Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Quando estamos frágeis temos a tendência de culpar as pessoas de nossas vidas por colaborar com isso. São os filhos que nos esquecem, os pais que não ligam, os irmãos que nos abandonam, os amigos que não nos entendem, os companheiros que são desligados e por aí vai.
Acontece que a tal fragilidade vem de alguma situação em que estamos, seja no físico, no emocional ou no mental. Acessamos um nível em que naquele momento onde tudo parece despencar, só queremos um colo, um abraço, uma atenção. Só que as pessoas para as quais exigimos o mínimo de carinho, podem estar vibrando outra energia, sem se dar conta que a nossa está lá embaixo.
O pior é que exigimos tanto dos outros, que acabamos entristecendo, magoando e até sugando a energia alheia. Precisamos buscar em nós mesmos as respostas para nos erguer, sem levar todos para o buraco junto conosco. Obviamente, um colo é sempre bom, principalmente vindo dos que amamos. O acolhimento pode acalmar um espírito e fazê-lo enxergar como se libertar da dor. Mas não podemos culpar os que estão vivendo suas vidas, sem saber exatamente o que eles têm por trás de toda couraça.
Quantos já tentaram abraçar e se sentiram mais longe que perto naquele abraço frio e mecânico? E, ao invés de questionar se algo está incomodando, já partem para a cobrança, criando uma roda de pessoas infelizes e desamparadas.
Todos temos dias de sol e chuva. É maravilhoso encontrar um bom guarda-chuva para nos proteger e lembrar que é ele que se molha, enquanto tentamos nos recompor. Então, cuidar para que ele também receba os cuidados necessários é importante. Não usá-lo e simplesmente jogá-lo, mas mimá-lo e fornecer sua gratidão.
Muitos, depois que conseguem se fortalecer, viram as costas para quem esteve ao seu lado, como se o amor tivesse só uma via. Lembremos que o mundo está girando e, se hoje você simplesmente ignora quem te olhou e ajudou, amanhã poderá não encontrar mais no caminho este lindo e amoroso guarda-chuva. Nossa fragilidade precisa ser trabalhada dentro de nós e, se por acaso tiver um bônus de uma boa alma que nos ouça, aconselhe e abrace, tudo será imensamente gratificante. E é esta a hora de saber dar o troco.
NAMASTÊ
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