Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Pode saber que a grama do vizinho não é mais verde. Ela cresce, cria bichos e dá trabalho como a sua. Em compensação ter grama é bom para o contato com a terra, sentir a energia. Então, não desista dela se você percebe que te faz bem.
Às relações são assim. A gente pensa que nossa família é complicada, cheia de brigas e incompreensões, enquanto vemos os outros em sorrisos e fotos nas redes sempre felizes. Puro engano! Todos temos que lidar com problemas, com loucuras e banalidades.
Em poucos dias, andando pela rua ouvi um vizinho aos berros em pleno sábado de manhã, xingando a esposa que pelo visto não fazia sua parte como dona de casa e só dormia. Cheguei a ficar com medo da situação. Noutro, estava com minha mãe conversando no quarto dela, num lindo domingo, quando ouvimos berros na rua. Fomos à sacada e lá estava um casal discutindo. Ela estava com um bebê no carrinho e a coisa tomou uma proporção tal, que ele bateu nela. Vários pedreiros saíram para pegar o valentão, mas o fato se acalmou.
Hoje eu ouvi gritos ao passar diante de uma casa. Parecia a mãe gritando com o filho mais velho, dizendo: " ela é sua irmã"! Ele retrucava. Mais à frente, um homem agarrado à janela de um carro discutia com a mulher ao volante. Comecei a pensar na vida, nas pessoas e no quanto todos estão por um fio. E o que seria importante transformarmos na vida já tão cheia de brigas e desgastada nas relações.
Quantas residências podem se considerar tranquilas, sem discussões e violência? Acho que nenhuma, visto que conviver é uma grande missão na Terra para trabalhar amor, compreensão, caridade, colaboração e respeito. E, tirando hormônios malucos, quem são os que realmente respiram, pensam e se livram de situações conflitantes com sapiência? Quem pode dizer que têm paciência suficiente para deixar ir sem dar o troco e mesmo assim ser feliz sem engolir sapos?
Posso dizer que quando a gente vive mais solitariamente, gritos e brigas parecem afetar em maior escala. O silêncio do cotidiano é um alento e acostumamos com ele. Estar no barulho desorganizado e energeticamente poluído nos faz sair de fininho, pois algumas situações já não cabem mais no livro de nossas vidas. É uma pena os desligamentos, mas inevitável algumas brigas e adeus. Talvez sirvam para desatarmos as amarras que não nos deixam fluir, buscar o novo e aprender mais sobre a vida.
Quem disse que ter opinião, discordar, tentar ensinar seria fácil? Sempre há um outro que questiona, não obedece, é irresponsável ou apenas ignora. Para isso não tem graduação, só a Escola da vida. E nesta todos entram, alguns aprendem e poucos são aprovados. Mas as provas são diferentes e as respostas desafiam nossa criatividade e bom senso. Mesmo assim, nas relações onde o amor liga corações, há a esperança e beleza, quando aprendemos a perdoar.
NAMASTÊ
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