Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Tem vezes que ser forte significa não contar com ninguém para chorar ou abrir seu coração. Aprendemos a nos calar e engolir tudo que sentimos para não ouvir justamente o que não precisamos naquele momento.
É triste ouvir: - Olha o drama!, quando a vontade que temos é de receber só um abraço e ser amparada no peito de alguém. Ninguém quer, numa hora em que a fragilidade da vida nos envolve, ser agraciada com "ais" ou olhares de deboche. Queria que as pessoas soubessem que tenho coração e que ele dói. Que a vida, apesar de dura, me fez fazer tudo que podia para dar amor e deixar de lado o " eu", para ser "nós ".
Minhas falhas, muitas vezes foram de cansaço por falar e não ser ouvida, fazer e não ser compreendida e precisar estar ausente quando queriam minha presença. Ainda não me aceitaram como sou e tentam moldar meus pensamentos que são diferentes ou que não se ajustam na vida dos que participam da minha. Isso vem em forma de castigos que destróem a alma com isolamentos e distanciamentos. E, apesar de querer estar presente, participar e sentir o prazer da alegria, esquecem ou me eliminam dos planos, sobrando restos que vou catando e preenchendo um pouco da vida que me resta, me iludindo com o amor que penso existir.
Compreendo que a vida de cada um são suas escolhas e que devia estar acostumada por não fazer parte delas. Quando amamos, devia existir um presente divino, onde ao menos sentíssemos que o que nos mostram é real e não fantasia. Me considero forte, mas ainda preciso de abraço. Me considero independente, mas quero ter amigos, contar minhas historias e ouvir a deles. Me considero espiritualista, mas preciso de dias de terra que sustentem meu espirito.
Tem dias que olhamos o céu e nos perguntamos "até onde vou"? Tem palavras que ouvimos e são como balas a furar a alma. Tem dias que, com toda beleza e cor do mundo, enxergamos a vida cinza, opaca e sem brilho. Ainda falta compreender por que esperamos tanto de quem ainda não aprendeu a olhar através dos julgamentos, querendo exorcizar de si mesmo seus próprios demônios. E não conseguem olhar para frente, sem apontar um dedo na direção do que consideram um erro seu, a fim de justificar suas próprias vidas. Nem sempre o sol nos ilumina por completo, mas ainda resta os frágeis raios de luz que jamais deixam o coração se apagar. E seguimos...
NAMASTÊ
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