RESPOSTAS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Respostas...
Nem sempre as temos.
Nem sempre as entendemos.
Nem sempre as aceitamos.

O que fazer se as respostas não são as que esperamos? A briga entre razão e intuição muitas vezes atrapalha a assertiva. E a resposta, que deveria abrir nosso caminho, acaba por bloqueá-lo.

Nossas vidas precisam, constantemente, de respostas. O que fazer, como, aceito, vou ou não, consigo, são verbos que afetam a mente e o coração. Muitos parecem andar pela estrada da compreensão e seus anseios são respondidos. Seriam pessoas mais corajosas, perceptivas ou que apenas têm mais sorte? Teria a força da fé realmente as respostas em como conduzir nossas vidas?

Ouvimos que o tempo traz as respostas, mas às vezes ele demora muito a bater em nossa porta. Esperamos uma ajuda espiritual na qual possamos nos agarrar e ter forças para continuar pelo menos com um pingo de certeza. Chega um ponto em que nos sentimos ou cegos, ou surdos ou ignorantes ao ponto de não entendermos as "dicas" do universo.

Então, qual seria a resposta certa para que nossas vidas tenham sentido e possamos trilhar um caminho sem medos? Parece que a resposta é " tente, faça, mesmo que erre"! Porque só assim poderá riscar da lista uma tentativa que deu ou não resultado. Enquanto não fizermos, algo em nós ficará incomodando, como se um espinho cutucasse a mente e o coração. E viveremos sem resposta para a questão.

Respostas podem ser objetivas ou subjetivas e é aí que muitos acabam se destacando ou arruinando suas vidas. Entender a força cósmica e a energia que circula através de nós e nossas atitudes, será uma grande diferença para ter respostas aos verbos que, diariamente, nos incomodam. E essa força pode ser buscada através do silêncio exterior e conversa interior. Temos muito em nós se pararmos de querer lutar com o mundo e aprendermos a ouvir nosso Ser Superior.

NAMASTÊ 

E VAMOS...

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

E vamos seguindo...
Cada um com seus desejos, seus trabalhos, seus medos, suas obrigações.
Às vezes, queremos repartir a carga, pensando que todos deveriam ser mais caridosos, amorosos e humanos.
Como julgá-los se não carregamos o que eles carregam? Como saber se o peso deles é suportável para suas vidas?

Adoramos diagnosticar o que outra alma sente e passa, sem ao menos compreender. Tanto tempo temos para nos elevar, nos permitir ascender e gastamos nossa energia sabotando pessoas, suas energias e auras, com críticas envenenadas pela nossa própria frustração e inveja.

E vamos vivendo...
Uns tão cheios de ternura, outros desgastados com suas rabugices e egos enormes. Temos um coração e a capacidade de amar, mas preferimos dizer que não deixamos passar em branco, que não temos tempo a perder com pessoas ignorantes e falsas. Quantas vezes na vida derrubamos alguém, nos intrometemos clandestinamente em suas vidas, debochamos ou demos uma rasteira? Não, não somos as pessoas coitadas que são feridas ou que pensam fazer tudo pelo outro. Temos nosso pacote de culpas, agimos na perversidade mesmo, buscando proveito e nos promovendo.

E vamos acreditando...
Enchendo-nos de orgulho por um pequeno ato de amor e dois segundos depois, pisamos em alguém, destruímos sentimentos ou até a natureza, não nos importando com quem sofre ou se decepciona. Ele que se resolva, pensamos!

A energia vai circulando de pessoa para pessoa, levando nossos sentimentos e pensamentos. Os mais intuitivos percebem algo no ar e quem sabe, até se protegem. Mas o círculo vicioso de constantes comentários e opiniões precisa ser quebrado, estilhaçado e pisado até virar poeira que a terra use como adubo. Somos responsáveis por machucar, ferir e adoecer alguém que prejudicamos com pensamentos e palavras. Prendemos pessoas, algemamos almas em situações tristes, e responsabilizamos o cosmos como o carma de retorno. Somos nós!

E vamos tentando...
Armazenando dívidas, criando nosso destino e acreditando numa libertação. Feliz quem tem absoluta certeza de que nunca desfez os sonhos de alguém, de que não ultrapassou limites e de que consegue dormir com a própria consciência em paz. 

E vamos rezando... torcendo para que um dia possamos enxergar o verdadeiro sentido do amor e da vida.

NAMASTÊ

FIZ TANTO POR ESTA PESSOA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Quantas vezes ouvimos ou até dizemos a frase " fiz tanto por tal pessoa e agora que preciso ela não está nem ai". Primeiro, precisamos saber que quando se faz ou se doa algo para  alguém a fim de esperar algo em troca, nossa atitude de bom samaritano já não é das melhores. Se pensamos em ajudar, o que vem depois não interessa.

Segundo, muitas vezes o que imaginamos receber em troca, nem sempre é o que o outro pode ou consegue nos dar. Infelizmente, a soberba faz nossa caridade ir morro abaixo quando reclamamos da falta de consciência alheia. Queremos ser reconhecidos por cada ato humanitário que fazemos, seja dando algo material, seja ajudando de alguma forma.

Esquecemos que nem todos estão disponíveis no momento que precisamos, faltando-lhes recursos tanto financeiros, quanto materiais e até emocionais. Precisamos lembrar que ajudar alguém é um ato divino, do qual o destino acaba mostrando o caminho certo para encontrar quem precisa de nós. Isso não significa que esta mesma pessoa estará nos ajudando quando necessário. Talvez ela não seja quem tem o que precisa para nos salvar. 

Porém, também precisamos lembrar e perceber que a ajuda pode vir, não através de recursos ou da presença desta pessoa, mas de orações, conselhos e conforto, seja por mensagens, seja por uma simples ligação. A força espiritual de cada um que tenha amor, fé e caridade por outro é um tesouro de grande valor. Se alguém reza por nós, não tem dinheiro que pague essa linda energia e vitalidade recebida.

Através do pensamento, de uma atitude sem alarde ou visibilidade, podemos recompensar aqueles que um dia nos ajudaram. Estamos envoltos em tanta energia e pensamentos, afetando diariamente nossas almas, que a luz de uma vela, palavras afirmativas e de boas intenções se tornam um néctar doce e calmante para os angustiados, tristes e exaustos. Desejar o bem é um grande presente para os que queremos bem e aos que sentimos gratidão.

Portanto, ao invés de julgar, sejamos gratos pela oportunidade de ajudar alguém e, mesmo sem saber, sejamos gratos também pelas boas almas que de uma ou outra forma nos recompensam com o que tem e podem. Pode ser que nunca saibamos quem nos tirou do perigo ou que nos tenha ajudado a descobrir a saída para nossos medos. Anjos existem...! 

NAMASTÊ 

DESATE SEUS NÓS SEM CULPA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Mais um dia surge, com céu azul, friozinho gostoso de outono, trazendo mais uma oportunidade. Nossas vidas podem nos surpreender a cada momento. Estamos tão focados na ação mecânica de todos os dias, que esquecemos quem somos. Muitas vezes, aqueles que não vivem sós, não tem tempo de pensar na própria vida, nos seus sentimentos.

Por isso, é importante ter um momento só nosso, sem ninguém por perto para nos tirar da reflexão. Quando temos isso, conseguimos definir melhor o que sentimos, o que queremos e até colocar na balança nossas atitudes. A conversa com nosso Eu Superior pode dar excelentes resultados para esclarecer dúvidas.

Ninguém está livre de surtos, mesmo que eles sejam apenas internos. É difícil agradar a todos a todo momento. O respeito por nós é muito importante e é através dele que sabemos o que realmente queremos e precisamos e o que já não faz falta ou o que precisamos mudar. Lembrando que mudanças normalmente dóem, mas acabam se curando sozinhas, criando casquinhas como nos machucados. Ficarão cicatrizes, mas às vezes é isso que nos  faz sair da zona de conforto, liberando os nós que podem estar muito apertados.

As ligações humanas são formadas pelos padrões da vida, sejam eles familiares, religiosos, amorosos ou de atividades escolares e profissionais. Por algum motivo estamos na estrada de alguém. Talvez para aprender, para ensinar ou ajudar em algum momento. Mas, se a relação não der mais frutos, precisamos seguir adiante e buscar florescer outras vidas. Não precisa haver culpa, nem brigas, nem turbulências. Ambos os lados necessitam de paz e seguir adiante.

Nisso tudo, precisamos conhecer nossos sentimentos e não nos prendermos ao orgulho ou aos padrões. Se não nos sentimos parte de um grupo numa empresa, por exemplo, não precisamos sofrer, ficar nos punindo num ambiente tóxico e que não combina conosco, nem nos deixa feliz. É isso que traz doenças, sentimentos de fracasso e noites de insônia. Resumindo, não somos felizes!

Quando amamos alguém de verdade, tentamos resolver os problemas. Mas se o amor tem mão única, para podermos ser o que viemos ser, precisamos deixar ir... Enfim, o dia de hoje pode ser o de decisões, de enfrentar seus monstros, de terminar ou resolver uma situação de uma vez ou de definir como quer viver para ser feliz. Para isso, basta a-cor-dar! Não vamos viver sonambulando, mas exercer a força interior que existe em nós. Infelizmente, um lado pode vir a não compreender ou sofrer mais. Mas não somos responsáveis e nem podemos saber exatamente o que o outro sente e como lida com isso. É mais um aprendizado para aquele espírito que está atado aos nós que não servem mais para nada, a não ser uma prisão emocional. A oração e boas energias enviadas a este espírito dará bons resultados, até que ele descubra um novo mundo e tenha sua paz interior.

NAMASTÊ 

MÃE: UM SER SENTIMENTAL

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Alguém já chegou a pensar sobre o momento em que nasceu? Na dor, misturada com amor, alegria e ansiedade que sua mãe estava naquela hora? Acredito que se cada um pensasse nisso, entenderia a chatice das mães. Compreenderia a rabugice delas e por que mimam tanto os filhos.

É claro que existem mães de todos os tipos e tamanhos. Algumas são humildes, outras esnobes, umas são lutadoras, outras acomodadas. Existem mães rígidas e as que são desligadas. As que amam cozinhar, limpar suas casas e as que amam shoppings e empregadas. Mas todas são pessoas que também são filhas e que têm nas veias o aprendizado de seus antepassados.

Dizem que escolhemos nossa mãe antes de nascer. Se isto for verdade, temos que aprender e/ou ensinar algo durante nossa relação na Terra. Podemos notar que algumas são difíceis, cheias de desentendimentos, talvez porque um dos espíritos se sinta desconfortável com a missão.  Cabe a ambos alavancar o amor e transformar essa energia em evolução.

Não gosto muito do Freud, pois ele culpa a mãe de tudo,  já que ele mesmo tinha dificuldade com a sua. Acho fácil ele, como homem, julgar uma mulher que carregou um filho no ventre querer exigir disciplina e cuidar (às vezes de forma exagerada), perdendo seus limites. Ele jamais imaginaria os sentimentos que passam em cada célula de uma mulher grávida. E as mães são denominadas com todos os adjetivos possíveis, dependendo do humor de seus filhos.

Só quem é mãe, sabe bem que tem que lidar com todas as fases da vida de um filho. E ele continuará sendo seu bebê mesmo que já seja um idoso. Como antes de ser mãe já temos uma personalidade criada, as mães nunca são iguais. Mas todas tem algo em comum: a preocupação e zelo pelos filhos.

Mães sonham, sofrem, rezam, cuidam e se irritam. Mães têm ciúmes, choram (e como choram escondidas) e dão um jeitinho para tudo, se for para ver o filho feliz. Mães envergonham por quererem se misturar, por quererem tirar fotos, por viverem abraçando e por serem intrometidas. Mas sem elas, o mundo estaria de cabeça para baixo, sem estrutura, sem aconchego, sem colo.

Elas só querem um abraço, o carinho e a compreensão. Querem ser lembradas como pessoas que jamais dormem sem que um olho esteja aberto, pois seus corações batem conforme sentirem que seus filhos estão bem. Se insistem, é para terem certezas. Se gritam, é para serem ouvidas. Se agarram nossas mãos é pelo medo de nos perder. Como julgar um ser que faz de tudo para que as almas possam caminhar e aprender com mais segurança e paz? Elas nos encaminham para a vida. Muitas vezes tiram delas para que tenhamos uma vida melhor. E, só por isso, devemos às mães um pouco mais de respeito e gratidão. 

Então, nem que seja uma figurinha, se ainda tem sua mãe, manda uma recordação para que ela saiba que pensa nela. E se não tem, acenda uma vela e reze. Faça que a luz chegue até ela. Nunca se arrependa de não ter tido mais tempo com ela. É a pessoa que mais te ama na Terra, mesmo que não pareça. E essa ligação não tem outra definição, que não seja amor.

Feliz dia das Mães!

NAMASTÊ 

MENTIRAS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Não existe quem não minta por algum motivo. Nos escondemos atrás dessa manobra para não enfrentarmos as pessoas e as consequências dos nossos atos. Alguns se acostumam tanto com ela, que já nem sabem mais o que é real nas suas vidas.

Baixinha, anda devagar, com muita perspicácia. Mas, como o ditado diz, tem pernas curtas e, cedo ou tarde, tropeça em si mesma, cometendo erros. Pensamos que a mentira nos livra de situações que não queremos enfrentar. Acontece que, se a pessoa nos conhecer bem, ela sabe que estamos mentindo, afinal, o corpo fala.

Com o tempo fica fácil perceber através da manipulação corporal quem está mentindo. Geralmente, seus olhos desviam, seu corpo fica desajeitado e incomodado. O problema é que ao mentir para alguém que nos conhece, acabamos ferindo essa pessoa, mesmo que ela fique em silêncio, parecendo "engolir" a história. Quantas vezes, para não levar adiante brigas e cobranças deixamos passar as mentiras? Talvez isso não faça nada bem para nós,  já que o acúmulo disso nos faz guardar mágoas por tanto tempo, que um desequilíbrio no corpo acaba aparecendo, causando doenças. 

Relações humanas são complicadas. Mentimos para não ofender, porque erramos feio, porque estamos agindo fora do que possa ser aceito como correto. Quão complicada vai se tornando a vida do mentiroso? Provavelmente, se ainda restar um pouco de dignidade e consciência em nós,  vamos querer colocar tudo em pratos limpos e isso nos custará sofrimentos em ambos os lados. Mas até que ponto devemos prender a verdade para que não haja desconforto? Saber ou não saber o que os outros fazem ou pensam de nós fará diferença nas relações? A sinceridade falada de maneira calma e controlada pode ajudar. Lembrando que mentira e verdade não tem a ver com opiniões formadas sobre os outros, mas com o que fazemos ou falamos às escondidas e que podem ferir sentimentos ou prejudicar vidas se formos descobertos como pessoas sem escrúpulos. O mentiroso tende a ser falso ou utiliza-se disso para proteger a si mesmo. A covardia é uma ferramenta paralisante. 

Infelizmente, nem sempre dá para dizer as verdades, pois nem todos as aceitam ou estão preparados para pensar sobre si mesmos. Tem muita coisa envolvida como medo, violência, humor, traição e aceitação. Podemos apenas pensar que, mesmo achando que enganamos alguém, essa pessoa tem um sexto sentido, observação,  intuição e percepção. Mesmo que ela se cale, algo mudará e nem tudo será igual, pois se ela for esperta, sempre haverá um pé atrás. Criemos coragem de mostrar o que sentimos ou pensemos melhor no que estamos fazendo, atingindo de alguma forma a vida de alguém. A verdade falada com maturidade pode ajudar. Ligações podem se desfazer, mas até que ponto queremos conviver com mentiras para agradar ou esconder erros dos outros? Precisamos ser leais e manter a mente aberta ao ouvir. Atrás da verdade sempre vem ou um pedido de perdão ou a integridade de alguém que quer nos mostrar a própria transparência. 

NAMASTÊ  

ENVELHECER

 Autora: Josianne Luise Amend ( JosiLuA)

Não nos damos conta do envelhecimento até o dia que nos olhamos no espelho e percebemos as coisas fora de lugar. A arrogância vai dando lugar à humildade e o medo de não ser mais o centro das atenções afeta a vida e o humor.

As pessoas se dividem em conformistas e  resistentes. As primeiras só querem seguir suas vidas, aproveitando o máximo, entendendo o tempo e dando a ele respeito. Elas parecem ser mais seguras e se amam, apesar de tentarem ainda dar um jeitinho aqui e ali.

As segundas são exatamente as que não aceitam nunca o que vêem no espelho. Precisam da beleza para se sentirem bem no mundo, acostumadas com o magnetismo. Se jogam em ir contra o tempo se arriscando em mudanças de todo tipo. Fazem cirurgias, colocam substâncias que preenchem os vincos e próteses para levantar tudo.

Sem julgar o que cada um quer viver e como, afinal a vida é algo exclusivo de cada um, precisamos lembrar que, mesmo virando pessoas deformadas e esticadas, nosso documento sempre registrará nossa idade. Parece que muitos não aceitam sua passagem de maneira cíclica e insistem em se comportar de maneira ainda juvenil. Isto não quer dizer que envelhecer significa se encurvar, enferrujar ou sentar no sofá esperando a morte chegar.

É lindo observar pessoas que simplesmente vivem sua idade, aproveitando tudo que podem através da diversão e de ser feliz. Mas também é válido o relaxar, o viver seu papel de idoso, de avô, de "coroa", sem se ofender, nem lutar contra um corpo gravitacionalmente amolecido.

O que precisamos saber e fazer é cuidar de nós sem obsessão. Ter limites que não percebíamos, ajustados à toda uma vida. Lembrando de que o jeito como  envelhecemos tem muito a ver em como vivemos nossa juventude. Nos tornamos idosos mais ágeis, se fomos pessoas que lá atrás já se cuidavam. E isso tem a ver com corpo, mente e espírito.

Envelhecer é uma dádiva de quem consegue uma vida longa. E isto faz com que as experiências sejam totais, não faltando nada na alma quando esta  deixar o corpo. Não há dúvidas que a juventude é linda e vibrante. Sair dela é uma grande dificuldade emocional, mas superar a própria transformação é a grande sabedoria que só alguns conseguem aprender. 

NAMASTÊ 

O FILHO QUE NÃO NASCEU

Autora: Josianne Luise Amend ( JosiLuA)

Ultimamente, tenho visto muitos filmes que, por coincidência, retratam a perda de um filho ainda em gestação. Tenho um caso desta tristeza na minha família. E o sofrimento que uma mãe tem quando deseja este filho, jamais pode ser medido ou questionado. Muitas mulheres não conseguem superar esta perda e acabam tendo problemas psicológicos latentes e emoções que não compreendemos, por toda a vida.

É lógico que não são todas. Algumas conseguem a superação através de outros filhos e de uma mente mais preparada. Sorte delas conseguirem tal controle, pois a ligação mãe-filho (e nesta ordem) é realmente insuperável e a perda por demais dolorosa. Só quem é mãe sabe bem do que estou falando.

Perdi um neto desta forma! Seria o quarto netinho que teria. Falo dele no masculino porque nossos corações simplesmente sabem que seria um menino. Nas minhas meditações sempre o contato e o abençôo. Mesmo em outro plano, ele faz parte de nós. Minha filha o chama de Lorenzo e eu, não sei bem por quê, ouvi seu nome na meditação como Eugênio. Então, para mim ele é o Eugênio. Hoje teria cinco aninhos.

O dia das mães está chegando e é um dia em que todos lembram do ventre vieram. Seja lá qual a relação que tenhamos com a nossa mãe, de uma forma ou outra falaremos ou pensaremos nela neste dia. Tenho certeza que as almas que não encarnaram também estarão tocando o coração dessas mães e as abraçando.

Às vezes, fico tentando descobrir que sentimentos tiveram que lidar algumas mães, como a de Jesus, às dos religiosos de todos os tipos, as que estão em asilos por infinitos motivos, as de militares que vivem em guerras e algumas outras que não lembro agora. Seriam elas mulheres especiais com missões despercebidas dentro de suas almas e com tamanha resiliência?

Mas, de alguma forma, elas chegaram a ver e abraçar seus filhos, enquanto aquelas que perderam um no ventre ficam só na imaginação e nos sonhos. A mente humana é muito complexa, seus caminhos ainda são desconhecidos. Cheia de labirintos, ela prega peças, nos tira o equilíbrio e debocha da nossa capacidade assertiva. Então, realmente não deve ser nada fácil levar esta bagagem, inserida sem permissão na vida e que sempre estará lá fazendo perguntas, sem receber respostas.

Este texto é para as mães fortes e corajosas, que continuaram vivendo, talvez sem terminar as peças do quebra-cabeças e sem demonstrar as rachaduras do coração para poder dar felicidade aos outros filhos. Aquelas que sorriem muitas vezes com os lábios, mas choram com o olhar profundo da alma. Elas são mães que precisam do carinho e compreensão por seus atos loucos, seus gritos frustrados e suas insanidades temporárias,  querendo apenas externar sua grande tristeza.

E, ao meu querido e abençoado neto Eugênio, saiba que sinto profundamente nosso encontro num reino distante, mas iluminado e feliz, num dia já predestinado. Te amo!

Feliz dia das mães à todas que estão aqui cumprindo sua missão ou que já se foram. Benditas sejam minhas avós, sábias mulheres e mães que muito legado me deixaram. Bendita minha mãe que guarda tão bem dentro dela suas tristezas, mostrando força e alegria. E bendita minha filha, que faz de tudo para continuar sua grande tarefa. Gratidão ao plano divino. 

NAMASTÊ 

A LIBERDADE DE VIVER

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Hoje ao meditar, pedi um retorno sobre algumas dúvidas, que de certa forma me afligem. Uma delas é sobre a família e essa história de que precisamos estar grudados em cada peão para que possamos definir uma família feliz. Porque às vezes, queremos e precisamos ser somente nós.

A resposta veio quase imediata. Isso tudo é um padrão, não viemos ao mundo para servir aos familiares, mas ter, através da família, alavancas e ferramentas para nos descobrirmos e realizarmos nossa missão de vida. Isso não significa que não os amemos, mas que podemos nos libertar dos laços criados pelo poder sanguíneo e viver mais intensamente nossos sonhos e objetivos.

Exemplos disso estão pelo mundo afora como as freiras, os profissionais que se aventuram para cuidar de pessoas em outros países, os andarilhos e viajantes eternos. Eles saem do seio familiar para seu propósito de vida, sem culpa ou ilusão de que estão sendo desleixados ou descuidados com seus parentes. Cada um coloca em si mesmo o peso de toda essa ligação. Não fossem as pessoas corajosas e dispostas a lutar pelo que realmente querem para suas vidas, não haveriam as grandes almas que ajudam, comunicam e são livres. Elas é que são capazes de aprender com sabedoria o despertar da própria essência de suas vidas.

Quando somos sufocados pela falsa responsabilidade de ter que estar atado à família, acabamos bloqueando nossas capacidades espirituais e nos tornamos infelizes e fracassados. E nem sempre nos damos conta de que é este o processo. Obviamente, cuidar de quem nos deu a vida é um ato de amor e respeito. Principalmente quando estes já não conseguem fazer por si. Mas, se a distância e o comprometimento real de sua função espiritual lhes disser no íntimo que está fazendo e estando onde precisa, não podemos nos sentir culpados, mas enobrecidos. Afinal, estamos sendo uma ajuda ou o caminho para outros.

Portanto, se a cobrança vier sobre nossa forma alheia de viver, podemos lidar com isto informando aqueles que pregam essa ligação glutinosa de que a alma é livre. E que nosso coração pode estar unido, mas as tarefas da vida devem ser feitas de acordo com cada missionário enviado.

NAMASTÊ

SOCORRO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Socorro não vem só pelo grito. Vem pelo silêncio também. E este talvez seja o mais desesperador, porque a vítima só é socorrida se encontrar pelo caminho uma alma que a compreenda pelo olhar.

Socorro não é somente pelo perigo. Mas também pela angústia e frustração. Ficamos isolados, acoados e sem vontade de viver. Não queremos falar, só pensar. E só se liberta quem consegue o auxílio de quem está atento aos sinais. Alguém que nos ama a ponto de não nos deixar morrer.

Socorrer alguém é um ato de força e sabedoria, pois o caminho é árduo e muitas vezes até rude. Dependendo do caso, quem precisa de socorro não quer companhia, nem ninguém que venha lhe fazer perguntas. Às vezes, só precisa saber que tem alguém ali, próximo e disposto.

Se suspeitar que alguém pede socorro através das atitudes, da mudança de comportamento, não desvie seu caminho. Encontre um atalho para chegar à vítima antes que seja tarde. Pessoas solitárias que chegam num ponto dramático de isolamento pedem socorro, pedem ajuda, pedem amor sem falar.

Para quem fica, se algo trágico acontece, haverá a dor da culpa e arrependimento caso ame tal pessoa. E, se por acaso não fizer diferença sua falta, seja ao menos aquele que faz algo bom no mundo apenas estendendo sua mão e tendo alguns minutos para uma pessoa que sofre silenciosamente. Você não precisa ser herói, mas talvez salve alguém, seja da morte, de si mesmo ou da solidão.

Pense nisso!