Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Talvez eu devesse apenas me calar e deixar que o tempo escondesse em seu infinito baú, todas as tristezas que insistem corroer minha alma.
Talvez eu devesse seguir em frente, fingindo ser a parte cômica de uma tragédia ou apenas me redimir de erros e verdades.
Talvez a vida seja mais breve do que se possa imaginar e não dê tempo de pensar na atitude mais correta, nas palavras certeiras que fariam, certamente, algum coração florescer.
Eu não sei, não tenho nenhuma certeza do amanhã. Mas sei que posso sair de cena com orgulho ou com pena de mim mesma. Não sei se receberei aplausos ou apupos e depois, talvez pouco ou nada importe. Mas gostaria de ser lembrada como a alma que soube viver e sem delongas, não ter sido execrada.
Afinal, nossos corações são como as folhas de outono que, após receberem tanto calor e frio, um dia voam ao vento amareladas e secas varridas e, aos poucos, esfarelando-se.
Alguém as pisa sem ter noção do quanto aquela folha sonhou, amou e tentou viver feliz. Infelizmente, só aprendemos o que é dor quando ela bate à nossa porta. Até então, desprezamos quem, na própria loucura, padece dos transtornos por ela causados.
Não sei se estou certa do que escolhi fazer e sentir. Pode não arrumar nada no mundo ou pode dar um jeito no mundo de alguém. Somos pontas soltas prestes a se encaixar em outras pontas. E a infinitude nos faz entrelaçar em mais e mais vidas, provando o mel e o fel de cada origem, saboreando ou cuspindo o sabor de sentimentos, atitudes e palavras que, querendo ou não, engolimos.
E a mistura de decepções com emoções é que nos dá coragem e energia necessárias para continuar voando, unindo pontas e quem sabe, num dia de sol e paz, pousarmos e nos encaixarmos perfeitamente na verdadeira paz espiritual.
NAMASTÊ
Lindo demais...
ResponderExcluirObrigada amiga⚘❤
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