ABRIL SE VAI

 Autora: Josianne L.Amend ( JosiLuA)

Abriu está se fechando...
Com ele , vão-se as mágoas e orações.
No tempo, serão guardados tudo que falamos, sentimos, ouvimos, decidimos.
Não há como voltar, mas podemos corrigir, acertar, perdoar, recomeçar.

Foram mais trinta dias do calendário para manifestarmos a vida em nós.
Perdemos, ganhamos, nos desesperamos, fomos solidários.
Cultivamos paciência,  bondade, gratidão, ou só soubemos reclamar, ter raiva e nos abalar perante os problemas.

Temos fardos, alguns mais leves, outros intensos. A diferença está na forma de analisar e julgar. Rimos, choramos, tivemos dias de dor, outros de divertimento. Mas tudo se foi com abril. É só uma manifestação do tempo, do nosso tempo na Terra.

Alguns se foram com abril, outros chegaram. Uma roda viva sem limites, sem previsão para parar. Sentimos no peito a ausência e a separação, ao mesmo tempo que nos dedicamos a encontrar a nós mesmos com maior empenho.

Saudemos o novo mês com satisfação, com força e coragem suficientes para que percebamos a finalidade de tudo. Deixemos para trás o que é pesado, o que nos faz caminhar de armadura. Que a vida flua por todas as nossas células,  orientando cada passo na direção da liberdade e do amor.

Abriu se vai, mas nós continuaremos, com a graça de Deus, no mar da esperança,  içando velas a favor de um vento que imaginamos ser nossa futura meta para enganar o tempo e as horas que insistem em cutucar nosso corpo, a fim de nos levar ao ponto final.

NAMASTE

QUERIDA MÃE

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

Está chegando o dia das mães e eu não posso deixar de falar dessa mãe que acolhe seus filhos com tanto amor. Acho que nunca é lembrada neste dia. Talvez ela chore, solitária,  triste, lutando dia a dia para se manter em pé.

Desde criança fui acolhida por ela, que me ensinou a amar a liberdade, o sol, a chuva, o cheiro das plantas e a sonhar. Nada como deitar em seu colo num dia em que se precise de paz ou apenas para pensar. Se pudermos estar a sós com ela, muitos sentimentos irão aflorar, muitos conselhos poderemos ouvir.

Quantos braços e pernas, quantas ondas nos seus cabelos,  quantas cores e texturas, quantos sons podemos sentir, ver, tocar e ouvir. Quem realmente a respeita sabe a importância disto tudo nas nossas vidas e no nosso emocional.

Mas, como algumas mães por aí,  alguns filhos simplesmente não se importam com sua saúde, seus sentimentos e sua vida. Só sugam, sujam, destroem a própria casa, tirando tudo que podem egoisticamente, sem se incomodarem se outros filhos precisarão dela forte e robusta.  E ela vai enfraquecendo, perdendo vitalidade,  ficando doente e pedindo ajuda desesperadamente.

A querida mãe Natureza é maravilhosamente carinhosa. Se castiga, vez ou outra, é para chamar a atenção dos filhos para se educarem,  mudando a forma de a tratarem. Ela oferece diversidade de distrações, amigos e remédios. Nos acolhe, limpa, energiza, equilibrando nossas forças.  Nos ouve, acompanha choros, malandragens, amores e suspiros.

A pergunta que não quer calar é: " Onde vai parar o exagero de nossa parte e por que não aproveitar mais o que ela oferece de bom em si mesma, lutando para que se mantenha viva"? Ela é a mãe de todos! Está aqui pronta para acolher mais e mais gerações.  Eu não quero só contar para minhas netas como é lindo um passeio na mata, numa praia de areias brancas,  numa lagoa azul ou nas dunas coloridas.  Quero que elas possam conferir por si mesmas. 

Por isso, homenageio a Mãe Natureza,  rezando para que seus filhos mostrem compaixão e sejam gratos por tudo que ela é.  E aproveitem esse dia das mães para devolver à ela algo que ela precise para continuar viva. Plante algo, limpe algum lugar ou respeite os irmãos da terra.  Mude a forma de pensar de consumista para poupador. Nossas vidas e a de nossa MÃE estão em jogo. 

NAMASTÊ 

ASFIXIA MENTAL

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

O tempo está passando muito rápido.  Os finais de semana são raios de luz. O corpo parece estar menos ágil sem a rotina de sair,  passear, andar pelo centro da cidade, pegar ônibus, fazer visitas. Agora precisamos acostumar com uma rotina mais regrada.

Muitas pessoas precavidas estão vivendo isso. E tudo está estranho, como se estivéssemos sendo testados em nossa paciência. Estamos perdendo o material, ganhando peso e enchendo a cabeça de perguntas, sem respostas.

Isso é natural? Vai ter fim? As vacinas são reais, funcionam? Até onde o mundo ficará abrindo e fechando as portas? No final disso tudo, haverão mudanças ou a mente egoísta e a cobiça continuarão? Enfim, sinto-me pesada mentalmente, com dias cheios de esperança e noutros sem definições.

Quais são os sentimentos que cada um está tendo que trabalhar em si mesmo? Amorosidade, compreensão, vingança, astúcia, caridade? O fato é que cada um sabe muito bem as transformações que estão ocorrendo dentro de si. Algumas mais aceitas e outras sendo provadas, talvez com a finalidade de mudar a todos nós.

Ao mesmo tempo que se fala muito na espiritualidade e transformações interiores, muita desarmonia familiar ou entre velhos amigos está acontecendo. Seria algum tipo de energia, apenas inquietação ou a prova de que somos fúteis com os sentimentos?

Precisamos lutar contra a maldade escancarada, a voracidade explodindo das bocas e as atitudes extravasando do peito. Talvez tenha chegada a hora da verdade e da cura, onde colocaremos em pratos limpos quem somos e o que pensamos sobre tudo. E isto definirá pessoas e os laços reais entre elas.

Tudo parece um teste sendo lançado na humanidade, onde devemos marcar as respostas que nos farão pessoas melhores ou então tirarmos a máscara e mostrar os verdadeiros monstros adormecidos que, na penumbra, agem prejudicando ou maltratando os outros.

Sentimos falta do que não dávamos o mínimo da atenção: a liberdade. Estamos cansados de ouvir todos os dias sobre o mesmo assunto. Isso só mostra o quanto somos indisciplinados, pois necessitamos do aprendizado por condicionamento.

Contudo, não podemos deixar de nos  agarrar em algo para continuar, seja material ou transcendental. Caso contrário, estaremos sujeitos à loucura, pois nos faltam bases para apoiar tantos sentimentos caóticos que nos visitam todos os dias. Estamos despreparados para o inesperado.

Juntamos forças a cada amanhecer, acreditando que algo bom irá acontecer para ajudar nosso coração a superar a ansiedade e a espera, para recebermos de volta a liberdade. Rezamos, cultivamos, meditamos, interiorizamos e buscamos, seja lá de que forma cada um vai de encontro à  compreensão para a nova era.

E, quando e se isto tudo acabar, que seja para expor as sombras, para que a verdadeira luz as cubra completamente e possamos ver as novas gerações com ânimo, força e garra suficiente para cuidar melhor do que não nos pertence, mas nos foi emprestado com tamanha benevolência. A mudança é imprescindível! Que seja a maior certeza um dia.

NAMASTÊ 

E SE FOR EU

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

É triste saber que tantos conhecidos e amigos estão sofrendo as dores dessa doença que abala toda a humanidade. Alguns se foram e nem pudemos dar um consolo. Seja lá o que isto signifique para cada um, a questão é que o destino está sendo inesperado e levando sonhos.

É difícil pensar que pode chegar a nossa vez, mesmo com as tais vacinas que, preparadas na urgência, estão mais interessadas em sua fatia financeira do que na cura. Obviamente que curar seria o grande legado dos laboratórios à frente das pesquisas, mas a riqueza ainda é o plano ganancioso da elite.

Os plebeus que rezem pela caridade, pelo bom senso e por serem mais fortes e imunes. Chega um momento em que o pensamento se torna obsessivo e as perguntas surgem pipocando na alma. Não sou nada para o mundo, mas tenho minha vida, minha família, meus propósitos.

E se amanhã Deus me chamar? Se Ele resolver que precisa de mim em outra dimensão, o que exatamente eu poderia fazer? Se eu pedisse, Ele me daria um tempo com os que amo para poder abraçá-los e deixar algumas palavras?

Nos perguntamos se poderemos estar próximos dos que amamos, mesmo sendo levados pela fatalidade. Estamos à mercê da sorte cada vez que precisamos comer ou ir a um médico. Queremos estar mais presentes e, ser ausente não é mais descaso, e sim segurança.

Já parou para pensar se for escolhido, o que gostaria de dizer, de deixar para os que ficam? Parece mórbido pensar assim, mas pode ser uma saída para o consolo de ir embora.

Se eu for, primeiro quero dizer o quanto amei e amarei pela eternidade minha querida família. Que alicerce valoroso Deus me deu e quão grata sou pelas raízes e flores na minha árvore. Que não levarei ressentimentos dos que um dia me magoaram profundamente com palavras e atitudes, pois sei que também feri pessoas.

As coisas que emprestei do universo, deixo com alegria para quem quiser usar e aproveitar. Mas peço que tenham carinho com o que para mim teve um valor especial. São os meus livros, amuletos e bibelôs espirituais.

Não quero que chorem minha ausência,  pois é temporária. Sei que Deus permitirá que eu os veja novamente em algum momento, no paraíso. Certamente estarei junto com meus antepassados.

Peço que continuem firmes, dignos de uma vida plena e feliz, buscando conhecimento e sabedoria, elevando seus espíritos para Deus. Cuidem de si mesmos com amor e jamais caiam na tentação do orgulho e da arrogância. Olhem pelas crianças sempre e tratem bem a natureza, aproveitando-a para se equilibrarem e refazerem suas forças.

Procurem deixar o mundo melhor, mesmo que seja seu mundo interior. E, se possível, falem de mim de vez em quando para que eu possa sentir a vibração de ser lembrada.

Quando vamos, não sabemos o que acontece, mas realmente espero entrar no túnel da luz e dar as mãos a meu querido e inesquecível pai.

NAMASTÊ 

A VERDADE DE SUA ALMA

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

Você já parou para pensar sobre quem realmente você é e o que quer realizar? Estou falando daquela conversa com seu Eu, na solidão de algum lugar maravilhoso, onde parecemos encontrar nossa alma e olhar para ela com a certeza de nos conhecermos.

Porque na verdade, vamos nadando com a correnteza, alimentando nossa vida com os padrões impostos pela família e sociedade, sem ao menos pararmos para respirar e nos perguntar onde queremos chegar. Isso nos faz pessoas com almas entristecidas, ansiosas e confusas, pois acabamos tendo tudo que precisamos, mas não tudo que realmente queremos.

Ao menos uma vez na vida, precisamos desviar da correnteza e nos agarrar em algum tronco para respirar e pensar. Neste momento, poderemos apreciar o que tem ao nosso redor, quem sabe até focarmos em paisagens que nunca percebemos.

Quem realmente somos e o que viemos fazer está guardado na alma, que às vezes nos cutuca para sabermos que ela existe. Podemos estar deixando de lado potenciais e idéias, porque ficamos confortáveis com o que é rotina. Pessoas medrosas adoram os hábitos e não gostam de mudar nada. Sentem -se seguras e ... frustradas.

No entanto, a verdade sobre nossa alma é que cada um traz consigo misteriosas caixinhas que guardam os segredos de tudo que fomos, somos e precisamos ser. Alguns vão abrindo seus cofres e descobrem que a vida pode dar saltos de grandes proporções na busca pela felicidade, já que cada momento feliz nos transforma.

Lembrando que muitas vezes precisamos transpor obstáculos, pontes e nossos próprios monstros para chegarmos na nossa verdade. Quem encontra essa verdade pode considerar-se livre. Existem pessoas que são invejadas por causa dessa liberdade, que faz delas estrelas brilhantes a percorrer o céu.

Infelizmente somos apenas o necessário para pensarmos na segurança e numa vida elaborada.  A loucura está nos cofres da alma, esperando para serem libertados de forma consciente e digna, para que possamos desempenhar nosso verdadeiro papel como seres livres e prontos a elevar-nos espiritualmente.

A missão real está em se descobrir, em manifestar o que pode evoluir tudo ao seu redor, desde detalhes, até palavras e pessoas. Os piores inimigos são nossos medos e vergonha de julgamentos. Estes bloqueiam o que chamamos abertura de portais anímicos, transformando a vida em ações robotizadas. Não pense que podemos nos enganar. Sabemos bem que nossa consciência vive a nos empurrar para que nos libertemos do que nos estaciona.

A verdade de nossa alma é o início da vida plena e feliz. Mas isso é para quem consegue se erguer da correnteza e sair andando através do imenso mundo que tem pela frente.

NAMASTÊ 

CONTO DA VIDA DE ILUSÃO

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

Conta a lenda que em uma cidade desenvolvida, onde todos buscavam se destacar pela beleza, pela inteligência ou pela fama, os habitantes daquele local estavam sempre fugindo de suas próprias realidades.

Uns contavam mais vantagens que outros, gastavam muito em parecerem belos e mentiam sobre o quanto eram felizes e tinham tudo que queriam. Na verdade, a cidade estava coberta por uma névoa invisível, cuja essência era uma mistura de medo,  vergonha e mentiras.

Cada dia esta névoa encobria o pensamento e o coração dos habitantes. Os que não sentiam-se bem, começaram a migrar para outras paragens, buscando uma vida sem temores e mais honesta. Outros, porém,  sem se dar conta de sua arrogância e orgulho, continuavam no processo de embromar sua história.

Ao contarem sobre o que acontecia naquele lugar, um mestre que ouvira, resolveu ver o que lá se passava e tentaria ajudar os que ainda se escondiam na vergonha de serem julgados. Deparou -se com pessoas lindas, com sorrisos magnetizantes, cujas vidas pareciam ser tiradas de contos de fadas, perfeitas e, como interiormente queriam, invejadas. Era realmente fantástico o que pensavam sobre si mesmas.

A princípio não viu problemas em um lugar tão encantador. Mas, passadas algumas poucas horas, notou sua alma enfraquecida e cheia de dúvidas. Justamente ele que cuidava tanto do equilíbrio da alma. Resolveu se recolher e meditar. E teve a visão da névoa triste e tão silenciosa invadindo o coração das pessoas.

Após proteger -se, resolveu ajudar a todos que quisessem se curar. Mostrou o quanto mentir para nós mesmos sobre nossas vidas e o que somos capazes, nos faz infelizes. Que não precisamos ter medo de errar ou de cair, pois nossas falhas são as bênçãos para aperfeiçoarmos nossos atos. Que não precisamos esconder dos que amamos e são nossa família terrena o que não deu certo, o que falhou ou o que não conseguimos, pois eles são alicerces da nossa árvore da vida e se compadecem de nossas tristezas, assim como de nossas alegrias. Que não devemos temer os invejosos, mas perdoá-los e amá-los, a fim de que aprendam a evoluir. E que não precisamos viver em função de tanta vaidade, pois o invólucro é a casca e o fruto real está dentro de nós para ser apreciado por quem tem sabedoria e é merecedor da nossa companhia.

Dito isso, retirou -se, seguindo sua caminhada de aprendizado.  Anos mais tarde, soube que aquela cidade tinha se transformado num verdadeiro paraíso, com pessoas amigas, sem medos, aceitando suas potencialidades, ajudando uns aos outros a evoluírem e abrindo seus corações,  revelando suas fraquezas que, mais tarde, se manifestaram em sabedorias. Infelizmente, alguns ainda sem acreditar, preferiram continuar na névoa que aos poucos os consumiu em seres angustiados, raivosos e sem brilho algum. Pereceram em suas próprias ilusões.

Moral da história: errar faz parte da vida; não dar certo, não é mérito de ninguém e mentir para si mesmo é tornar a vida uma fantasia cujo fim não é o felizes para sempre.

SOFRIMENTO SOLITÁRIO

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

Hoje em dia perdemos aquelas tardes de fofocas em família ou com amigos. A vida está muito mais agitada, todos querendo uma fatia maior do bolo. Foram-se as conversas que eram verdadeiras terapias para aliviar o coração e abrir a mente.

As pessoas mudaram. Parecem ter medo de falar sobre seus problemas, suas dúvidas,  seus anseios. Não querem passar por fracas ou estimular invejas. Têm medo de serem alvos de comentários. E, sendo assim, se fecharam num mundo próprio,  sofrendo sozinhas suas dores e, muitas vezes, não tendo idéia de como sair do buraco.

Mal sabem elas quão terapêutico é falar, abrir o coração,  derramar a tristeza para alguém que confie ou apenas as escute. Não é balela! Faz parte, inclusive, de estudos científicos que abrir o coração pode curar traumas, fobias e acalmar a mente. Mesmo assim, muitos preferem se calar. E sofrem solitários sua dor, que pode persistir por toda vida. Podemos ter medo de sermos julgados, mas podemos também ganhar idéias sobre opções para resolver o que nos afeta.

Existem pessoas com as quais sabemos que podemos nos abrir, contar e pedir conselhos. Por outro lado, se somos ouvintes, temos que nos propor a ser dignos e não usar a história contada para ser publicada pelo mundo. Fomos escolhidos e é como se fôssemos um santuário para quem nos escolheu. Devemos ser e ter respeito. E, se fomos escolhidos, saber ouvir e dar tempo para quem precisa.

Abrir nosso coração pode ser curativo, já que guardar mágoas, ressentimentos, raiva, pode ser um grande motivo para somatizar doenças. Devemos voltar a falar, escolher alguém de nossa confiança e desabafar.  Livrarmo-nos dessa névoa sufocante que aperta o peito, que traz dores de cabeça e nos dá dores abdominais.

Se não podemos estar presentes, hoje existem formas de contato diversificadas. As pessoas estão perdendo o verdadeiro sentido das amizades e das relações. Por outro lado, se for a pessoa escolhida para ouvir, não sejamos o chato que só julga, mas que saibamos escolher as palavras e dar boas opções. Lembremos que estamos lidando com alguém sensível e precisando de apoio.

Ninguém está livre de ter dias ruins, ações impensadas e acontecimentos confusos. Mas podemos nos cuidar e ajudar, se deixarmos o orgulho de lado e soubermos ouvir verdades. Mentes perturbadas não definem bem o correto, querendo apenas ignorar, como ato protetivo.

Não precisamos do sofrimento solitário. Existem muitas almas preparadas para ouvir e nos ajudar. Apenas devemos ter bom senso e saber quem escolher. Livre-se de cargas desnecessárias e vá em frente mais leve.

NAMASTÊ 

ESCOLHA UM DIA

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

A vida tem passado mais rápido do que notamos. Quando acordamos, imaginamos mil coisas para fazer no dia, mas não dá tempo. A noite chega para aquietar a mente rapidamente.

Comecei a imaginar quanta coisa ainda gostaria de fazer e de conhecer.  E o que esta ansiedade tem afetado nossos corações. Agora que amarraram nossos passos e trancaram as chaves para termos a liberdade que nunca demos valor, então,  está mais difícil ainda planejar.

Coloquemos na pauta da vida um dia de lembranças.  Escolha um dia para isso. Talvez seja interessante ir no passado e resgatar o que fomos, fizemos, aprendemos e sentimos, para perceber no que nos transformamos e se isto nos contenta o suficiente para amarmos nossa vida.

Voltemos para a infância,  percebendo quem admiramos, de quem tinhamos raiva ou receio, os aprendizados e as malandragens, os medos e brincadeiras, os sabores e cheiros que formaram nossa personalidade. Sempre poderá aparecer um sorriso no canto da boca ou uma testa franzida em nós, ao lembrarmos.

Depois caminhamos à adolescência, fase de firmar o caráter e auto estima. Difícil conter lágrimas e confusões internas. Rebeldia, muitos amigos bons e outros querendo nos iludir. Mas é bom lembrar como nos portamos diante do que sabemos que é errado, mas deixamo-nos envolver pela fraqueza e pela vontade de sermos aceitos, ou tivemos audácia de buscar outro caminho.

E o que foi a juventude? A busca pela afirmação profissional, do corpo e da sociedade. Criamos estereótipos para moldarmos nossa personalidade, estabelecendo padrões de beleza e de conduta, sonhando com a própria liberdade de sustento e integridade social. É bom lembrar que caminhos ousamos tomar para superar obstáculos.  Fomos dignos ou oportunistas, desleais ou tímidos? Cada um sabe o mal e o bem que causou e as consequências que carrega de suas atitudes.

Chegamos na maturidade, onde alguns leitores ainda não podem lembrar, mas tem chance de modificar suas vidas. A vida corre, mas ainda há tempo. Nesta fase, pensamos muito no tempo que nos resta e o que realmente importa para se viver com paz, harmonia e tranquilidade. Chegamos no ponto de buscar respostas, entender os erros e não nos surpreender com as pessoas.  Queremos viver o máximo possível sendo felizes, vendo a natureza, coisas belas e a vida ao nosso redor.

Será um bônus ter quem amamos sempre por perto para nos deliciarmos em longos papos. A gratidão por cada dia que ganhamos é uma constante e a maior bênção é a saúde. Temos necessidade de aprender mais e mais, como se não houvesse amanhã e nossa alma precisasse se encher de informações que possam nos transformar em seres melhores, prontos a seguir o caminho da luz que um dia se abrirá à nossa frente.

Temos o tempo que queremos para saborear a própria vida. É um filme para ser assistido novamente, recordando pessoas, lugares, palavras, gestos, comidas, amores e tudo que constrói cada um de nós em um templo. Cada construção tem sua própria decoração e história. E, como a lenda dos três porquinhos, cada um escolhe o material que quer para ter uma vida segura e feliz.

As escolhas que tivemos ou teremos são nossa responsabilidade para podermos ter saúde, estabilidade, felicidade e sermos emocionalmente gratos a nós mesmos. Pois é nossa força interior que move e constrói o que somos. Ainda há tempo de reformas e de acreditar em nós mesmos.

Escolha um dia para poder visualizar o quão forte foi, como desviou ou como se entregou, o que poderia ter feito ou o quanto fez, quem era e como chegou até aqui. Este exercício fará milagres em você,  pois poderá ter orgulho de sua vida e continuar melhorando para um dia virar uma estrela brilhante.

NAMASTÊ 

MOMENTOS

 Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

Não tem como discutir que a vida é feita de momentos de alegria e tristeza, dor e saúde, paz e guerra, certezas e medos.

E, quando estamos nos bons momentos, somos propensos a julgar os que se encontram nos maus, porque para nós a vida está colorida. Só que não lembramos ou não queremos lembrar do que já passamos em horas ruins e como nos descontrolamos, sofremos, nos isolamos e até prejudicamos alguém por falta de equilíbrio e raiva.

Isto tudo já sabemos. Mas, o que não percebemos, às vezes, é que mesmo tendo a bênção de estarmos com saúde,  paz, ter um amor e até o suficiente para uma boa vida, não sabemos aproveitar com gratidão e estarmos mais presentes como filhos, pais, irmãos,  amigos, enfim viver com laços e não nós nas relações.

Não aproveitamos os bons momentos para expandir a felicidade, a sabedoria, a paz para o mundo. Alguns preferem ser egoístas o suficiente para saborear sozinhos, outros se isolam por medo de serem invejados ou não quererem ouvir cobranças,  se resguardando para sua própria felicidade. Seria errado querer se afastar de um mundo negativista?

A resposta é não, pois é mais fácil cairmos na tristeza e dor por vermos e ouvirmos desgraças,  do que nos mantermos firmes como pessoas sãs e felizes. Só que nesta segunda opção, seremos mais prestativos para o mundo. Sendo felizes, teremos mais força para realizar, criar, buscar e renovar.

Quantas vezes negamos carinho de pessoas que estão bem, pura e unicamente por teimosia e vergonha do que estamos passando? Nesta hora, deixamos passar a oportunidade de descobertas e transformações que podem melhorar nossas vidas, trazendo-nos uma fonte de energia e força. Alguns momentos podem ser únicos e chegarem na hora exata. A questão é sabermos definir esta hora para nos abrirmos para o mundo. 

Todos passamos por fases que necessitam ser trabalhadas, mas um basta é importante. Podemos sofrer, ter raiva, negar,  mas acordar e saudar a vida com um "basta" é fundamental para seguir em frente e buscar aquilo que se sonha.

Portanto, ninguém está livre de ter maus momentos. Não pense que o jardim do vizinho está sempre florido. As flores dele morrem também. A diferença está na atitude. Ele pode não esperar que o jardim fique descuidado e triste, renovando imediatamente suas flores, enquanto deixamos o nosso para quando tivermos mais vontade de cuidar. Isso faz realmente com que as pessoas se distinguam: a força interior.

NAMASTÊ