Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Acordei às 4:50 h hoje e animei-me com o que ouvi. A volta do canto dos sabiás! Lá estava ele, com uma melodia ainda meio atrapalhada, parecendo um filhote querendo mostrar que está afinado para a vinda da primavera.
Mas a primavera só chegará daqui um mês, então o que ele faz essa hora fora do ninho? Sorri para mim mesma, questionando a pressa do pequenino pássaro. A melodia iniciou muito bela, mas de repente pareceu engasgada e seu pipilado ficou engraçado. Pronto! Meu sono foi embora.
Não tinha um peito tão estufado para fazer com que o seu canto chegasse a longas distâncias. É ainda tímido, mas anuncia a chegada das flores. Acordar as quatro da manhã com a melodia dos pássaros, faz parte de viver em locais ainda com árvores ao seu redor. E isso é muito inspirador.
O canto da natureza envolve todos os tipos de barulhos que, no nosso silêncio, podemos sentir dentro de nós. Isso alivia, acalma e manifesta ondas de extrema paz. A natureza canta no barulho das ondas chegando tranquila na areia da praia, canta no farfalhar das folhas das árvores, canta no vento que toca a mata rasteira num caminho solitário. Como não fazer parte desta sinfonia, sendo ao menos um espectador?
O canto da natureza pode ser uma orquestra ou barulho irritável, dependendo da sensibilidade de cada um. Vejo muitos reclamarem do canto dos pássaros, do grito dos periquitos e não entendo como cada pessoa administra os sons em seu cérebro. O real barulho não seria músicas sem quaisquer senso de beleza, num volume alto? Como disse, cada um tem a sensibilidade que exercita.
Talvez, para se criar um pouco mais de empatia aos sons do universo, devêssemos nos isolar vez ou outra, retirar-mo-nos para locais tranquilos, sem barulhos dos grandes centros e apenas curtir a natureza pura e vislumbrante. Sentar em alguma rocha próximo à cachoeira, apreciar o barulhinho da água correndo entre as pedras, tentando criar um caminho alternativo, ou quem sabe no alto de uma montanha, ouvindo o vento em seu murmúrio entristecido.
Só quem experimenta tais oportunidades sabe exatamente do que falo. Os viajantes mochileiros e solitários podem contar histórias incríveis de suas peregrinações e conversas com o mundo invisível e melodioso.
O que sei é que, ao acordar, ouvi o sabiá novamente. Talvez um novo e jovem sabiá, mas que trouxe ao meu despertar a energia necessária para um dia feliz. Porque amo a natureza e sempre que posso a aprecio. Gosto da conexão que tenho com a mata e com os seres que dela cuidam. Gosto da beira-mar de areia branca onde ainda o bicho homem não destruiu, gosto das montanhas enfeitiçadas pelos gemidos e gritos dos gaviões, das florestas fechadas e frias, que escondem olhinhos por todos os lados. Sim, eu gosto, porque sou assim.
E o canto de todos esses lugares, como uma grande coleção de sons e beleza, é capaz de nos dar a paz. Eu aconselho você que se acha estressado, não tomar remédios, mas se inundar da natureza. Você, que se acha depressivo, não se afundar ainda mais na solidão de seu quarto, mas na busca pelo seu Eu, caminhando e vivenciando a natureza. E você que está totalmente cansado, com a cabeça entulhada de idéias, buscar uma tarde na cachoeira, na montanha, na savana.
Ouça simplesmente a vida pulsando e a melodia extraída de cada movimento de planta, animal, energia. A força dos quatro elementos. Enraíze-se, deixe que a Mãe Terra te envolva e te equilibre. O mundo é aberto a todos. Tristes são os que não se deixam envolver pela grande e magnífica sinfonia da vida e não estimulam seus ouvidos para os sons do universo.
NAMASTÊ
Acordei às 4:50 h hoje e animei-me com o que ouvi. A volta do canto dos sabiás! Lá estava ele, com uma melodia ainda meio atrapalhada, parecendo um filhote querendo mostrar que está afinado para a vinda da primavera.
Mas a primavera só chegará daqui um mês, então o que ele faz essa hora fora do ninho? Sorri para mim mesma, questionando a pressa do pequenino pássaro. A melodia iniciou muito bela, mas de repente pareceu engasgada e seu pipilado ficou engraçado. Pronto! Meu sono foi embora.
Não tinha um peito tão estufado para fazer com que o seu canto chegasse a longas distâncias. É ainda tímido, mas anuncia a chegada das flores. Acordar as quatro da manhã com a melodia dos pássaros, faz parte de viver em locais ainda com árvores ao seu redor. E isso é muito inspirador.
O canto da natureza envolve todos os tipos de barulhos que, no nosso silêncio, podemos sentir dentro de nós. Isso alivia, acalma e manifesta ondas de extrema paz. A natureza canta no barulho das ondas chegando tranquila na areia da praia, canta no farfalhar das folhas das árvores, canta no vento que toca a mata rasteira num caminho solitário. Como não fazer parte desta sinfonia, sendo ao menos um espectador?
O canto da natureza pode ser uma orquestra ou barulho irritável, dependendo da sensibilidade de cada um. Vejo muitos reclamarem do canto dos pássaros, do grito dos periquitos e não entendo como cada pessoa administra os sons em seu cérebro. O real barulho não seria músicas sem quaisquer senso de beleza, num volume alto? Como disse, cada um tem a sensibilidade que exercita.
Talvez, para se criar um pouco mais de empatia aos sons do universo, devêssemos nos isolar vez ou outra, retirar-mo-nos para locais tranquilos, sem barulhos dos grandes centros e apenas curtir a natureza pura e vislumbrante. Sentar em alguma rocha próximo à cachoeira, apreciar o barulhinho da água correndo entre as pedras, tentando criar um caminho alternativo, ou quem sabe no alto de uma montanha, ouvindo o vento em seu murmúrio entristecido.
Só quem experimenta tais oportunidades sabe exatamente do que falo. Os viajantes mochileiros e solitários podem contar histórias incríveis de suas peregrinações e conversas com o mundo invisível e melodioso.
O que sei é que, ao acordar, ouvi o sabiá novamente. Talvez um novo e jovem sabiá, mas que trouxe ao meu despertar a energia necessária para um dia feliz. Porque amo a natureza e sempre que posso a aprecio. Gosto da conexão que tenho com a mata e com os seres que dela cuidam. Gosto da beira-mar de areia branca onde ainda o bicho homem não destruiu, gosto das montanhas enfeitiçadas pelos gemidos e gritos dos gaviões, das florestas fechadas e frias, que escondem olhinhos por todos os lados. Sim, eu gosto, porque sou assim.
E o canto de todos esses lugares, como uma grande coleção de sons e beleza, é capaz de nos dar a paz. Eu aconselho você que se acha estressado, não tomar remédios, mas se inundar da natureza. Você, que se acha depressivo, não se afundar ainda mais na solidão de seu quarto, mas na busca pelo seu Eu, caminhando e vivenciando a natureza. E você que está totalmente cansado, com a cabeça entulhada de idéias, buscar uma tarde na cachoeira, na montanha, na savana.
Ouça simplesmente a vida pulsando e a melodia extraída de cada movimento de planta, animal, energia. A força dos quatro elementos. Enraíze-se, deixe que a Mãe Terra te envolva e te equilibre. O mundo é aberto a todos. Tristes são os que não se deixam envolver pela grande e magnífica sinfonia da vida e não estimulam seus ouvidos para os sons do universo.
NAMASTÊ
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