Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Sabem, quando eu era mais jovem cobrava dos meus pais que eles deveriam sair mais, ir dançar ou fazer atividades. E ouvia deles que já estavam cansados e gostavam de ficar em casa com suas coisas. Às vezes, isso me irritava, pois achava que eles estavam se entregando e não vivendo o suficiente.
Agora cheguei na idade deles e percebo como tudo muda. Baladas, músicas altas e aglomeração já não fazem mais parte do menu e da minha paciência. O gosto, quando amadurecemos, torna-se mais requintado e limitado. Realmente, enaltecemos o lar como acolhedor e único. Não sei se todos chegam nesta fase ao mesmo tempo, mas agora entendo as escolhas dos mais velhos e os respeito. Tudo tem um tempo e uma beleza.
Precisamos nos dar conta das limitações de cada idade e fase de nossas vidas. Nos dar o direito de relaxar se necessário, e de festejar, conforme o acontecimento. A ânsia de viver intensamente, sem parar, pode simplesmente significar medo e desespero de perder tempo na vida. Mas não é. O tempo não se faz com quantidade de tarefas ou de diversidades, mas da qualidade e satisfação que temos a cada dia. Se ao deitarmos para dormir à noite sem culpa, então teremos vivido a vida que nos faz bem.
Por outro lado, não aceitar o limite do corpo e da própria mente pode se tornar uma faca de dois gumes, onde o esforço exagerado de buscar a juventude poderá causar um desgaste proporcional ao mecanismo do corpo ou ajudar na reativação do ânimo e força de vontade. Cada um deve saber de si, pois sua estrada é única.
Precisamos ter em mente que o deixar fluir é extremamente necessário para a saúde e respeitar o fluir dos outros, também. Forçar alguém a fazer o que não quer é estressante e nada sadio e satisfatório para tal pessoa. Cada um quer ter as rédeas de sua vida e obrigar a atividades que não estejam no foco é condicionar alguém à uma vida que não flui conforme sua própria luz.
A idade chega para quem ainda precisa ensinar e aprender na Terra. A esperteza de transformar a vida dos mais velhos em sabedoria é um trabalho para os mais jovens, que podem auxiliar os ouvindo e também compreendendo, sem tirar de ninguém o direito de escolher como saborear a própria vida.
NAMASTÊ
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