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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

sábado, 11 de junho de 2022

DESILUSÃO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Algo acontece dentro de mim. Algo que me faz sentir fora do contexto de mundo e pessoas. Não tenho mais o fogo ardendo.

Parece que realmente os quatro elementos me mostram que tudo é fugaz, passageiro e desvencilhado de sentimentos e que só nós os criamos em nossas mentes. Há uma lavagem da vontade de vida, a água levou embora meu tesão. O vento parece espalhar as coisas, de modo a não mais alcançá-las. E a Terra se encontra cada vez mais longe dos meus pés.

Me sinto só,  como se fosse a única a sentir isso. Modificação energética, de DNA ou de qualquer coisa que se fale ou invente, não sei, mas estou perdida. Se penso no mundo, na vida, em mim, a cabeça chega a doer, parecendo um peso encrustrado num local já sem existência.

Em que raios de dimensão me encontro, afinal? É muito blá, blá, blá para pouca verdade concretizada. Querem nos deixar loucos e doentes e nos exterminar aos poucos?

Estou cheirando a mofo, esquecida no tempo. Nas veias correm um amontoado de dúvidas, incertezas e chateações. E os momentos felizes, aqueles que sempre falamos em frases, vão escapando pelos dedos, subtraindo da alma à esperança de crer que para alguma coisa realmente servimos.

Espero por alguma manifestação física ou divina, pois a cada dia a graça pela existência vai indo embora como um balão solto do alto de uma montanha. Quando penso que tantos já fizeram, se foram e nada mudou em termos de crescimento conscencial, dou de ombros para a morte. É muito segredo para uma humanidade sombria e fria. A impressão é que alguém ri muito às nossas custas. Estou exausta. Cansada...

Tenho amor demais e me impedem de ofertá-lo. Posso dar carinho, mas não encontro quem queira. Seria eu tomada de uma total falta de sorte na vida? Quem sabe me pergunto demais, espero demais, sinto demais. Os que pouco se importam parecem ser os mais valorizados, abonados e cheios de nadas. Pessoas vazias parecem ter espaço para recriar melhor aquilo que nelas as incomoda. E assim caminho por uma estrada cada vez mais estreita, esperando que pelo menos ela me leve a um final feliz.


NAMASTÊ 

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