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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

sexta-feira, 28 de abril de 2023

O VAZIO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



O vazio acontece quando nada mais faz sentido.
O vazio toma conta quando a decepção se supera.
O vazio abastece a alma e não tem mais espaço para o sorriso.
O vazio parece nos encher de algo que não se espera.

É um sentimento amargo e nada reativo.
Nos sentimos apagados, sem brilho e vontade.
O vazio é cheio do nada, do caos e de lamentos.
Só queremos morrer e nos livrar dos momentos.

Passamos a vida tentando fazer o que acreditamos ser bom.
E no final, nada é aquilo que pensamos.
Não temos controle sobre o futuro,
Nos enganamos quanto às pessoas, os amigos e à família.

Vamos enchendo o vazio de falsas esperanças,
E percebendo o tamanho dos sentimentos.
Mais um dia a panela explode
E o vazio se torna um vilão imenso dentro de nós.

Daí não sobra nada...
Nem amor,
Nem tesão,
Nem paciência,
Nem vida...

E torcemos para que a morte encontre o vazio e nos preencha dela.

NAMASTÊ 

quinta-feira, 27 de abril de 2023

VALORES, BONDADE OU CARÊNCIA?

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)


Esta noite tive um sonho estranho, daqueles que duram praticamente a noite toda, como se estivessem me dizendo para escrever o que vou escrever agora. Sei que isto vai afetar imensamente muitas pessoas, mas me sinto como que empurrada a fazer isto.

De uns tempos para cá surgiram várias correntes de proteção animal e não discordo disso. Acho mesmo que os animaizinhos devem ser cuidados. Mas, no meu sonho, me diziam que está havendo uma confusão quanto à esta manifestação sobre a vida destes seres. Eles são seres da natureza. Nós os transformamos em caseiros, mas não são. Se pudessem, sairiam correndo para as ruas e desvendariam os mistérios que os cercam.  Isso tudo vai além de cuidar. Tem a ver com o psicológico das pessoas que, de repente, se voltaram aos animais como forma de sua própria carência. 

Bichos são bichos, pessoas são pessoas. O nível de progresso é visível. Mas as pessoas os transformaram nos bichinhos de pelúcia, para dormir com eles e mimá-los de toda forma. Obviamente, estes pets estão cada vez mais acostumados com o bem estar e os mimos. Soltá-los nas ruas seria como jogar pessoas no meio da mata. Precisariam reaprender a conviver com o mundo. Quem, afinal, não se adapta ao melhor? Já estudamos isso nos testes com ratos de laboratório buscando mais facilmente sua comida.

O problema não está em cuidar de seu bichinho, mas em ver pessoas os transformando em filhos, vestindo, comprando jóias e até levando em restaurantes para comer em cima da mesa, como eu mesma já vi um dia. Enquanto isso, crianças por todo o mundo morrem de fome, de frio e são usadas sexualmente. E muitos, não estão nada preocupados com estas almas, porque os bichos não fazem mais do que atender as necessidades psicológicas destas pessoas. Vejo postagens dizendo que os animais não traem. Será mesmo? Tudo é uma questão de como tratá-los. Estamos virando empregados de bichos, literalmente. Temos que limpar as fezes, a urina, dar banho, comida que eles muitas vezes cheiram e não querem comer e ainda permitir que compartilhem conosco sofás, camas e passeios. Na verdade, a vida deles seria buscar seu abrigo e comida na natureza.

Quão limpo realmente é um animal para que ele se deite em nosso travesseiro? Ele vive cheirando e mexendo em lixo e ainda não limpa o bumbum. E tem pessoas que preferem mil vezes a companhia de um bicho do que de uma criança. Sabem qual a verdadeira razão para isso? Carência afetiva enrustida em falsa bondade. Quanta gente solitária e cheia de raiva ou mágoas acaba pegando um animal para criar porque eles fazem exatamente o que queremos que façam. Não discutem e acabam virando ovelhinhas de presépio. 

Animais foram criados por Deus para correr na mata, na natureza. Já repararam que estão fazendo novas raças de cães em laboratório? Que aqueles que existiam quando éramos crianças, não existem mais? Estão usando o capitalismo para vender cães às pessoas carentes, cheias de amor para dar, mas que não estão recebendo como gostariam. Eles custam caro. E isso se estende aos gatos e até alguns animais exóticos. Se os bichinhos pudessem falar, talvez eles também pedissem socorro. Obviamente já estão acostumados com a caridade das pessoas que colocam mais facilmente sua comida e água nas ruas.

O que me deixa perplexa e que me lembrei agora no sonho, é que muitos tocam da frente de seus comércios e casas pessoas carentes e pobres, pedindo comida. Acham aquilo nojento e incômodo. Mas se um cão vem com seu rabo entre as pernas, eles imediatamente vão buscar algo para comer, tiram foto e postam nas redes sociais o quanto são bons e o quanto faminto estava aquele bicho. Percebem os valores? Sem querer entrar no mérito daqueles que não gostam de nada, nem de ninguém e só prejudicam os que estão em seus caminhos, podemos dizer que mudanças são benvindas quando se fala em evoluir. Mas quem acha que tratar um pet como se fosse um filho e chutar uma criança no sinaleiro com fome é evolução, está precisando rever valores.

Enfim, sem querer me estender mais sobre o assunto, tratar um bichinho com amor é uma lição de vida em evolução. Querer que eles tomem o lugar de um ser humano é sinal de um psicológico afetado por medo de relações reais precisando controlar tudo, achando que sua frustração estará camuflada na bondade. Isto certamente vai causar uma grande discussão, mas estou em paz, pois fiz exatamente o que o sonho me pediu que fizesse.

Só mais uma coisinha: não precisamos deixar de amar os animais. Eu os amo, respeito e não gosto de vê-los sofrer. Mas não os façamos de bibelôs para preencher vidas frustradas. E mais do que isso, comecemos a ver humanos como seres que precisam de ajuda para sua evolução. Devemos dar alguma chance a eles. 



Dei o recado!


NAMASTÊ

quarta-feira, 19 de abril de 2023

ANIME SEU ACORDAR!

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



 Acorde!

Não abra só os olhos.

Sinta o coração,  pense nele.
Espreguice!
Levante os braços, estique as pernas.
Pise firme!
Agradeça aos pés e, se estiver acamado, só mexa os dedinhos.
Respire!
Profundamente, lentamente, acariciando seu peito e pulmões.
Aproveite e peça energia para todos os seus órgãos. Se tiver alguma dor, se conecte com a energia divina.
Beba seu café!
Não mecanicamente, mas percebendo o trânsito do alimento. Seja grato por tê-lo!
Vista sua vida com os sentimentos que forem necessários para ser feliz!
Acordar é dar cor à vida!
Então não a torne escura, pinte com diversas tonalidades.
Floresça!
Crie raízes com a terra, deixe que de suas mãos saiam galhos e seja a árvore mais bonita que puder imaginar. Puxe essa força telúrica!
Agora vá, preparado, cheio de amor, de vontade e com bons pensamentos fazer aquilo que veio fazer: viver!

NAMASTÊ 

terça-feira, 18 de abril de 2023

O MUNDO E SEUS CONFLITOS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Pode saber que a grama do vizinho não é mais verde. Ela cresce, cria bichos e dá trabalho como a sua. Em compensação ter grama é bom para o contato com a terra, sentir a energia. Então, não desista dela se você percebe que te faz bem.

Às relações são assim. A gente pensa que nossa família é complicada, cheia de brigas e incompreensões, enquanto vemos os outros em sorrisos e fotos nas redes sempre felizes. Puro engano! Todos temos que lidar com problemas, com loucuras e banalidades.

Em poucos dias, andando pela rua ouvi um vizinho aos berros em pleno sábado de manhã, xingando a esposa que pelo visto não fazia sua parte como dona de casa e só dormia. Cheguei a ficar com medo da situação.  Noutro, estava com minha mãe conversando no quarto dela, num lindo domingo, quando ouvimos berros na rua. Fomos à sacada e lá estava um casal discutindo. Ela estava com um bebê no carrinho e a coisa tomou uma proporção tal, que ele bateu nela. Vários pedreiros saíram para pegar o valentão, mas o fato se acalmou.

Hoje eu ouvi gritos ao passar diante de uma casa. Parecia a mãe gritando com o filho mais velho, dizendo: " ela é sua irmã"! Ele retrucava. Mais à frente, um homem agarrado à janela de um carro discutia com a mulher ao volante. Comecei a pensar na vida, nas pessoas e no quanto todos estão por um fio. E o que seria importante transformarmos na vida já tão cheia de brigas e desgastada nas relações.

Quantas residências podem se considerar tranquilas, sem discussões e violência? Acho que nenhuma, visto que conviver é uma grande missão na Terra para trabalhar amor, compreensão, caridade, colaboração e respeito. E, tirando hormônios malucos, quem são os que realmente respiram, pensam e se livram de situações conflitantes com sapiência? Quem pode dizer que têm paciência suficiente para deixar ir sem dar o troco e mesmo assim ser feliz sem engolir sapos?

Posso dizer que quando a gente vive mais solitariamente, gritos e brigas parecem afetar em maior escala. O silêncio do cotidiano é um alento e acostumamos com ele. Estar no barulho desorganizado e energeticamente poluído nos faz sair de fininho, pois algumas situações já não cabem mais no livro de nossas vidas. É uma pena os desligamentos, mas inevitável algumas brigas e adeus. Talvez sirvam para desatarmos as amarras que não nos deixam fluir, buscar o novo e aprender mais sobre a vida.

Quem disse que ter opinião, discordar, tentar ensinar seria fácil? Sempre há um outro que questiona, não obedece, é irresponsável ou apenas ignora. Para isso não tem graduação, só a Escola da vida. E nesta todos entram, alguns aprendem e poucos são aprovados. Mas as provas são diferentes e as respostas desafiam nossa criatividade e bom senso. Mesmo assim, nas relações onde o amor liga corações, há a esperança e beleza, quando aprendemos a perdoar.

NAMASTÊ 

sábado, 15 de abril de 2023

O FRÁGIL E O GUARDA-CHUVA

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Quando estamos frágeis temos a tendência de culpar as pessoas de nossas vidas por colaborar com isso. São os filhos que nos esquecem, os pais que não ligam, os irmãos que nos abandonam, os amigos que não nos entendem, os companheiros que são desligados e por aí vai.

Acontece que a tal fragilidade vem de alguma situação em que estamos, seja no físico, no emocional ou no mental. Acessamos um nível em que naquele momento onde tudo parece despencar, só queremos um colo, um abraço, uma atenção. Só que as pessoas para as quais exigimos o mínimo de carinho, podem estar vibrando outra energia, sem se dar conta que a nossa está lá embaixo.

O pior é que exigimos tanto dos outros, que acabamos entristecendo, magoando e até sugando a energia alheia. Precisamos buscar em nós mesmos as respostas para nos erguer, sem levar todos para o buraco junto conosco. Obviamente, um colo é sempre bom, principalmente vindo dos que amamos. O acolhimento pode acalmar um espírito e fazê-lo enxergar como se libertar da dor. Mas não podemos culpar os que estão vivendo suas vidas, sem saber exatamente o que eles têm por trás de toda couraça.

Quantos já tentaram abraçar e se sentiram mais longe que perto naquele abraço frio e mecânico? E, ao invés de questionar se algo está incomodando, já partem para a cobrança, criando uma roda de pessoas infelizes e desamparadas.

Todos temos dias de sol e chuva. É maravilhoso encontrar um bom guarda-chuva para nos proteger e lembrar que é ele que se molha, enquanto tentamos nos recompor. Então, cuidar para que ele também receba os cuidados necessários é importante. Não usá-lo e simplesmente jogá-lo, mas mimá-lo e fornecer sua gratidão.

Muitos, depois que conseguem se fortalecer, viram as costas para quem esteve ao seu lado, como se o amor tivesse só uma via. Lembremos que o mundo está girando e, se hoje você simplesmente ignora quem te olhou e ajudou, amanhã poderá não encontrar mais no caminho este lindo e amoroso guarda-chuva. Nossa fragilidade precisa ser trabalhada dentro de nós e, se por acaso tiver um bônus de uma boa alma que nos ouça, aconselhe e abrace, tudo será imensamente gratificante. E é esta a hora de saber dar o troco.

NAMASTÊ 

 

sexta-feira, 14 de abril de 2023

SER HUMANO: O QUE É?

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Às vezes a gente grita, se descontrola e age de maneira inadequada.
Às vezes a gente surta, responde áspero e fala coisas que machucam.
Às vezes batemos o pé, a porta e a cabeça, saindo literalmente do bom senso.
Às vezes o dia escurece bem na hora da festa, fazendo todos correr e se molhar.
Às vezes a intenção era boa, mas não enxergamos os detalhes nos presentes, nas atitudes e nem nos olhares.

Somos sim e não, somos bem e mal. Somos máquinas que se ferem e que machucam. Temos capacidade de gargalhar e chorar, de entender e aceitar ou de contrariar e nos ofender. Isso é ser humano, ainda sem perfeição, longe da decência, da verdade e lealdade.

Os melhores talvez estejam andarilhando e descobrindo o mundo através da humildade, da necessidade e das novas companhias. Tudo que vem e vai rápido deixa algo forte, pode ser para o bem ou para o mal. E isso fortalece.

Dizer que está tudo bem ter desordens e desequilíbrios parece ser frase de quem não pensa em melhorar ou evoluir. Fica fácil cometer erros, porém é mais difícil olhar para dentro de nós e lidarmos com a consciência.  Essa não nos liberta e está sempre cutucando-nos com espinhos envenenados. Já dizia o ditado: " por fora bela viola, por dentro pão bolorento".

Podemos enganar todo mundo, menos nós. E, pra quem acha que é pouco, experimente lidar com as doenças que vão aparecendo no físico, devido a culpa e outros sentimentos.
A questão é que ser humano é uma tarefa difícil se o conceito de humano for perfeição. E qual seria o real significado da palavra? Qual é nossa natureza? Buscamos fazer algo produtivo durante a vida ou simplesmente alguns se propõe a destruir. Não há controle de qualidade e o material vai sendo lançado no meio de tudo e de todos. Temos que lidar com prazos de validade, defeitos e todo tipo de opiniões, planos, idéias e até invenções, sejam elas gananciosas ou necessárias.

Às vezes a loucura acrescenta mais que a sanidade.
Às vezes o desconfiado acerta mais que o convencido.
Às vezes é no silêncio que se ouve os aplausos e na gritaria se ouve o silêncio.

Aprender a viver e a ser humano é uma arte em que nós, os artistas, borramos telas, desenhamos errado, criamos coisas horrendas, mas também fazemos de um único dia a melhor tela que projetamos para o universo. Basta saber quem realmente somos e que material se esconde na nossa fabricação. Só querer ser melhor não é poder! Precisamos da conexão, do algo mais e da vontade de saber para chegar no caminho que pode ajudar nesta empreitada de ser humano. Pense no tempo que estamos tentando isso...


NAMASTÊ 

quinta-feira, 13 de abril de 2023

ESCOLHA COMO VIVER

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



Essas manhãs de outono, onde o friozinho da manhã se une a um céu azul é mais do que inspirador. Meu sabiá (já tomei conta dele) me chama em cima do muro, gritando pelo seu pedaço de mamão. Não posso atrasar. É a delícia de sorver um café quentinho lentamente, que me faz realmente acordar, tanto o físico, quanto o espírito.

Precisamos acreditar num dia feliz e fazer dele recompensa para a jornada. Existem energias de todos os tipos nos circulando, mas temos que escolher quais delas vamos dar poder e importância. E assim, criarmos uma capa protetora contra os sentimentos que não acrescentam mais do que o desequilíbrio dos corpos.

Iniciar o dia olhando a vida ao redor, a natureza, seus bichinhos, as pessoas que moram com você com satisfação,  alegria e bom humor, já é meio caminho andado. Mesmo tendo alguns pesos a serem trabalhados ou descartados, por conta de como serão resolvidos, devemos lembrar que estes são parte da vida de todos e que nos fazem mais fortes e até sábios.

Sonhadora ou positivista demais, não me interessa mudar. É assim que consigo levantar e ser feliz naquele dia. Sei que o mundo é maravilhoso e as pessoas estão por ele como peças numa loja, com etiquetas. Precisamos observar se valem a pena estarem nas nossas vidas.

Nestas etiquetas lemos tantas observações, mas às vezes, pela beleza ou estilo, acabamos "comprando" a idéia errada e nos envolvemos com falsas mercadorias. Faz parte da vida, talvez para ficarmos mais atentos. Deixamos para trás o mais simples ou o não tão visível, que seria de mais amorosidade para nossas vidas.

Enquanto escrevo, vejo minha xícara de café terminar e o sol brilhando nas janelas. Quem, em sã consciência, descarta um dia assim para sentir rancor, raiva e não estimular sua própria alma a arregaçar as mangas e buscar o que realmente importa para sua vida? Mesmo que isso não seja exatamente o seu sonho ou sua vontade, o simples fato de ser feliz e grato nos dá a força e energia para chegar num lugar de paz e liberdade, dentro de nós.

NAMASTÊ 

sexta-feira, 7 de abril de 2023

O LIVRO DA VIDA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)



A vida é cheia de fases e capítulos. Infelizmente, quando um dos capítulos é emocionante, inspirador e nos faz bem, além de muito felizes, ele cedo ou tarde, acaba. E com esta página, muitos sentimentos florescem ou morrem. Temos que lidar com toda essa gama de inconsistências novas que vão afetando nossos corações.

Nos sentimos perdidos e meio sem rumo. E vamos dando um jeito de seguir em frente, num novo capítulo, seja ele fortuito ou enfadonho. Normalmente, se estávamos cheios de energia e agraciados com tudo, o que vem na transformação é uma queda e até nos acostumarmos com a nova fase, as transformações inevitáveis acontecem.

Somos saculejados, precisamos rever valores e conceitos, erramos por desespero ou acertamos na decisão de desviar de um caminho e renovar esperanças. Tudo isso é cansativo e frustrante, pois achamos que nosso livro acabaria na parte mais emocionante. Mas não, ele segue com toda bagagem que ainda precisamos fazer caber na mala. Dependendo do que somos, aceitamos, corrigimos e aprendemos, podemos tornar essa mala extremamente pesada e arrastar na consciência o que poderia ter sido salvo pelo coração.

Pequenos erros para nós, podem desencadear acontecimentos irreparáveis em nossas vidas, retirando de cena pessoas que consideramos importantes. Lembrando que somos julgados por um único gesto e não por tudo de bom que já realizamos. A balança não é utilizada na vida real. Nesta hora, um capítulo se fecha. Precisamos respirar e torcer pelo novo, criando um bom título para ser vivido.

Há muito para entender sobre pessoas e o que elas fazem. Mas não tem como reparar o que não temos controle, nem permissão. Afinal, cada um é o que é, agindo conforme precisa para se sentir importante na vida. Uns são mais compreensivos, outros mais orgulhosos, uns mais sofridos, outros arrogantes. Encontramos diversidade nos capítulos que escrevemos. Tudo nos faz crescer ou simplesmente agir com destruição.

Ninguém está longe de sofrer, seja por amor, por doenças e até por ignorância. O que difere uns dos outros é a consciência, a análise e as boas decisões. Estas últimas não precisam ser necessariamente boas para todos. Mas, para que nós,  donos de nossas vidas, acreditemos em mais capítulos significativos, precisamos de alguma forma colaborar para que o mundo ao nosso redor floresça e nos ceda um pouco mais da beleza de viver sem tanta agonia, medo e ressentimentos. Vale a pena tentar desenhar no novo capítulo uma imagem melhor, que inclua sorrisos e abraços. 


NAMASTÊ 

quarta-feira, 5 de abril de 2023

O MECANISMO DA FÉ

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)




Estamos constantemente sendo testados na nossa fé. Essa força que vem de algum lugar dentro ou fora de nós e que nos ajuda a superar crises e momentos de desespero. Ela revitaliza e supre. Tem o poder de nos levantar e fazer seguir adiante.

Mas precisamos estar atentos e observar tudo ao nosso redor, pois cada vez mais estão aparecendo pessoas que, sem prova alguma, se dizem donas da verdade, profetizando e colocando dúvidas em corações já balançados quanto às verdades interiores. A facilidade em manipular pessoas neste mundo onde há muito poder de um lado e total descaso com o povo de outro, está cada vez mais fácil. E as pessoas estão tão desesperadas para encontrar respostas, que se esquecem de quem são, entregando suas vidas para os retóricos.

Podemos ouvir, mas precisamos nos conectar com nosso Eu Interior e sentir se tudo aquilo faz sentido para nós. E somos preparados para discernir o bem do mal, através da intuição e de algo que simplesmente sabemos que está nos incomodando. Talvez a fé venha desse mecanismo que, se bem observado, possa nos salvar e curar. Mas, como tudo no mundo, quanto mais treino, mais entendimento.

Julgar as atitudes alheias é tão fácil quanto nos alimentar. Mas, quem lembra de perguntar por quê aquela pessoa age dessa forma ou o que ela já passou para ser assim? Talvez essa pessoa tenha mais fé que nós ou ainda, ela perceba o mundo de uma forma que ainda não chegamos no progresso espiritual. A questão é que a fé não está atrelada ao poder. Este poder de exigir que os outros sejam o que queremos, ou que acreditem no que acreditamos não vem da força do amor, mas da necessidade de ser elogiado, visto e exaltado. Resumindo, são pessoas com baixa auto estima e carentes. Ensinar e mostrar o novo é uma coisa. Mas fazer com que andem no mesmo caminho é exigir que a vida do outro seja como a nossa. E isso é poder sobre o que não deveríamos ter.

Cada um é responsável por seus atos e vidas. E entende essa vida, conforme o que sente dentro de si, buscando apoio e compreensão, a fim de achar que está fluindo. Uns acertam, outros ainda precisam maturidade para alcançar seu despertar e evolução. 
Então, façamos uma pergunta, antes de julgar: - o que você tem no coração? Quem ouvir esta pergunta pode começar a pensar sobre isso e se descobrir.

Agora, voltando ao assunto da fé, parece que uns conseguem realmente mover montanhas. E seria interessante entender tal energia que nos afasta do mal, nos mostra outros caminhos e nos fortalece a continuar. E que essa mesma energia só precisa de uma coisa para existir: nós mesmos e mais ninguém. Por isso, ouvir, estudar, ler e tudo mais deve ser apreciado, mas agir é uma questão de acreditarmos em nós mesmos e exercer nossa força criando movimento em nossas vidas. A tartaruga pode chegar antes da lebre, não esqueça!

NAMASTÊ