Total de visualizações de página

140155

Pesquisar este blog

Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

A ADMIRAÇÃO COMO CURA

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Ontem assisti um documentário num canal fechado sobre um experimento com sobreviventes de guerras, analisando como eles poderiam trabalhar seus traumas num ambiente incrivelmente inusitado e maravilhosamente lindo. Então, uma equipe de seis pessoas foi ao Polo Norte, num lugar retirado, apenas deslizando em seus esquis e acampando em locais específicos. Apreciaram auroras boreais e uma imensa montanha, em meio à neve a à própria  superação. No final, confirmaram como um lugar que nos causa muita admiração, afeta o cérebro e, por consequência, todo o corpo. E eles saíram deste experimento com melhores condições de sono, níveis de cortisona e dispostos a serem felizes, esquecendo as memórias traumáticas da guerra.

Parece que quando admiramos muito alguma coisa, a química do corpo modifica e pode, inclusive, curar problemas emocionais. Fica meio óbvio isso, devido a sensação que sentimos ao nos depararmos com lugares incrivelmente belos. Eles realmente fazem magia aos olhos e ao coração.  A Terra tem locais fantásticos, que às vezes parecem até imaginários, mas que mexem realmente com nossa sensibilidade e nos encantam, deleitam e nos deixam admirados. Quando isto acontece, há mudanças de comportamento e de feições em nós.

Talvez por isso, pessoas que conseguem viajar, ir para lugares distintos e cujo foco é só a própria paisagem, se tornam mais calmas, felizes e prazerosas. Nesta hora, percebo cada vez mais a necessidade de proteção da natureza, das culturas e de locais isolados. Só de sentar sozinha no alto de uma montanha com a vista para um vale, observando a extensa paisagem à minha frente, cujo único barulho era do vento sussurrando a própria solidão, tive alterada minha consciência e visões apareceram para mim. Eu realmente me senti em paz, sem medo algum.

Este documentário me chamou a atenção para divulgar a necessidade de sairmos da toca e conhecer lugares que podem ser sagrados para nosso despertar e transformação. Eles nos ajudarão nas depressões, traumas e nos sentimentos que, às vezes, insistem em nos perturbar. Se uma única viagem fez com os seis participantes tivessem boas respostas,  imaginem se nos dispuséssemos a buscar lugares que nos ajudassem a melhorar nosso humor e energia com freqüência.

Não precisamos atravessar o mundo ou gastar rios de dinheiro. Existem bosques, parques nacionais, montanhas, cachoeiras, trilhas que podem ajudar neste processo de estar em contato com a natureza. É esta natureza que faz a cura! Basta que além de apenas estar nela apreciemos cada maravilha que ela nos apresente: uma nova flor, uma árvore frondosa, um lago com a névoa fria, as lindas estalactites de uma caverna e assim por diante. Mas, tudo isto precisa ser consciente e sentido com o coração. 

Me conte depois as mudanças sentidas dentro de si mesmo, se você se dispuser a viver o que tem lá fora. Porém, respeite cada lugar sagrado que te traz a cura, pedindo licença, sendo grato e não deixando lembranças que machuquem o local. Afinal, muitos poderão se beneficiar desta cura se encontrarem o local intocável e respeitado.


NAMASTÊ 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

CRÍTICAS, ELOGIOS, OPINIÕES E SUGESTÕES SOBRE A LEITURA OU O QUE QUER LER SERÃO MUITO BENVINDOS.