Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Estive definhando energeticamente nos últimos dias. Estava cheia de pensamentos ruins e sem vontade de resgatar minha força interior ou minha vida. Sei que falar que estamos desequilibrados pode tanto causar satisfação, quanto preocupação nas pessoas, dependendo do coração delas. Mas vou me arriscar, pois ao meditar, senti que era isso que devia escrever hoje para ajudar semelhantes.
Percebi que minha baixa energia estava em sentimentos que eu não estava preparada para receber, vindo justamente das pessoas mais próximas, a quem estimamos, confiamos e amamos. Tentei analisar tudo com frieza, mais fermentava minha ira pelo mundo incompreensível e egoísta. Então, como auto proteção, resolvi me fechar na concha que chamo de raiva da vida. Afastei de mim qualquer forma de ajuda interior, desacreditada no amor, na religião e minhas meditações.
As pessoas estão alheias ao nosso dia a dia e, quando somos retalhados por qualquer motivo, seja uma resposta áspera, mentiras, desfeitas ou incompreensões de todo tipo, imediatamente nos sentimos invadidos pela máscara do mendigo. Aquele que na solidão, apenas pensa por que não somos amados como gostaríamos e por que vivemos mendigando o amor das pessoas. Este arquétipo é faminto, mas acaba sem ter nada para oferecer em tal momento. Nos recolhemos como flagelados, sem querer intromissão de ninguém. Apenas precisamos respirar e, quem sabe, reencontrar o caminho.
Se não nos agarramos em algo, mesmo sendo difícil, podemos sucumbir. A energia despenca e abrimos a guarda para seres lânguidos que invadem nossa aura e excitam nossos pensamentos.
Eu fiz um enorme esforço, apesar de ter dentro de mim algo que me puxava para outro lado. A sensação de clausura ajuda muito no processo da loucura interior. Por isso, precisamos de um socorro, mas também de nos propormos a ser socorridos. No meu caso, foi a novena que sigo. Ela realmente me libertou. Coloquei no meu coração que não sou assim, que amo a maior força do universo e que deveria voltar.
Obviamente, ainda sinto que não sou a pessoa amada e admirada por todos. E não posso fazer nada quanto a isso. O que posso fazer é melhorar a mim mesma, a fim de encontrar amor, paz e carinho onde quer que eu vá. Infelizmente, aprendi que nem todos sabem externar amor como nós. Alguns precisam buscar este conhecimento da vida e parar de culpar os outros por não se esforçarem na própria construçao de alma.
Entendo que cada ser tem seus medos e dúvidas sobre suas vidas e sentimentos. E todos nós, uma hora ou outra, seremos contrariados e até humilhados. O que irá diferenciar como agir perante isso será nosso preparo interior. Por isso, mesmo na raiva, continuar se esforçando para ficar na luz é essencial para a saúde física, mental e espiritual.
Talvez eu passe por este mundo despercebida sobre o que tenho a oferecer. Mas se eu continuar, meu papel estarei fazendo. É óbvio que somos movidos por incentivos do tipo elogios, comentários construtivos e carinho. Mas podemos apenas ser exemplos de humildade e deixar que Deus nos coloque em seus braços e aconchegue nosso tão difícil ego.
Que você tenha paz e se inspire no que eu te contei.
NAMASTÊ
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