Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Tudo começa com um sorriso, leve aproximação e os sentimentos pelos outros vão tomando forma. Uns ficam só na apresentação, outros em relações mais profundas. O problema não é começar, mas dar um fim no que já não consideramos mais sadio. Tudo porque criamos apegos, talvez inseguranças e até domínio sobre esta relação, de ambas as partes.
Precisamos ter consciência de que, quando damos início a um vínculo, ele deve ser feito com laços e não com nós. Porque nem devemos prender, nem ser donos de ninguém, mas apenas viver a conexão com maturidade suficiente para não sugar, prejudicar os sentimentos e respeitar quem quer que tenha conectado sua vida à nós.
Isto não é somente sobre relacionamentos afetivos, mas amizades e profissionais também.Temos que criar laços que ao longo do tempo possam ir se soltando (caso precise) de forma suave, desapegada e sadia. Laços são fáceis de desatar, não machucam, nem rasgam corações. Os dois lados acabam compreendendo que já não há mais troca, apenas uma ligação frouxa, que se desfaz a cada dia, podendo simplesmente se desfazer. E cada parte se afasta entendendo que o laço já não se faz mais necessário. Soltam as pontas. As pontas ficam prontas para outros laços, sem medo.
Quando criamos nós a coisa se complica, porque está inserido muitos sentimentos de controle, além de processos comportamentais inseridos através da educação e religião. E acreditamos que precisamos apertar as relações através do comando, tornando um dos lados ou ambos, sem a liberdade necessária para se tornar feliz da maneira como pensam viver. Caso haja rompimento, o nó (mais apertado) geralmente se rasga, causando dor e sofrimento. Ao invés da compreensão, surgem raiva, vingança e uma ligação duradoura, mesmo que etérica, onde um ou ambos os lados não conseguem seguir adiante e ter paz. E ficam sempre desgastando sua energia com pensamentos destrutivos ou de retaliações em relação ao outro. E, apesar de terem tido bons momentos, só lembram dos ruins, do sufoco e do quanto presos se sentiam.
Perceba quanto tempo perdemos na vida para que alguém sinta nossa falta ou pense que perdeu algo bom (porque sempre somos bons). Não tem a ver com quem é melhor, mas com os sentimentos que vão deixando de existir. E, normalmente, aqueles que deixam de nos amar ou simpatizar são sempre más pessoas, porque nosso ego liga um alerta de nos proteger contra o desdém.
Erros são cometidos nas relações. Existem pessoas desleixadas ou controladoras, que só pensam em si mesmas. Ficar em relações tóxicas, sejam elas afetivas, familiares ou profissionais é viver numa gaiola. Isso é sinal da grande insegurança que temos. Afinal, como o mundo vai nos ver se a ligação for rompida? Temos medo dos julgamentos, porque estamos presos às normas e preconceitos. Mas como ter asas e não poder voar?
Existem pessoas que conseguem seguir adiante, abrem a mente e percebem um mundo mais abrangente do que aquele em que estavam inseridas. E essas pessoas conseguem ser almas livres! Livres de sentimentos ruins e de perder seu precioso tempo de vida tentando resgates, ao invés de buscar o novo. Livres de rancores e da própria prisão mental.
Aprenda a criar laços, não nós! E poderá se surpreender como a vida se tornará mais leve. Para isso, estabeleça limites desde o início, não deixando espaço para nós, só para um lindo laço. E, como diz o ditado, " Eu sou eu, você é você, se um dia nos encontrarmos, tudo bem, senão nada há a se fazer"!
NAMASTÊ
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