Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Saudades! Um sentimento de vazio que não é preenchido com nenhum outro sentimento. Algo impalpável e causador de dores profundas. O único remédio é matá-la, seja pelo esquecimento, ou pela presença. Mas ela não morre enquanto vivemos.
Quando é profunda demais, deixa o estômago pesado, a cabeça aérea e o coração desnutrido. É preciso grande força emocional para suportar a falta daquilo que um dia causou risos, felicidade e plenitude. Mas, parece que a saudade nunca está satisfeita com momentos que porventura possam acalmá-la. Há algo neste sentimento tão complexo e que não sossega com um simples brinde instantâneo.
O que faz a mente querer viver num passado que já não existe? Certamente o fluxo de bons sentimentos de outrora, que não nos faziam pensar em perdas, nem tristezas, mas no encantamento da vida. Junto da saudade vem a solitude da época e de pessoas. Mas também se revive o longínquo, feliz e satisfatório cenário.
Não tem tratamento, parece elástica, indo e vindo conforme nossa própria caminhada pela vida. Qual seria a finalidade deste sentimento perfurante que simplesmente cola na alma e que acabamos levando junto para o túmulo, por causa de nossa própria falta de saber como lidar com ela?
Contando que saibamos fazer dela não um algoz prestes a destruir nossa saúde, mas uma companheira sutil e até certo ponto bondosa, por nos mostrar que existem transformações pelas quais precisamos passar e lidar, podemos senti-la e até fazer com que nos seja útil, para não perdermos as lembranças. E se ela for dolorida demais, as lágrimas podem rolar...
NAMASTÊ
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