Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
As pessoas têm reações diferentes ao se depararem com problemas, amarguras e decepções. Algumas se fecham, porque não querem ter que dar explicações, outras fazem escândalos e outras ainda absorvem "elegantemente" tudo.
Mas, como todos nós temos uma química cerebral meio incontrolável, por dentro ficamos arrasados, infelizes e sofremos. E não há mal nenhum nisto, pois o processo de perdas precisa ser bem elaborado, para que cheguemos à conclusão de que os ganhos são recompensadores.
Talvez coisas aconteçam de imprevisto porque a vida estava cômoda demais. Não que não mereçamos tal comodidade ou felicidade, mas o universo quer um avanço e acaba nos empurrando. E este "tropeço" vem de encontro a certezas e sonhos desmoronados.
Já perceberam como precisamos de um susto ou do inesperado na vida para que, de repente, mudemos nossas atitudes e maneiras de ser, agir e pensar? Alguém que perde um amor, de repente se recicla. Começa a cuidar do corpo, da mente e faz novas amizades. Quer mostrar para si mesmo (e para quem foi embora) que consegue ser melhor.
Alguém que perde um emprego, normalmente busca aprender mais, cuida da aparência e faz novos projetos. Muitos que saem de casamentos e relações ficam sem saber o que fazer. Primeiro acham que o mundo vai acabar amanhã e querem aproveitar tudo, mas depois percebem que o melhor está mesmo em se encontrar e se descobrir novamente.
Nas doenças, ou somos desesperados, ou conformistas com medos. Sem entender ainda a vida em si, lançamos mão de todo tipo de tratamento, buscando a cura. Acabamos descobrindo e aprendendo sobre diversos assuntos terapêuticos. Alguns até mudam de crenças e se convertem em pessoas caridosas.
Chorar pode ser um meio de desaguar as frustrações. Socar almofadas pode tirar nossa raiva. Não responder ou se fechar ajuda a pensar e deve ser respeitado pelos outros. Mas chega o dia em que da fresta na cortina emerge uma linda luz de sol, onde até vemos as partículas de pó dançando no ar, e resolvemos que há vida além da janela e que dela queremos aproveitar.
Pode não ter um amor de braços abertos, nem o telefone esperado da empresa que enviamos currículo, mas haverá luz, paz e novidades. Pode até ser que a doença tenha avançado, mas nosso espírito aprendeu o por quê estamos nessa condição. Basta querer enxergar! O passado nos serve como lição de vida e carregamos as boas lembranças, mas o futuro está para ser desvendado através do nosso novo Eu. Aquilo que deixamos de ser enquanto, para nos tornar após. E enfrentar nossos medos é o melhor de tudo, fortalecendo a alma e nos transformando em novas pessoas.
Então, processos e pessoas vêm e vão. Aprender a respeitar o momento de cada um torna a vida mais leve. Solte o que não usa mais e vá às compras, pois o mundo é o lugar de maior variedade e opções para sermos felizes.
NAMASTÊ
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