Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Hoje vim caminhando, vendo esse lindo dia de sol e frescor da manhã, conversando com o Pai Maior, pedindo uma intuição sobre o que escrever. Não tenho tido muita intuição ultimamente e me sinto meio solitária. Mas, imediatamente meu Eu interior me disse: escreva sobre a frustração. E fervilhou de palavras e idéias durante o trajeto.
A frustração é um sentimento pesado, mas primário. Isso significa que se não soubermos trabalhar com ele, outros sentimentos serão "desabrochados" no coração, como raiva, tristeza, orgulho, vingança, depressão. Quantas e quantas vezes nos frustramos com as pessoas ou com lugares que conhecemos, frequentamos ou decisões que tomamos? Além disso, nos frustramos também quando colocamos muita expectativa sobre as pessoas, sem lembrar que cada qual tem seu jeito, suas escolhas e seu carma, restando à ela mesma dirigir sua vida e ser responsável pelos resultados de suas ações.
Nos frustramos no amor, no trabalho, na família, nas amizades e até conosco mesmos. É difícil não encontrar este sentimento em algum momento da vida, afinal, o mundo não gira ao nosso redor e a perfeição só existe na divindade.
Mas como trabalhar com isso, então?
Talvez seguindo os passos do psicológico e sendo humanos. Colocando para fora a raiva, chorando, socando almofadas, esclarecendo as verdades e depois decidindo se perdoamos e seguimos adiante ou se preferimos engavetar e ficar abrindo a cada oportunidade a gaveta e trazendo à tona o passado. Lembrando o quanto isso precisa de energia e acúmulo de sentimentos. Esse desgaste influencia na saúde e bem estar da alma.
Cada um deve lidar com suas frustrações da forma que acha correto para sua vida, mas tem preço. Será mais caro conforme a decisão. Pode parecer que oprimir, desdenhar, humilhar ou ficar dando indiretas te fará melhor, vingando sua frustração. Mas estamos apenas utilizando sentimentos fúteis para ter controle de uma situação que na verdade, não temos.
Frustrar faz parte do nosso crescimento, para entendermos justamente que precisamos respeitar e acatar decisões ou aprender a abrir nosso campo de visão para compreender e escolher melhor como falar, o que fazer e como ficar mais atentos. E temos o direito de nos frustrar e seguir por outro caminho, e outro, e outro e outro. O que não podemos esquecer é que os outros também se frustram conosco e que cada um tem sua cota de paciência, amor e resignação. E é aí que vamos compreender como temos agido e o que sai de nossas bocas. Pode ser tarde demais para resgatar relações.
NAMASTÊ
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