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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

SER E APRENDER

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)


Num sonho, me vi como o barro.
Fui pisada e massacrada!
E, mesmo com todo esse flagelo
aprendi a ser macia, me tornar resistente e útil.

Pensando, imaginei-me como um bambu.
Era flexível, vergava nos açoites e vendavais,
mas conseguia me manter firme e imponente
abrindo caminhos em meu interior, retirando o que não prestava.

Meditando, idealizei-me como um cactus
solitária, mas abrindo meus braços sempre
para proteger e oferecer o que de mais importante
existe em mim para aquele que tem sede de alguma coisa.

Imaginando, quis ser um sol
capaz de iluminar e aquecer as pessoas que se aproximam
e que procuram a luz sem, entretanto, ofuscá-las,
mas sendo brilho para que enxerguem longe.

Vivendo, chorei como as nuvens,
sofri, como as plantas num temporal,
procurei, como as formigas buscam alimento,
gritei, como o vento se estreitando entre as rochas,
corri, como as ondas a buscar a areia...

Isso é a mente... E a mente somos nós!
É aquilo que imaginamos,
que nos faz mover, não só o nosso,
mas todo o mundo...! 

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