Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Que vida é essa em que entramos e saímos de casulos?
Podemos dizer que borboletamos.
Saímos do útero, ao nascer, nosso casulo primordial.
E ao decorrer da vida, criamos um artificial.
Quando tomamos coragem, lançamos mão do casulo,
e voamos para algo conquistar.
Criamos asas, deixamos o medo para trás,
e o mundo vamos testar.
Se algo dá certo, as asas se abrem mais.
Porém, se nos assustamos ou erramos,
escondemo-nos sorrateiros em novos casulos,
e dali achamos que não sairemos jamais.
Mas a vida é bela quando podemos borboletar.
Conhecer a nós mesmos e trazer à tona os dons.
Dentro de nós os segredos se apertam e sufocam.
Devemos sair para ouvir mais sons.
Borboletar é se transformar e se conhecer.
Tudo que fica no antigo casulo deve morrer.
Borboletar é abrir -se para uma nova vida,
E deixar para trás formas mal resolvidas.
Cada casulo tem uma história de medo ou cansaço.
Mas chega uma hora que precisamos renovar.
O velho só atrai traças e mofos,
queremos a liberdade de conhecer e cultivar.
Borboletar é viver plenamente,
buscando novas paragens e pairando no belo.
Só se entregue a um novo casulo,
se encontrar pela vida um grande flagelo.
Mas não torne o casulo seu lar eterno.
Medite, pense, analise o tempo que for preciso,
e saia borboletar sem demora.
Pois um dia, deixaremos para trás o casulo da alma,
e as asas que tínhamos virarão apenas focos de luz...
NAMASTÊ
Nenhum comentário:
Postar um comentário
CRÍTICAS, ELOGIOS, OPINIÕES E SUGESTÕES SOBRE A LEITURA OU O QUE QUER LER SERÃO MUITO BENVINDOS.