ALTOS E BAIXOS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Todos nós vivemos numa montanha russa. Quando estamos lá em cima, gritamos, rimos e temos grandes sensações. A descida não é nada fácil. Dói o estômago, sentimos náuseas e parece que o mundo vai acabar. 

Ao chegarmos embaixo, já sem fôlego, a calmaria nos faz ter momentos de clareza e podemos voltar a respirar. Nem sempre conseguimos esclarecer as coisas, mas o tempo vai colocando a poeira no lugar.

Alguns de nós conseguem viver mais tempo no alto do que no baixo. Mas ninguém está livre dos dias ruins, aqueles que nos tiram o sossego e que fazem o dragão dentro de nós cuspir fogo. Isso vem do acúmulo de problemas, frustrações, dores e medo da vida. Para não parecermos os fracos, nosso ego nos faz sorrir, quando temos vontade de chorar, dizer tudo bem, quando na verdade estamos um caco. Isso, infelizmente, mantém relações, já que as pessoas estão querendo se ver livre de incômodos e de ouvir lamúrias.

Se você é forte e ri o tempo todo, é considerada uma boa companhia. Mas se só se lamenta, vive reclamando e chora, as pessoas vão aos poucos indo embora, saindo de fininho. Quando você vê, ninguém te liga, te convida para nada ou te responde. As desculpas são as mesmas: não vejo mais celular, estive muito ocupada, e assim por diante.

Estar em alta é engolir tudo e mostrar ao mundo algo que não sente ou é. É mentir para si mesmo, com a desculpa de que ninguém tem nada com isso, não quero que se intrometam ou não preciso de conselhos. Daí, vive -se com muita gente que nem imagina o que se passa em nossas vidas, mas que nos admira pela força que somos. Muitas vezes, ainda temos que apoiar e ajudar.

Os cheios de problemas ou que não dão conta de suas vidas, são os que delicadamente vão sendo afastados da sociedade. E o tempo é ingrato, não passa e o pensamento corre solto. Alguns resgatam força e coragem,  colocando seus sorrisos amarelos para novamente serem aceitos no grupo. Outros, infelizmente precisam de socorro.

Altos e baixos acontecem e a busca pelo equilibrio é fundamental. Surtos irão surgir, mas também ótimos momentos de alegria. Só precisamos entender que controlar emoções é difícil, quando nos deixamos sobrecarregar demais, sem uma forma de deixar cair por terra alguns problemas. Nem sempre conseguimos vencer todos, principalmente se somos honestos, justos e decentes.

Olhando ao redor, parece que todos estão melhores que nós. Mas quais seriam os segredos destas pessoas com boas vidas? Estariam dormindo bem, sabendo que prejudicam, destróem ou enganam outros para terem o que têm? Obviamente, há pessoas que não se importam e que se puderem, passam por cima sem nenhum remorso. Almas que estão aproveitando o tempo que tem, enquanto algo não lhes for tirado.

Na verdade, o mundo está cada vez mais egoísta. Não nos importamos mais com os outros. E, se ajudamos, queremos anunciar o que fizemos para sermos admirados e recebermos aplausos. Estamos tão carentes que não percebemos como ficamos necessitados de paparicos, elogios e curtidas.

Bons tempos aqueles que precisávamos sair da toca para visitar e conversar. Tempos em que vizinhos sentavam na frente de casa, que crianças eram crianças, pulando cordas, amarelinha ou futebol de rua. Tempos em que a gente, apesar de não ter telefone, celular, tinha pessoas reais na vida. Hoje, tudo é virtual e sem sentimento.

Então,  se você chegou até aqui, pergunte-se se está no alto ou no baixo, hoje. Reflita o que pode ser mudado se está no baixo, e se a forma como está no alto é verdadeira ou falsa? Isso não é para deprimir ninguém,  mas acordar o mundo para a verdade e a cura. Quem sabe há esperança...!

NAMASTÊ 

CRIE LAÇOS, NÃO NÓS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Tudo começa com um sorriso, leve aproximação e os sentimentos pelos outros vão tomando forma. Uns ficam só na apresentação, outros em relações mais profundas. O problema não é começar, mas dar um fim no que já não consideramos mais sadio. Tudo porque criamos apegos, talvez inseguranças e até domínio sobre esta relação, de ambas as partes.

Precisamos ter consciência de que, quando damos início a um vínculo, ele deve ser feito com laços e não com nós. Porque nem devemos prender, nem ser donos de ninguém, mas apenas viver a conexão com maturidade suficiente para não sugar, prejudicar os sentimentos e respeitar quem quer que tenha conectado sua vida à nós.

Isto não é somente sobre relacionamentos afetivos, mas amizades e profissionais também.Temos que criar laços que ao longo do tempo possam ir se soltando (caso precise) de forma suave, desapegada e sadia. Laços são fáceis de desatar, não machucam, nem rasgam corações. Os dois lados acabam compreendendo que já não há mais troca, apenas uma ligação frouxa, que se desfaz a cada dia, podendo simplesmente se desfazer. E cada parte se afasta entendendo que o laço já não se faz mais necessário. Soltam as pontas. As pontas ficam prontas para outros laços, sem medo.

Quando criamos nós a coisa se complica, porque está inserido muitos sentimentos de controle, além de processos comportamentais inseridos através da educação e religião. E acreditamos que precisamos apertar as relações através do comando, tornando um dos lados ou ambos, sem a liberdade necessária para se tornar feliz da maneira como pensam viver. Caso haja rompimento, o nó (mais apertado) geralmente se rasga, causando dor e sofrimento. Ao invés da compreensão, surgem raiva, vingança e uma ligação duradoura, mesmo que etérica, onde um ou ambos os lados não conseguem seguir adiante e ter paz. E ficam sempre desgastando sua energia com pensamentos destrutivos ou de retaliações em relação ao outro. E, apesar de terem tido bons momentos, só lembram dos ruins, do sufoco e do quanto presos se sentiam.

Perceba quanto tempo perdemos na vida para que alguém sinta nossa falta ou pense  que perdeu algo bom (porque sempre somos bons). Não tem a ver com quem é melhor, mas com os sentimentos que vão deixando de existir. E, normalmente, aqueles que deixam de nos amar ou simpatizar são sempre más pessoas, porque nosso ego liga um alerta de nos proteger contra o desdém.

Erros são cometidos nas relações. Existem pessoas desleixadas ou controladoras, que só pensam em si mesmas. Ficar em relações tóxicas, sejam elas afetivas, familiares ou profissionais é viver numa gaiola.  Isso é sinal da grande insegurança que temos. Afinal, como o mundo vai nos ver se a ligação for rompida? Temos medo dos julgamentos, porque estamos presos às normas e preconceitos. Mas como ter asas e não poder voar?

Existem pessoas que conseguem seguir adiante, abrem a mente e percebem um mundo mais abrangente do que aquele em que estavam inseridas. E essas pessoas conseguem ser almas livres! Livres de sentimentos ruins e de perder seu precioso tempo de vida tentando resgates, ao invés de buscar o novo. Livres de rancores e da própria prisão mental.

Aprenda a criar laços, não nós! E poderá se surpreender como a vida se tornará mais leve. Para isso, estabeleça limites desde o início, não deixando espaço para nós, só para um lindo laço. E, como diz o ditado, " Eu sou eu, você é você,  se um dia nos encontrarmos, tudo bem, senão nada há a se fazer"!

NAMASTÊ 

DIAS BONS E DIAS RUINS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Nem todos os dias acordamos com aquele brilho no olhar que faz o dia ser perfeito. Algumas vezes, as lágrimas chegam cedo, a postura é encurvada e o coração está em alerta. Isso faz parte da vida. Precisamos experimentar sentimentos que possam nos despertar de alguma forma.

Porém, quando finalmente compreendermos que cada dia é importante, procuraremos fazer algo que nos deixe satisfeitos ao final deste dia e poderemos realmente descansar, dormir em paz. Para isso, a tarefa nem sempre é fácil, visto que esquecemos de respirar e cuidar do mais importante: nosso Eu Superior. Quanto mais nos dedicarmos a alguns minutos de purificação diária, mais preparados estaremos para o que pode ser um descontrole emocional.

Isto por que atingimos um nível em que receberemos a influência mais perceptiva do universo em si. E nossas decisões poderão ser melhores. Estamos falando de bom senso, paciência, controle e tudo que possa vir a evitar o pior. O que precisamos é apenas elevar a vibração e isto se dá se começarmos a deixar de sermos atingidos pelo que nos frustra, dá medo ou tira nosso sossego.

Não estamos sendo alienados, apenas cuidando do que é importante para nossas vidas, já que o amanhã é incerto, mas podemos viver plenamente o hoje. Apesar de nos estressarmos com acontecimentos inesperados, podemos realmente fechar os olhos, respirar e tomar decisões sem nos precipitarmos. Procuremos o silêncio,  antes de mais nada, porque a balbúrdia sempre nos tira do equilíbrio.

Para cada dia que consideramos negativo e ruim, podemos finalizar com algo bom, construtivo ou que nos faça descansar o espírito. Se alguém foi hospitalizado,  quem sabe podemos dar apoio. Se houve um acidente, seja ele mortal ou não, podemos rezar pelos que perderam. Se fomos demitidos, busquemos abrir portas com melhores vistas e assim por diante. Como falamos, nem todos os dias serão de sol, às vezes o temporal desaba.

O importante em tudo isso é sempre buscar o que pode fazer terminar um dia ruim em, no mínimo, melhor. Então, de repente tá na hora de fazer aquele jantar gostoso, ir ao cinema, gastar num passeio ou apenas ficar em paz com seus livros, doces e filmes prediletos. Busquemos não dormir com pesos, mas com a leveza de um coração que, apesar dos pesares, lembrou de ligar para alguém, perdoou, lutou por sua vida, sem esquecer que precisará de forças para o amanhã ser ainda melhor.

NAMASTÊ 

LUGAR DO TUDO

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Subi tão alto que minha mente ficou para trás. E então percebi quão valioso é existir sem pensar, sem ser recriminada e não ter problemas com o ego. Neste lugar o som é minimizado e o olhar enaltecido. A gente entende o que se passa, mas não questiona, não pensa, só observa e aceita.

Que lugar divino! Não quero mais descer. É tudo tão silencioso e pacífico. Não tenho medo, mesmo sendo um lugar estranhamente constrangedor. Mas como não há julgamentos, aproveito para desvendar mais sobre mim mesma.

Há um mistério a cada passo. Mas não faço perguntas, pois apenas sei, entendo e me submeto ao destino. Vejo cores e cada uma emite música suave e quase inaudível. Sensações diversas tomam conta de meu corpo e me envolvo naquela energia circulante.
De dentro de mim pequenas bolhas se soltam através de meus poros. Tudo está sendo limpo. Não posso estar aqui, sem estar plenamente dinamizada e desinfetada do que não faz parte daqui. Esta honra é para poucos.

Mas, como tudo que é bom dura pouco para quem ainda tem o que viver, sinto um puxão e imediatamente a balbúrdia se instala na minha cabeça,  deixando-me um tanto quanto entristecida. Foi muito sublime e, apesar de retornar, trouxe comigo algo que não se explica, nem se entende. Apenas se sente em toda extensão da minha própria existência.

NAMASTÊ  

LIVRAMENTO OU AZAR?

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Este tema é muito importante para aqueles que crêem em algo maior do que os olhos vêem. Muitas vezes nos sentimos derrotados, quando nada parece dar certo ou sair como esperávamos. A solução que encontramos é a culpa, seja ela nossa ou de alguém.

Quando nos culpamos, a tendência é a frustração, puxando uma corrente de sentimentos autodepreciativos. Quando culpamos os outros, buscamos uma certa proteção egoica, a fim de não cair na rede anterior. Na verdade, sentimo-nos aliviados em determinadas situações, não demonstrando, como proteção às humilhações de nossa própria mente.

Talvez a culpa não seja de ninguém e tudo só faz parte de um plano maior. Reconhecer que os caminhos para se chegar a algum lugar são diversos, nos faz buscar alternativas, quem sabe mais valiosas, com aprendizados melhores e lugares e pessoas mais sadios. Obviamente, não é fácil perder um emprego se as contas continuam vertendo e é claro que nos sentíamos confiantes e seguros com aquela pessoa, mesmo tendo momentos de tensão. E ter que parar tudo por causa de alguma doença ou quando algo quebra ou estraga, muitas vezes nos irrita também. Seria puro azar ou um momento que deveríamos aproveitar para reavaliar tudo?

Se observarmos nossas vidas, encontraremos o exato momento do recomeço, tudo por conta do que nos aconteceu. Não significa que estaremos confortáveis, mas que algum peso ou véu foi retirado dos ombros e olhos, deixando-nos livres de situações que nos desagradaram. De alguma forma, mesmo preocupados, tristes ou doentes, algo está exatamente onde deve estar, seja num sentimento de libertação, seja na paz ou num passo para novas sensações e descobertas. Parece muito otimista tudo isso, mas a mente estará mais apta a encontrar soluções. 

Só não enxerga isso quem se posiciona como desafortunado, entregando os pontos e criando raízes confortáveis demais. Por menor que seja seu esforço, você está movimentando energia, está vivendo o dia a dia. Muitas vezes, fomos tirados da zona de conforto para exercer, não necessariamente algo maior, mas algo mais útil à própria vida.

E é bom ter em mente que o que estamos descrevendo são os acontecimentos inesperados e não o que irresponsavelmente fazemos e depois queremos justificar, sem ter controle do que vem pela frente. Prejudicar, trair, se vingar, roubar, atropelar os outros, não tem a ver com livramento ou azar, tem a ver com caráter. E daí, teremos que assumir as consequências destes atos, tentando reorganizar a vida. Nunca é demais ser grato pelas traições que abriram os olhos, pelos chefes que nos demitiram, nos alertando para um novo amanhecer, pelas amizades que nos esqueceram, pela dor que nos fez acordar sobre como cuidar melhor do corpo e tantas outras situações. A gratidão profunda nos desperta e abre portas. É só acreditar!

NAMASTÊ 

MUNDO DIVERSO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Tem gente que não quer saber e
Tem gente que paga pra ver.

Tem gente que não gosta de ouvir e
Tem gente só quer discutir.

Tem gente pronta pra ser enganada e
Tem gente que não aprende nada.

Pessoas são estranhas, teimosas e apáticas
Mas tem as diferentes, bondosas e práticas.

É um mundo tão maluco, que cada frase que escuto ou leio, tento entender de onde vem.
Se vem do fundo do coração ou de algum lugar do universo captado por alguém. 

Um sabe mais que o outro, mesmo o outro tendo experiência.
Viver parece não valer muito, quando o assunto é esperteza.

Uns fincam o pé no que crêem e esquecem de abrir a mente.
Outros se jogam num mundo surreal, acreditando em tudo piamente.

Brigas por motivos insanos, esquecendo do mais importante.
Pessoas vêm ao mundo viver suas vidas e não as de qualquer governante.

Tem gente com muita loucura, transbordando o mundo de sarcasmo.
Tem gente que finge ser sã, buscando encontrar seu entusiasmo.

Tem gente que irrita só de estar presente e
Tem gente que brilha mesmo ausente.

Neste mundo desfigurado, onde o homem se acha honrado,
Tem muito diabo solto e sendo por demais abusado.

Esses demônios fazem festa na mente que está distraída.
A missão de despertar vai ficando esquecida.

Tem gente que luta e busca, mesmo sendo atropelado  e
Tem gente que acha mais fácil viver sem significado.

NAMASTÊ 

INTEGRIDADE

 Autora: Josianne Luise Amend CPF (JosiLuA)

As discussões fervilham nas redes sociais. Cada um tem uma opinião, não sabemos se veridica ou se para ganhar notoriedade. Existem muitas formas de sermos nós mesmos e isto vai depender do momento que estamos vivendo. Quantos de nós já não se arrependeu da atitude que tomou em determinada ocasião? E até pensou que aquela pessoa não era você mesma?

Acontece que existe algo muito importante que faz parte da nossa personalidade, chamada integridade. Quando nossas palavras andam juntas com nossas atitudes, somos íntegros. De que adianta falar, se nossos atos mostram o contrário? Talvez não nos importamos com a tal integridade, mas com certeza ela nos auxilia a nos tornarmos pessoas melhores e até de caráter evidente.

Paremos para analisar nossos atos: eles são exatamente o que dizemos ou ensinamos? A resposta é nem sempre! E ninguém tem culpa, visto que cada um de nós carrega suas bagagens que ora são mais leves, ora pesam demais. Quando estamos bem com a vida, conseguimos ser mais íntegros. Quando as bagagens levam muita preocupação, raiva, medo e inveja, o que falamos nem sempre é o que mostramos ser.

E o problema é que sempre tem alguém observando nossos distúrbios, prontos a apontar o dedo e nos deixar sem graça quanto ao que estamos sendo ou fazendo. Normalmente, a família e amigos mais próximos são os que nos cutucam para acordar. Podemos nos revoltar ou apenas despertar e tentarmos mudar, aprendendo a nos valorizar e corrigir sentimentos.

Isso é o que se faz dentro de um consultório de psicanálise.  Ao falarmos, nos ouvimos e percebemos nossas atitudes, se estão de acordo com o que somos e acreditamos. E alguém nos observa, sendo um catalizador para nossa percepção. Talvez alguns não se importem em serem íntegros o suficiente, bastando que os outros acreditem em suas palavras, como se elas sozinhas resolvessem a vida. E as usam para humilhar, debochar ou ensinar (porém de forma rude e sem exemplo) quem está incomodando de alguma forma seu estado de espírito.

Integridade é auxiliar os outros a se elevarem, aprenderem, mostrando a eles no que acreditar por terem bons exemplos. Podemos não perceber, mas tudo que fazemos está sendo observado por alguém, sejam pais, filhos, parentes, amigos, subordinados, chefes e tantas outras relações. E, se o que falamos vai contra nossas atitudes, estamos dizendo para que não confiem em nós e ficaremos sujeitos à indisciplina ou descrédito dos demais.

Por isso, a nossa integridade é fundamental se quisermos dizer ao mundo quem realmente somos, sem enfeitar ou mentir, aceitando que não somos perfeitos, porém também querendo aprender, talvez com aquele que desconsideramos como capaz, buscando a humildade e a vontade de elevação.  Integridade é dar chance aos outros de nos ensinar algo que ainda nos falta. E quando falarmos, mostrarmos atitude, bom senso e exemplo.

NAMASTÊ 

INSATISFAÇÕES

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Somos eternos insatisfeitos, não dá para discutir. Ninguém nunca está realmente feliz com o que tem e o que é. Talvez isso nos faça andar, mas ao mesmo tempo seremos sempre descontentes, preocupados, ansiosos e, por que não dizer, invejosos.

Ouvir alguém dizer que irá fazer uma viagem, mudou de casa ou comprou um carro novo mexe com nossos desejos mais internos. Imediatamente nos questionamos por que não conseguimos ou não fazemos o mesmo. Muitos podem dizer que estão satisfeitos, mas bem no fundo da alma querem algo que acham melhor do que o que têm em mãos. Não tem a ver com a gratidão, mas sim com o instinto humano de se sobressair, seja lá de que maneira for.

Então, para terem uma idéia de suas próprias insatisfações, lembrem do que vivem pedindo em suas orações. Às vezes é mais amor ou talvez mais companhia, noutras é um novo emprego (mesmo já tendo um que o sustente), ou quem sabe viver em outra cidade ou país. Nunca estamos felizes com quem somos, com nosso corpo, com nosso financeiro, nossa casa ou com a família ou companheiro que temos.

Isso não é de todo mal, já que nos impulsiona a sair da estagnação e buscar o movimento. Seria melhor se nossos desejos fossem de aprendizado, descobertas e alavancar nosso próprio desenvolvimento, ao invés de ser só de amontoar objetos, títulos e até pessoas. E, graças a alguns seres humanos, cuja capacidade de explorar e repartir é intensa, vamos em frente nos diversos setores. Isto quando eles não são bloqueados ou eliminados pelos que querem controlar os desejos de Ascenção da humanidade.

Não estamos percebendo que a mídia é esperta o suficiente para canalizar nossa atenção na direção da beleza e do material, tornando-nos desinteressados nos estudos mais profundos do conhecimento interior. Eles sabem que podemos ser bem mais do que beleza e status. E atacam nosso ego, influenciando nossa mente de que não somos suficientemente belos, sadios ou ricos, deixando-nos eternamente presos às redes de suas necessidades. 

É fácil manipular o ser humano e isto é tão claro e óbvio que tornou-se uma corrente elástica, atingindo todas as idades. E a insatisfação faz sofrer, dói e desestimula. Estamos sempre com a sensação de que nos falta algo. Isso é doentio e frustrante. Não torna a vida leve. Causa ansiedade e depressão. 

Alguns descobrem o quanto eram felizes somente após terem experienciado perdas, sejam lá de qual forma for: no amor, no corpo, na profissão, relacionamentos e até no material. Quando ficamos no "vazio" é que podemos perceber como éramos "cheios".

Portanto, construir e buscar não é ruim, mas não estarmos satisfeitos e sermos gratos ao aqui e agora pode nos tornar infelizes o suficiente para nunca nos amarmos ou amarmos nossas vidas. Temos que olhar mais para nós e pararmos de nos comparar com o superficial das outras pessoas. Elas também carregam pesos que nem imaginamos. Talvez nossa vida simples, seja mais leve e feliz e nem nos damos conta disso.

A dica para este texto é buscarmos o aprendizado e crescermos em estudo. Quem sabe poderemos ser aquele que vai trazer ao mundo um pouco mais de paz, libertação, ou ainda descobertas que elevarão a Terra à um novo patamar.

NAMASTÊ 

ESSENCIA ESPIRITUAL

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Todo sentimento é expressão de vida
Toda vida é o florescer da alma.
A alma simples, ainda desconhecida,
Trabalha árdua para encontrar a calma.

Os sonhos são imagens repetidas,
Cujo espírito anseia por materializar.
Mas a sorte é muito dividida,
Não dá tempo para todos realizar.

O mistério que envolve o universo,
Talvez um dia possamos descobrir.
Uns se importam mais com o controverso,
Precisamos mesmo reagir.

Dentro de nós existem respostas,
Fora de nós as discussões.
Quando aceitamos as intuições impostas,
Deixamos de lado as competições.

Nem imaginamos a nossa essência real.
Sem interesse, agitados e arrogantes,
Desconfiamos de tudo que não é natural.
Esquecendo do mais importante.

NAMASTÊ