acontece que a dura crença de que não somos o ideal ou que o mundo vive apontando nossos defeitos é uma realidade presente em muitos corações. E isso é perturbador para a alma.Talvez esses achismos sejam exagerados, talvez existam mesmo ou talvez seja tudo fruto de nossa frágil e já abalada imaginação, mas o fato é que essas pessoas precisam de muito amor e amizade que as escutem e amparem. Muitos transtornos estão surgindo devido ao excesso de controle sobre nossos corpos, vidas e profissões. Precisamos relaxar e não querer disputar uma corrida na única vida que temos, mas caminhar com mais tranquilidade, prontos a saborear a estrada que para nós é satisfatória. Esse bem querer, mesmo com todas as palermices que ouvimos, nos dará suporte para eliminarmos o que não nos serve como ferramentas para a vida. Porque precisamos entender que cada um é o arquiteto de sua existência, moldando, lapidando e pintando a própria tela. Ora se ajusta, ora libera.
Entristeceu-me ver o que o ator passava sem querer passar. Talvez dentro dele haviam mais perguntas que respostas. Ou talvez as respostas estavam diante de seus olhos, mas ele decidiu por não ouvi-las. É muito difícil quando a mente tenta controlar o corpo e encontra nele a fraqueza da não reação. Precisamos estar atentos ao que nossas mentes nos dizem, para não deixarmos que elas sabotem nossas vidas, exterminando sentimentos como a felicidade e o amor. Busquemos enfrentar esses demônios internos através de ajuda ou formas de terapias. A queda pode ser perigosa!
NAMASTÊ
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