Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
As vezes o assunto é obscuro. Se pudéssemos expressar em palavras o que sai do coração e percorre o corpo, talvez a mente não ficasse sem saber o que pensar. Procuramos entender a vida e suas surpresas, muitas vezes nos pregando peças.
Tentamos justificar por quês, entender onde erramos e ter sabedoria para levantar do banco e continuar a caminhar com fé e esperança. A linha que une uns aos outros, vez ou outra arrebenta. Vemos algumas cheias de nós, porque o tempo ainda não se esgotou. Outras, parecem deslizar sutilmente entre a vida, pois um dos lados não conseguiu honrar o laço. Alguém sempre sai ferido ou, no mínimo cheio de tristezas.
Dependendo da maturidade, a possibilidade de seguir em frente, observando o mundo com olhos renovados, é uma forma que encontramos de nos assegurar que há vida além dos problemas. O aprendizado é responsabilidade única e exclusiva de nós. Não podemos culpar a todos pelo que decidimos fazer com nossa caminhada. Se entrarmos no mar sem saber nadar, acabamos nos afogando. Se, apesar dos diversos avisos, insistirmos em colocar a mão na chapa quente, ficaremos marcados.
Não sabemos o que a mente de cada um é capaz, mas temos certeza de que as mentes não são iguais e que, apesar de culparmos sempre a vida pelo que passamos de ruim, as coisas boas que se vive podem modificar-nos plenamente, caso queiramos de verdade e não as consideremos menos.
Viver parece tão simples e é, quando nos propomos simplesmente a andar junto da real felicidade, sem boicotá-la com atitudes desnecessárias. O impulso que nos faz procurar ouro onde só tem brasa, define bem quem pensa e quem se atira em sandices. Por vezes, o ouro está nas nossas mãos e a displicência faz com que elas se abram e deixamos cair por terra tudo pelo que lutamos. E os laços viram cordas soltas, balançando ao vento. Perdemos o rumo, culpamos a todos e nos sentimos como balões soltos no ar, seguindo conforme o vento, sem ter um lugar que nos acolha com ternura.
Mas, escolhas precisam ser decididas a dedo. Na esquerda o anjo da tentação, na direita o da razão. Cabe a nós virar o rosto para aquele que não só vai nos dar prazer ou momentos de satisfação, mas vai fazer com que nos sintamos parte de um mundo sadio, feliz e cheio de orgulho por nós mesmos. Esta é a diferença de quem chega e de quem encurta a viagem porque se entedia da paisagem. Existe esperança se fecharmos as portas que não levam a nada e abrirmos as portas para deixarmos a luz entrar.
NAMASTÊ
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