Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Todo mundo um dia já perdeu alguém ou algo que gostava muito. Perdemos por diversos motivos: irresponsabilidade, imaturidade ou apenas porque o tempo acabou. O que era para se aprender e fazer já não tem mais continuidade e resolve-se sair ou ser convidado a sair.
Quando nos agarramos ao desespero da perda, podemos deixar de aprender, de inovar e de nos colocar em movimento. Mas também podemos ser impulsivos demais e sairmos antes da hora de onde poderíamos aprender ou realizar mais.
Muitos, frustrados pela monotonia, pela repetição sem emoções e sem ânimos trocam o que tem por algo novo que, obviamente um dia também acabará sem a magia das descobertas. Alguns sabem lidar perfeitamente com isso, aceitando o que o destino lhes reservou, seja bom ou ruim. Outros, perambulam pela vida, sem um porto, enfrentando ondas grandes, noites escuras e ventos contrários.
Tudo isso faz parte da vida, mas o triste é quando a impetuosidade nos atira sobre um destino que parecia interessante, mas que não se apresenta assim. Lembranças nos torturam e, apesar de novos rumos, os pensamentos não deixam de passear no nosso passado. Nossas escolhas que pareciam melhores, não nos deixam totalmente à vontade dentro do círculo que criamos. E as memórias corroem, tirando de nós falsos sorrisos e inventando máscaras necessárias para que a vida possa fluir.
Quantos segredos guardamos sem que nunca sejam revelados? Talvez nossos olhos no vazio possam sussurrar palavras que ninguém ouve, talvez banquemos detetives investigando o que ainda se passa com o que deixamos para trás. Todos devem ter um momento em que a biblioteca mental se abre e vemos títulos que gostaríamos de ler, pelo menos algumas páginas, novamente. Talvez dizer ou fazer diferente, talvez prestar mais atenção, aprender, usar melhor o tempo, estudar novas formas ou definir limites.
Mas o tempo, tão algoz de nossas vidas, nos empurra para frente por algum motivo. Pode haver em toda história o meio, aquele momento de retorno, ou quem sabe de nova tentativa, mas normalmente o tempero nunca será o mesmo. Quando estamos no caminho, devemos resguardar o que é interessante, cultivando e regando. Se o laço se rompeu é porque roçou em espinhos e ferrugem e que não foram podados ou lixados pelas atitudes.
O mais interessante da vida é que muitas vezes, há laços que precisam romper para que lá na frente a lição seja aprendida, entendida e renovada. Não há regras em se perder amores, empregos ou pessoas em nossas vidas porque cada um tem uma história que precisa de vírgulas, reticências e ponto final. O que precisamos definir é em que posição nos encontramos hoje e se queremos, nesta vida, ter este fechamento, deixando uma história no mínimo interessante e que possa servir de exemplo.
NAMASTÊ
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