Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Às vezes a gente grita, se descontrola e age de maneira inadequada.
Às vezes a gente surta, responde áspero e fala coisas que machucam.
Às vezes batemos o pé, a porta e a cabeça, saindo literalmente do bom senso.
Às vezes o dia escurece bem na hora da festa, fazendo todos correr e se molhar.
Às vezes a intenção era boa, mas não enxergamos os detalhes nos presentes, nas atitudes e nem nos olhares.
Somos sim e não, somos bem e mal. Somos máquinas que se ferem e que machucam. Temos capacidade de gargalhar e chorar, de entender e aceitar ou de contrariar e nos ofender. Isso é ser humano, ainda sem perfeição, longe da decência, da verdade e lealdade.
Os melhores talvez estejam andarilhando e descobrindo o mundo através da humildade, da necessidade e das novas companhias. Tudo que vem e vai rápido deixa algo forte, pode ser para o bem ou para o mal. E isso fortalece.
Dizer que está tudo bem ter desordens e desequilíbrios parece ser frase de quem não pensa em melhorar ou evoluir. Fica fácil cometer erros, porém é mais difícil olhar para dentro de nós e lidarmos com a consciência. Essa não nos liberta e está sempre cutucando-nos com espinhos envenenados. Já dizia o ditado: " por fora bela viola, por dentro pão bolorento".
Podemos enganar todo mundo, menos nós. E, pra quem acha que é pouco, experimente lidar com as doenças que vão aparecendo no físico, devido a culpa e outros sentimentos.
A questão é que ser humano é uma tarefa difícil se o conceito de humano for perfeição. E qual seria o real significado da palavra? Qual é nossa natureza? Buscamos fazer algo produtivo durante a vida ou simplesmente alguns se propõe a destruir. Não há controle de qualidade e o material vai sendo lançado no meio de tudo e de todos. Temos que lidar com prazos de validade, defeitos e todo tipo de opiniões, planos, idéias e até invenções, sejam elas gananciosas ou necessárias.
Às vezes a loucura acrescenta mais que a sanidade.
Às vezes o desconfiado acerta mais que o convencido.
Às vezes é no silêncio que se ouve os aplausos e na gritaria se ouve o silêncio.
Aprender a viver e a ser humano é uma arte em que nós, os artistas, borramos telas, desenhamos errado, criamos coisas horrendas, mas também fazemos de um único dia a melhor tela que projetamos para o universo. Basta saber quem realmente somos e que material se esconde na nossa fabricação. Só querer ser melhor não é poder! Precisamos da conexão, do algo mais e da vontade de saber para chegar no caminho que pode ajudar nesta empreitada de ser humano. Pense no tempo que estamos tentando isso...
NAMASTÊ
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