Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
As pessoas estão ficando cada vez mais frias. O calor humano está diminuindo e são poucos os que pensam e se importam realmente com o mundo ao seu redor. E as desculpas são de que não há lugar para mais um, preciso de espaço ou não quero mais responsabilidades.
O tempo está sem tempo para longas conversas, observar a vida dos nossos, lembrar o que foi importante e bom. Tudo se resume em olhar para telas e acreditar que as "curtidas" são fontes de que somos visíveis e importantes, escondendo a própria frustração e carência.
Ao notar a quantidade de pessoas que nos feriados ou finais de semana vão em busca da natureza, entendemos a ânsia pela busca da paz e desta conexão. Isto fortalece nosso sistema e, o humor e a felicidade tendem a aumentar nossa imunidade. Nosso emocional acalma e dormimos melhor. Nosso mental relaxa e reduzimos o estresse e a ansiedade.
Contudo, a solidão escondida entre paredes tanto físicas, quanto emocionais, continua aumentando. Apesar das ferramentas disponíveis no mundo, as condições financeiras, materiais e físicas acabam minando possibilidades para grande parte da população. E, na esperança de serem lembradas, ajudadas e mimadas, esperam que alguém as acolha.
Por outro lado, tal acolhimento pode significar obrigações e regras que elas já não se habituam, pois apenas querem aproveitar a liberdade e serem elas mesmas, sem perder a identidade, nem trocando papéis. Quando isto acontece, é preferível estar só do que sofrer com certos tratamentos nada amorosos, implicando em condições limitantes.
A lição aqui é a de aproveitarmos as pessoas enquanto estão vivas, sem tirar delas suas essências, seu modo de ser e entender que elas precisam falar e ouvir sobre a vida e contar suas histórias. Deixemos leves os encontros, saibamos criar espaços para que todos tenham opiniões e o melhor: olhemos com os olhos da alma e ouçamos com atenção. Talvez nos surpreenda a quantidade de histórias que não sabíamos sobre a vida desta pessoa e do quanto ela foi forte e passou por tanta coisa, sozinha! Lembrando que a solidão interior tem se expandido em qualquer idade. Acolhimento é um grande passo na evolução.
NAMASTÊ
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