POBRES NEURÔNIOS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Alguém aí se sente como eu, parecendo que está vivendo em mundos diferentes, ao mesmo tempo? Um deles parece abalado, o outro uma utopia. Um te agarra e sufoca, o outro te solta e acalma.

A balança não se equilibra e parece que às vezes não há por onde sair. A emoções dentro do peito são intensas, tanto que me falta a respiração. Não entendo mais o que vejo, ouço e sinto. Tudo parece loucamente remexido. Uns se exaltam nas crenças, outros nos desvios de conduta.

Ninguém pode ter sua própria opinião,  sem ser arrastado para uma corrente de gritos e revoltas. O mundo nos exige decência, sem ser decente. Nos exige dignidade, mas ensina violência, distúrbios e agressividade.

Mas, naquele outro mundo, quando se consegue o acesso, entregamo-nos à paz e à esperança.  E eu não quero mais deixar este lugar.  Um sopro repentino na consciência me faz voltar. E tenho que ser forte para não entrar na energia da irritação, ingratidão e impaciência que circundam a esfera terrestre. Estou tão cansada, que já começo a sentir em meu corpo fisico.

Tenho respirado profundamente e sinto tontura. De repente há algo no meu mundo interior que ainda não decifrei. Estou em conflito comigo mesma. Quero relaxar, mas não tenho tido muitas oportunidades de pé na terra, banho de cachoeira, espuma do mar ou uma caverna de cristais. É preciso! É necessário para o corpo que me guia.

Sinto o mundo maravilhoso, cheio de interferências psíquicas e energéticas. Como lidar com isso? Alguém me responda, seja daqui ou de lá. Porque senão eu estarei pedalando na água.

NAMASTÊ