Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Tem dias que não consigo sentir a inspiração. Parece uma névoa de interrogações e dúvidas tomando conta dos pensamentos. Por mais que me concentre, a inspiração corre para longe. Para algum lugar onde meu acesso está limitado.
Ao mesmo tempo, escrever é como conversar com o mundo. Dou minha opinião e o mundo me aconselha. Ou tolhe minhas intenções. Não há muito equilíbrio nesta situação desgastante. Então me frustro. Quero conversar com o plano divino, mas sei que ele fechou as portas neste momento.
A lição é a de sempre: concentre-se, inspire-se e deixe-se abraçar pela vida. Alguns momentos podem ser enfadonhos, pois simplesmente o "branco" da mente, atrapalha qualquer inspiração. Mas talvez o mais profundo esteja numa mente limpa. Onde a razão deixa espaço para que o coração fale.
Sinto como se o cérebro estivesse tão carregado de concepções, que chega a pesar. Idéias, noções, consciências de tudo que a gente vive e passa a todo momento. E tem horas que simplesmente isso tudo se transforma num turbilhão devastador. Não sabemos se ficamos, se vamos, se queremos ou não, se nos importamos ou deixamos para lá.
Alguns chamam isso de cansaço mental e talvez seja mesmo. A mente está tão carregada de assuntos diversos, que não consegue pensar, concatenar as idéias. Nessa hora, ela parece limpa, mas não. Está sem efeito, desregulada e quase entrando em curto-circuito.
O que fazer então? Devemos prestar atenção ao nosso corpo. Ele nos diz quando as coisas estão fora de prumo. E a mente superlotada, indica falta de respiração e esta, causa as somatizações.
Não sei exatamente o que está acontecendo com a energia planetária, talvez sejam muitos pensamentos atordoando o prana deste universo terreno. Tenho visto muitas pessoas se queixando de cansaço, mesmo dormindo bem. Parece que o mecanismo do corpo está vibrando diferente. Os entendidos na física quântica podem nos dizer algo, talvez. Parece que a onda agora são as palestras sobre cura quântica.
E as curas vão surgindo, e as respostas vão brotando, mas as dúvidas também vão se ampliando. Minha mente limpa parece suja. Fica mais fácil definir o por que não consigo me inspirar. Simplesmente porque são tantas informações, que seguir uma delas se torna amedrontador. Talvez não seja o correto, seja só mais uma forma de alguém desviar nossa atenção e nosso caminho.
E é por tudo isso que a meditação ainda é, para mim, o melhor caminho. Aquietar a mente parece ser uma forma de entrar nela e arrumar a bagunça. E na ordem geral das coisas, sempre acabam surgindo as melhores respostas. Só que existem horas que precisamos meditar e ter paz. Meditar e ficar num ambiente novo, divertido ou tranquilo, inspirador e enebriante, estimulador e distinto. Sair da rotina, por assim dizer e limpar a mente de tudo que nos incomoda, nos arrefece, nos desestimula.
E, com a mente mais tranquila, podemos retomar o eixo de nossas vidas atribuladas e conseguir resolver melhor e mais sensatamente os assuntos que, bem ou mal, fazem parte do que somos, do que plantamos e do que precisamos colher.
Por isso, tão necessário se faz os dias de trégua para nós mesmos. E neste dias, mudar, descobrir, fazer e ver coisas fora do contexto do cotidiano. Às vezes, uma simples tarde sentados na montanha, ou uma manhã caminhando num riacho nos agregará energia suficiente para recomeçarmos.
NAMASTÊ
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