O LUGAR DO OUTRO

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

Acredito que a maior parte de nós, sabe que estamos numa missão neste mundo. E dentro desta missão, estão nossos papéis que exercemos durante nossas vidas. Vamos encontrando pessoas, formando ou não famílias,  amizades, temos uma profissão ou um trabalho a realizar, mas cada um, exatamente, tem a sua atividade colaborativa.

Quando as pessoas sabem o que são, quem são e o que devem fazer, parece que tudo se encaixa com amor e paz. O problema é que muitos perdem preciosa parte do seu tempo, ao qual deveriam cuidar de seus afazeres ou de buscar suas soluções, para resolver ou assumir a vida de outras pessoas.

Levando em conta que há um desperdício de energia neste processo, a pessoa que insiste em tomar o lugar de alguém, acaba virando um vampiro energético.  Ela não se dá conta que ao invés de só invejar ou querer ser como o outro, também atrapalha energeticamente a vida daquele.

Para ser mais específica,  vamos dizer que você tem um cargo numa empresa e cobiça ou "admira" alguma pessoa e seu cargo. Começa a se vestir como ela, tenta agir igual e até interfere nas amizades para ser vista e quem sabe usurpar o lugar dela. Você está vampirizando o outro, causando males físicos e espirituais.

Outro exemplo pode ser dado dentro das nossas próprias famílias, onde irmãos invejam o trabalho, a posição e a aparência do outro. O mesmo acontece: vampirismo. Com isso, vamos adoecendo sem saber o por quê. Às vezes sogras, não bem resolvidas, disputam com noras, outras vezes pais que não querem envelhecer, imitam seus filhos ou parentes que resolvem tomar o filho dos outros como seus. Essas são apenas algumas das situações. Comece a analisar e perceber.

Se cada um fosse realmente grato pelas suas conquistas, deixando que as outras pessoas tomassem as rédeas de suas vidas, com suas missões e destinos, talvez não houvessem tantas discórdias, brigas e situações constrangedoras. Mas alguns insistem em se comparar e para receber aplausos (pois talvez suas pobres vidas não sejam o esperado) se infiltram nos trabalhos e missões dos outros querendo parecer melhores. Só que não conseguem fazer isso dentro da sua própria vida, pois são desprezados ou não tem o merecimento esperado. Talvez porque sejam chatos demais para os que convivem com eles diariamente.

Temos que deixar cada um exercer seu trabalho, sua missão.  Isso não significa não admirar, não querer aprender ou até copiar alguém. Significa não se meter na energia e vida do outro. Deixe que o profissional escolha sua área ou maneira de agir, que seus familiares possam ter cada um sua família e cuidar deles do modo que lhes diz respeito, que cada ser humano tenha escolhas e se responsabilize por elas.

A vida de cada um de nós é importante o suficiente para olharmos para nosso próprio nariz, nossa própria casa e nossos próprios problemas. Querer que os outros nos admirem por cuidarmos da vida deles é uma real necessidade de valor,  onde nos sentimos carentes de elogios e aplausos. Busque ajuda. 

Procure dirigir sua energia para sua verdadeira missão e deixe a missão dos outros em paz. Não seja um vampiro, com a desculpa de que está ajudando e se importando. Sua vida tem muita coisa para ser feita. Pare de preencher suas vaidades com o que não te diz respeito e faça realmente uma caridade a quem precisa. Respeite o lugar do outro. Ele merece a paz para completar o que veio fazer. Saiba que, ao se infiltrar sem respeito, o universo lhe mostrará, mais dias, menos dias, seu verdadeiro lugar.

NAMASTÊ