Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Na verdade, quando estamos à mercê deste "comando" fazemos de tudo para agradar. E acabamos esquecendo que as pessoas têm suas próprias vidas, idéias e opiniões e, que por estarem numa situação mais favorável, querem apenas que façamos o que nos foi pedido. Invadimos seus espaços e se vamos além do que nos foi solicitado fazer, criamos tensão.
Isso acontece muito nas empresas onde se ouve sobre proatividade, mas que quando resolvemos ir além, recebemos advertências. Os "patrões" nos contratam pensando em ter alguém que aja, mas não mude as coisas, sem antes perguntar. Eu mesma já passei por isso em diversas empresas que trabalhei. E nos vemos num beco sem saída, sem saber se podemos ou não tomar as rédeas, sem incomodar ou viver questionando.
Nem sempre mudar o estilo do local, inventar um novo critério, posicionar as coisas de outra forma satisfaz quem é o contratante. E se o fazemos, insisto, " na melhor das intenções " pode ser apenas uma maneira de provocar sentimentos, não de agradecimento, mas de orgulho da outra parte, já que "o que é meu, é meu e ninguém deve mexer".
E eles não estão errados, pois a casa ou empresa de cada um tem seu estilo, a decoração que aprecia, o modo como se sente melhor. Invadimos essa vida ao querer impor num ambiente, que apenas estamos usando temporariamente, nosso estilo de vida. Podemos perguntar, sugerir, mas nunca agir sem pedir.
Confesso que sou dessas pessoas que tenho mania de modificar as coisas para me sentir melhor, ter acesso mais rápido ou ver as coisas mais funcionais. Também existem pessoas que são tão travadas com suas vidas, que não se abrem para o novo. Tem mentes fechadas e focadas. Estão acostumadas demais com seus cheiros, desvios e mofos, por assim dizer. Essas são as mais difíceis de aceitar mudanças.
O inverso também pode existir. Por exemplo, somos tão organizados ou metódicos, que alguém tirar uma almofada do lugar em nossa casa, nos faz transpirar. Tudo isso vem da educação que tivemos ao longo da vida e, quanto mais velhos ficamos, mais maníacos nos tornamos quanto às coisas.
Portanto, viver a nossa vida e aprender limites para exercer nossa vontade na vida do outro, é a melhor lição que podemos aprender. As pessoas não são iguais. Umas acham maravilhoso ter alguém que lhes mostre como fazer ou dar idéias. Outras te pagam para nunca opinar, nem mexer, apenas exercer seu trabalho. E aí está a diferença que temos que aprender, quando estivermos dispostos a ajudar, sem transpor o limite de segurança e do bom senso.
NAMASTÊ
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