Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Fui agredida verbalmente no trânsito e, imediatamente, minha reação foi devolver com outro xingamento e gestos com a mão. Descobri mensagens no celular do meu marido (namorado) paquerando outra mulher e resolvi sair para trai-lo com o primeiro que me desse atenção. Minha amiga debochou de mim em frente a várias pessoas, então contei algo dela que era segredo nosso.
Essas e outras milhões de histórias mostram o quanto não estamos dispostos a ceder, a perdoar ou ainda a sair como perdedores, de alguma forma. Somos seres competitivos e vingativos. Uns mais que os outros, chegando no limite do insuportável. Quem de nós apenas diz tudo bem, desculpe, te perdoo nestes momentos em que somos cutucados e o sangue sobe rápido?
A expressão "pagar na mesma moeda" só mostra o quanto a nossa paciência se limita dentro de pouco espaço. Infelizmente, muitas vezes esta atitude destrói relações e até causa agressão física. Antes de mais nada, precisamos saber se quem nos trai, machuca ou irrita é tão importante, que precisamos "dar o troco" para achar que fizemos a nossa parte de nos proteger, ou se é insignificante para deletarmos de uma vez de nossas vidas.
Temos uma cultura de que pessoas fortes não levam desaforos para casa. Mas elas levam dor na consciência, vergonha e decepção com suas atitudes. Dependendo do caso, talvez seja melhor pedir desculpas, ou quem sabe dizer adeus, ou ainda apenas se retirar, deixando que a pessoa maldosa fique com seu título tão cobiçado de perversidade.
Quando damos muitas explicações acabamos nos perdendo. Se apenas tomamos uma posição pensada e analisada friamente, muitas vezes encontraremos o melhor caminho a ser tomado.
Pagar na mesma moeda só nós faz igual às pessoas mesquinhas e até idiotas, cujo caráter sempre está à prova. Ser superior é apenas seguir em frente, com suas decisões pré-estabelecidas cuidadosamente, sem ter arrependimentos, nem precipitações.
Quer perdoar e conversar? Tente. Quer deixar para lá o assunto ou quer buscar novos horizontes? Tente também. O mundo está cheio de pessoas boas e más. Precisamos escolher em que parte queremos estar. Contudo, não precisamos deixar que o mundo venha atrás de nós com espetos e varas, nos tratando como seres insignificantes. Todos temos direito a nos defender e amar. A questão aqui não é a auto-defesa, mas o rancor, raiva e impaciência que guardamos. Sejamos honestos o suficiente para deixar claro o que não gostamos e não precisamos, tanto para nós mesmos, quanto para o outro.
Agindo assim, nossa consciência estará mais tranquila à noite quando deitamos, além de tornarmos o mundo menos agressivo. Tentemos o ensinamento de pagar, não com a mesma moeda, mas com algo muito mais valioso para nós, que pode ser o silêncio, o perdão, a resiliência ou ainda a nossa força espiritual. E vamos ver quem realmente se sai um vencedor na vida.
NAMASTÊ
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