Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Se eu olhar para trás, vou ver tantas histórias, cada uma delas cheias de personagens, lugares e sentimentos diversos. Às vezes, isso distrai, me faz sorrir e pensar.
Pensar em quanto fui desatenta e ao mesmo tempo esperta. O quanto tive medo, mas o venci com coragem suficiente para explorar a vida sozinha.
As memórias são como objetos num baú, deixado no sótão por longo tempo. E, ao remexer ali, o vento sopra e se misturam fantasias e realidades. Frases exatas já se apagaram e o que se sabe é o essencial. Aquilo que nos fez mudar, sair daquele lugar ou caminho.
Muitos já me contaram suas histórias várias vezes, porém de diversas formas. Talvez o que imaginamos ou o que criamos na mente seja um elixir suave para perdoar o que nos causa culpa. E é assim que uns conseguem sobreviver e tentar mudar a si mesmos, caso percebam que o caminho foi errado.
Conforme a idade, a bagagem vai atolando o baú. Muitas, ninguém saberá que existiram. Elas ficam nos lugares mais profundos, onde só mergulhamos quando um turbilhão acontece. Preferimos esquecer. Mas, são exatamente estas que mexem com nossa consciência e nos transformam.
Há muita beleza nas memórias, muitos risos, carinhos e companheirismo. Vivemos muitas festas, muitos abraços, muitos beijos. Sentimos tantas emoções, rostos corados, pernas bambas e lágrimas, tanto de alegrias, quanto tristezas. Cada um de nós é um filme de gêneros multi categorias. E cada um guarda sua lembrança, conforme a importância que teve naquele momento da vida.
Nossa alma, guardiã de nossa consciência, desde o início se alimenta de cada decisão e acontecimento que tivemos. É uma mistura de comédia, drama, suspense, romance e terror. Alguns, certamente, devem envergonhar-nos, se olharmos de fora e observarmos nossas atitudes. Outros, por sua vez, nos dão tanto orgulho que nos fazem caminhar buscando a direção certa, conforme aprendemos.
Se não fosse para pesquisarmos, não teríamos memórias. As lembranças são freios, incentivos e formas de transformações que precisamos enfrentar, explorando as certezas de como agir no presente e nos preparar para um possível e melhor futuro. Mesmo que elas pareçam empoeiradas, com esforço serão recuperadas. Pelo menos aquelas necessárias para nossa ação imediata e, quem sabe, nosso despertar.
NAMASTÊ
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