Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Subi tão alto que minha mente ficou para trás. E então percebi quão valioso é existir sem pensar, sem ser recriminada e não ter problemas com o ego. Neste lugar o som é minimizado e o olhar enaltecido. A gente entende o que se passa, mas não questiona, não pensa, só observa e aceita.
Que lugar divino! Não quero mais descer. É tudo tão silencioso e pacífico. Não tenho medo, mesmo sendo um lugar estranhamente constrangedor. Mas como não há julgamentos, aproveito para desvendar mais sobre mim mesma.
Há um mistério a cada passo. Mas não faço perguntas, pois apenas sei, entendo e me submeto ao destino. Vejo cores e cada uma emite música suave e quase inaudível. Sensações diversas tomam conta de meu corpo e me envolvo naquela energia circulante.
De dentro de mim pequenas bolhas se soltam através de meus poros. Tudo está sendo limpo. Não posso estar aqui, sem estar plenamente dinamizada e desinfetada do que não faz parte daqui. Esta honra é para poucos.
Mas, como tudo que é bom dura pouco para quem ainda tem o que viver, sinto um puxão e imediatamente a balbúrdia se instala na minha cabeça, deixando-me um tanto quanto entristecida. Foi muito sublime e, apesar de retornar, trouxe comigo algo que não se explica, nem se entende. Apenas se sente em toda extensão da minha própria existência.
NAMASTÊ
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