Autora: Josianne L.Amend ( JosiLuA)
Aquilo que não dizemos, mas que nossa voz insiste em falar dentro de nós, pode ou não ser algo que deveríamos compartilhar com alguém?
Quantas vezes temos idéias ou julgamos alguém por seus atos ou palavras e apenas lançamos olhares sem nada dizer? É nossa consciência pedindo cautela. Ouvi-la mais vezes poderia nos ajudar muito em algumas situações.
Por outro lado, guardar sentimentos por longo tempo, aqueles que nos dão dor de garganta ou estômago pode não ser tão saudável assim. Normalmente, não queremos inflamar raiva ou descontrole de alguém por ouvir aquilo que queremos dizer.
Veja bem, não necessariamente é uma verdade o que queremos dizer, pois precisamos aprender que cada um tem a sua. Criticar pode ser uma declaração do que gostaríamos de ser ou apenas algo que nos incomoda porque temos coisas a consertar em nós mesmos que se espelham no outro.
Porém, parece sensato falar quando podemos ao menos abrir os olhos de alguém que esteja saindo do caminho e agindo sem muita decência. Fica difícil iniciar uma conversa quando se tem medo da reação do outro. O jeito é tentar.
Imagine quantas vezes falam de nós na nossa ausência, sem a coragem de arriscar os olhos nos olhos. Seremos covardes, então fazendo fofocas? Afinal, todos têm direito de defesa ou até pensar melhor sobre o assunto e, se for do agrado, mudar.
Falar por falar, só porque algo incomoda, é típico de pessoas que se dizem seguras. Mas não é bem assim. Elas precisam causar medo nos outros para não demonstrarem o seu. Já vi pessoas assim que, ao encontrarem um adversário à altura, acabaram emburradas ou cheias de rancor. Não souberam solucionar a questão, porque não estavam acostumadas a perder ou ouvir.
Voltando ao guardar sentimentos, sim, devemos pensar no que falar e principalmente, no momento certo de abrir a boca. Mas, se vemos que de alguma forma alguém está repetindo padrões que estão prejudicando e magoando pessoas e até a si mesmo, porque não falar? Talvez iniciar da forma correta, alertando que precisa dizer algo que está incomodando as pessoas ao redor delas.
Sabemos que pessoas reagem de diversas maneiras. Umas já explodem, outras disparam a falar e outras abrem os olhos num sinal de indignação. Contudo, todas ficarão curiosas para saber do que se trata. Se houver empatia e escolheu um bom momento, talvez a sós, siga em frente. Escolha boas palavras, sem ser grosseiro e tente mostrar o que está acontecendo. Seja justo, ouça também. Sempre deixe sua voz numa altura boa, tranquila, sem se exaltar. Isso fará com que o outro perceba suas intenções.
Quanto mais baixo for o tom de voz, mais poderá controlar a conversa. E se isso não adiantar, encerre. Não insista. Ao menos terá aberto uma porta para que o outro analise seus próprios atos.
Sempre estamos pensando se a verdade é justa, mas precisamos saber que algumas pessoas simplesmente precisam ouvir para começar a mudar. O que todos nós precisamos aprender é saber conversar, expor idéias e sentimentos de maneira clara e sobretudo ouvir. E antes de responder compulsivamente, pensar. Porque o que estraga não é a verdade, mas como ela é dita ou recebida.
NAMASTÊ
Nenhum comentário:
Postar um comentário
CRÍTICAS, ELOGIOS, OPINIÕES E SUGESTÕES SOBRE A LEITURA OU O QUE QUER LER SERÃO MUITO BENVINDOS.