Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Passamos toda uma vida nos escondendo de nossos próprios e verdadeiros sentimentos. Isso significa que não somos quem realmente parecemos ser. Que muitas vezes, nossos pensamentos não combinam com o que apresentamos aos outros. É tão simples quanto responder automaticamente o famoso "tudo bem", quando na verdade estamos aos pedaços.
Quantos de nós não choram porque querem parecer fortes o suficiente? Quantos passam a vida aguentando desaforos de cônjuges, filhos, pais, porque querem se mostrar firmes, não causar incômodos ou não parecerem chatos e frustrados? Porque pessoas que vivem reclamando, que externam suas tristezas acabam sendo afastadas, pura e simplesmente porque o ser humano é egoísta. Não quer "estragar" seu dia com pessoas com problemas.
É um calmante para a alma encontrar pessoas predispostas não só a repartir risos e diversões conosco, mas também ouvir-nos e acalentar-nos com sua bondade e paciência. Às vezes, encontramos tais pessoas em nosso caminho. Deus as manda para suavizar o fardo. Infelizmente, elas não são as pessoas que mais gostaríamos que estivessem ao nosso lado para nos aconchegar e entender. E assim, vamos nos escondendo cada vez mais em nosso silêncio e dor.
Para termos uma vida imaginária, porém não real, vamos sorrindo quando na verdade estamos com nós na garganta, vamos respondendo com certa sintonia, quando na verdade queremos mesmo é escancarar a dor e vamos fingindo gostar do que se vê e ouve, quando na verdade temos vontade de gritar, esmurrar e até xingar algumas pessoas. Tudo para manter-nos nos padrões de pessoas equilibradas e sadias.
Quando alguns perdem de vez seu controle, acabam trancafiados e anestesiados com drogas, para silenciarem e se comportarem. E mais uma vez guardaremos dentro de nós tudo que desde nossa infância fomos recolhendo. Lixos ouvidos, atitudes inesperadas, traições de pessoas próximas e queridas, abusos contra nosso corpo, espírito e alma. Tudo vai sendo guardado, acondicionado em lugares secretos que só nós sabemos e sofremos pela vida.
Em algumas ocasiões, quando pensamos em abrir nossas gavetas e contar o que nos incomoda, não falamos para quem deveria ouvir. E se falamos, se nos abrimos, somos interrompidos com desculpas ou com deboches, falando que somos infantis ou bobos. Que estamos imaginando coisas. Por que será que as pessoas fazem questão de não ouvir o que há por trás de nossas palavras, de nossas atitudes e da nossa solidão?
A resposta está novamente no egoísmo, pois não querem se incomodar com "mais um problema". E assim, vamos concluindo que é melhor o silêncio e fingirmos que a vida é maravilhosa. Que tudo está onde deveria estar, que todos são amigos, que todos se importam e que podemos dar risadas vez ou outra para despistar o verdadeiro sentimento que temos embaixo da nossa carne. Para vivermos bem, temos que concordar e bancar os bonecos vai e vem - aqueles que vivem com a cara risonha, mesmo levando pancadas.
Mas a questão é que levamos para o túmulo nossas verdades, nosso eu mais profundo e real. Porque a vida é feita de momentos e temos que agir de acordo com tal. Se estamos bem, felizes, seremos boas companhias, nos aceitarão, nos convidam para estarmos juntos. Se estamos infelizes, quase ninguém se achegará, poucos terão paciência e mesmo estes, aos poucos irão se afastar. Este texto parece maldade, parece vir de alguém cheio de rancor. Mas não se enganem! Todos somos assim, ora buscando ambientes e pessoas alegres, ora nos recolhendo para tentar consertar em nós os estragos vindos da sociedade.
E assim, jamais poderemos dizer que conhecíamos bem aquela pessoa depois que ela se for. Porque nunca saberemos tudo dela. O que podemos apenas imaginar é que ela sofreu calada e que talvez nós, fomos a causa deste sofrimento em algum momento. E o mais sábio seria pedir perdão pelo que causamos aos outros, mesmo porque precisaremos um dia, também desse perdão.
NAMASTÊ
Passamos toda uma vida nos escondendo de nossos próprios e verdadeiros sentimentos. Isso significa que não somos quem realmente parecemos ser. Que muitas vezes, nossos pensamentos não combinam com o que apresentamos aos outros. É tão simples quanto responder automaticamente o famoso "tudo bem", quando na verdade estamos aos pedaços.
Quantos de nós não choram porque querem parecer fortes o suficiente? Quantos passam a vida aguentando desaforos de cônjuges, filhos, pais, porque querem se mostrar firmes, não causar incômodos ou não parecerem chatos e frustrados? Porque pessoas que vivem reclamando, que externam suas tristezas acabam sendo afastadas, pura e simplesmente porque o ser humano é egoísta. Não quer "estragar" seu dia com pessoas com problemas.
É um calmante para a alma encontrar pessoas predispostas não só a repartir risos e diversões conosco, mas também ouvir-nos e acalentar-nos com sua bondade e paciência. Às vezes, encontramos tais pessoas em nosso caminho. Deus as manda para suavizar o fardo. Infelizmente, elas não são as pessoas que mais gostaríamos que estivessem ao nosso lado para nos aconchegar e entender. E assim, vamos nos escondendo cada vez mais em nosso silêncio e dor.
Para termos uma vida imaginária, porém não real, vamos sorrindo quando na verdade estamos com nós na garganta, vamos respondendo com certa sintonia, quando na verdade queremos mesmo é escancarar a dor e vamos fingindo gostar do que se vê e ouve, quando na verdade temos vontade de gritar, esmurrar e até xingar algumas pessoas. Tudo para manter-nos nos padrões de pessoas equilibradas e sadias.
Quando alguns perdem de vez seu controle, acabam trancafiados e anestesiados com drogas, para silenciarem e se comportarem. E mais uma vez guardaremos dentro de nós tudo que desde nossa infância fomos recolhendo. Lixos ouvidos, atitudes inesperadas, traições de pessoas próximas e queridas, abusos contra nosso corpo, espírito e alma. Tudo vai sendo guardado, acondicionado em lugares secretos que só nós sabemos e sofremos pela vida.
Em algumas ocasiões, quando pensamos em abrir nossas gavetas e contar o que nos incomoda, não falamos para quem deveria ouvir. E se falamos, se nos abrimos, somos interrompidos com desculpas ou com deboches, falando que somos infantis ou bobos. Que estamos imaginando coisas. Por que será que as pessoas fazem questão de não ouvir o que há por trás de nossas palavras, de nossas atitudes e da nossa solidão?
A resposta está novamente no egoísmo, pois não querem se incomodar com "mais um problema". E assim, vamos concluindo que é melhor o silêncio e fingirmos que a vida é maravilhosa. Que tudo está onde deveria estar, que todos são amigos, que todos se importam e que podemos dar risadas vez ou outra para despistar o verdadeiro sentimento que temos embaixo da nossa carne. Para vivermos bem, temos que concordar e bancar os bonecos vai e vem - aqueles que vivem com a cara risonha, mesmo levando pancadas.
Mas a questão é que levamos para o túmulo nossas verdades, nosso eu mais profundo e real. Porque a vida é feita de momentos e temos que agir de acordo com tal. Se estamos bem, felizes, seremos boas companhias, nos aceitarão, nos convidam para estarmos juntos. Se estamos infelizes, quase ninguém se achegará, poucos terão paciência e mesmo estes, aos poucos irão se afastar. Este texto parece maldade, parece vir de alguém cheio de rancor. Mas não se enganem! Todos somos assim, ora buscando ambientes e pessoas alegres, ora nos recolhendo para tentar consertar em nós os estragos vindos da sociedade.
E assim, jamais poderemos dizer que conhecíamos bem aquela pessoa depois que ela se for. Porque nunca saberemos tudo dela. O que podemos apenas imaginar é que ela sofreu calada e que talvez nós, fomos a causa deste sofrimento em algum momento. E o mais sábio seria pedir perdão pelo que causamos aos outros, mesmo porque precisaremos um dia, também desse perdão.
NAMASTÊ
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