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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

segunda-feira, 10 de maio de 2021

TENTEI ACERTAR

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)



Tudo que fiz foi tentar acertar.
Escolhi viver como a lua, que nasce ao escurecer, para iluminar um pequeno pedaço do céu e trazer vida aos corações solitários.

Escolhi me apaixonar, mas compreender os por quês se tornou difícil para mim. Então desisti daquilo que faz os olhos brilharem e o peito doer de saudades.

Escolhi aprender com o tempo, pois ele é inusitado e surpreendente. Gosto do que me causa admiração.

Escolhi amadurecer naturalmente, deixando-me levar pela imagem rebuscada no espelho, sentindo a dor de estar envelhecendo e não saber como lidar ainda com o amanhã.

Escolhi dizer verdades, sem entender muitas vezes as atitudes das pessoas que provocaram minhas sombras, sem respeitar o quanto tenho lutado para compreender meus próprios abismos.

Escolhi caminhos que me causaram dores nos pés,  na alma e no coração. Mas eles firmaram meu caráter e me lançaram em um mundo real, com visão de caçadora, não de ilusões, mas de aventuras magníficas.

Escolhi acreditar em mim, mesmo que o mundo se mostre debochado e frio, rindo às minhas costas, mas sei que viver em plenitude é para quem acredita e não para quem tem medo.

Escolhi ter pessoas com quem me importar e cuidar delas o tempo que for preciso. Elas são meu alicerce para pisar no chão todos os dias ao acordar.

Escolhi alcançar as estrelas nos sonhos, correr o mundo através da imaginação e me libertar da falta de entusiasmo que estagna qualquer ser humano e o condena à uma vida insuportável e nauseante.

Escolhi ser eu mesma, sem querer a vida de ninguém,  pois o que se vê, não é verdade, nem real. Somos o que temos dentro de nós. Podemos ser fogos de artifício, brilhos de sol, pingos de chuva, frescor da névoa,  trovões cortando o infinito ou aroma de café da tarde.

Escolhi amar com a força que cada pessoa na minha vida necessite. E escolhi também aceitar que algumas deixem de me amar. Porque o amor é como o balanço no parque: uma hora ele vai, outra ele vem. Uma hora tem alguém vindo, noutra alguém indo. Mas o balanço continua com o vento, pronto a ter um novo alguém querendo brincar.

E escolhi acreditar que posso passar pelo mundo fazendo o vento assoviar uma canção, cuja letra alimente a esperança, e a melodia crie a paz e a verdade por onde passar. Se acertei ou não, eu tentei. Pois é a ação que me faz escolher sempre continuar a ser quem eu sou, única como espírito e fisico. Este é o papel exclusivamente meu.

NAMASTÊ 

3 comentários:

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