Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Hoje ao meditar, pedi um retorno sobre algumas dúvidas, que de certa forma me afligem. Uma delas é sobre a família e essa história de que precisamos estar grudados em cada peão para que possamos definir uma família feliz. Porque às vezes, queremos e precisamos ser somente nós.
A resposta veio quase imediata. Isso tudo é um padrão, não viemos ao mundo para servir aos familiares, mas ter, através da família, alavancas e ferramentas para nos descobrirmos e realizarmos nossa missão de vida. Isso não significa que não os amemos, mas que podemos nos libertar dos laços criados pelo poder sanguíneo e viver mais intensamente nossos sonhos e objetivos.Exemplos disso estão pelo mundo afora como as freiras, os profissionais que se aventuram para cuidar de pessoas em outros países, os andarilhos e viajantes eternos. Eles saem do seio familiar para seu propósito de vida, sem culpa ou ilusão de que estão sendo desleixados ou descuidados com seus parentes. Cada um coloca em si mesmo o peso de toda essa ligação. Não fossem as pessoas corajosas e dispostas a lutar pelo que realmente querem para suas vidas, não haveriam as grandes almas que ajudam, comunicam e são livres. Elas é que são capazes de aprender com sabedoria o despertar da própria essência de suas vidas.
Quando somos sufocados pela falsa responsabilidade de ter que estar atado à família, acabamos bloqueando nossas capacidades espirituais e nos tornamos infelizes e fracassados. E nem sempre nos damos conta de que é este o processo. Obviamente, cuidar de quem nos deu a vida é um ato de amor e respeito. Principalmente quando estes já não conseguem fazer por si. Mas, se a distância e o comprometimento real de sua função espiritual lhes disser no íntimo que está fazendo e estando onde precisa, não podemos nos sentir culpados, mas enobrecidos. Afinal, estamos sendo uma ajuda ou o caminho para outros.
Portanto, se a cobrança vier sobre nossa forma alheia de viver, podemos lidar com isto informando aqueles que pregam essa ligação glutinosa de que a alma é livre. E que nosso coração pode estar unido, mas as tarefas da vida devem ser feitas de acordo com cada missionário enviado.
NAMASTÊ
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