Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Muitas vezes ouvi das pessoas que sou uma pessoa difícil e me pergunto o tempo todo o por que disso. Se olhar para meu passado, posso lembrar de uma jovem que sabia bem o que queria e que tinha muita opinião. Talvez as pessoas te julguem difícil pura e simplesmente por causa disso. E porque elas não conseguem te manipular. Não significa que não enxergue as coisas, apenas que as olha de um prisma diferente.
Sempre segui meus instintos e coração e, se for considerar que não me adapto a certos grupos que vivem em festas, bebendo, se drogando, realmente sou difícil. Minha "praia" é outra e ainda não encontrei o grupo certo de pessoas que possa me sentir amada e aceita. Deixei de ser a adolescente e jovem que gritava pela minha opinião. Agora me calo e me recolho. Prefiro mil vezes o silêncio e a paz, do que a voz dos outros afetando meu emocional com seu furor e opiniões que só a elas tem sentido.
Depois de anos e anos de meditação e por que não dizer de uma vida solitária, comecei a entender a importância da paz de espírito. É óbvio que, por viver num mundo tão sugestionável pela mídia e pela arrogância das pessoas ao nosso redor, achando que sempre estão certas, ora ou outra acabamos no desequilíbrio. Para isso, aprendi a me recolher, a respirar e a novamente buscar maneiras de fazer com que meu corpo não somatize minhas decepções, tristezas e dores. E me afasto, me silencio.
Sempre fui alguém que ama ajudar, talvez por isso minha profissão de terapeuta holística. Gosto de estudar e entender a maneira com que algumas pessoas caem em suas próprias redes, talvez porque eu mesma já vivenciei isso. E ficam se debatendo, sofrendo cada vez mais, causando a si mesmas transtornos e mágoas. Ou alguém as ajuda ou acabam sendo suas próprias vítimas.
Às vezes gostaria de me sentar e ver meu próprio filme para auto analisar-me. Posso estar errada em minhas convicções, mas prefiro continuar pensando que Deus está no meu comando e mais nenhuma pessoa. Afastar-se das pessoas não quer dizer que deixou de amá-las, mas que está cansada de ser decepcionada por palavras, atitudes e nãos. Amo sentar e conversar com alguém, mas não gosto de círculos onde o assunto acabe pela confusão de palavras e opiniões. Gosto de ouvir e ser ouvida. E de pensar naquilo que está sendo exposto, conversado.
Dizem que o ser humano precisa viver em sociedade, se relacionar. Acredito que precisamos estreitar isso para "se relacionar com alguém sadio e que esteja interligado a você da mesma forma". Já me decepcionei muito com pessoas que considerava amigas. Muitas vezes tive necessidade de tê-las ao meu lado, precisava conversar, queria companhia e o que recebi foram respostas do tipo "agora não posso" ou outra desculpa qualquer. Se fosse uma ou outra vez, até entendemos que todos tem seus momentos e ocupações. Mas quando vê que a desculpa é para você, mas para outros há tempo e disposição, começa a entender que você não é importante para esta pessoa. Para ser sincera, já chorei muito por ser excluída, mas agora me fortaleci em meu próprio entendimento e decidi que para não me decepcionar mais com tais pessoas, resolvi me afastar delas. E assim não crio expectativas.
Isso se chama proteção contra meus próprios conflitos. Só quero meu equilíbrio, já que essas emoções de tristeza e solidão são um alvo fácil e porta de entrada de doenças. Com certeza, Deus colocou em meu caminho pessoas lindas com as quais eu devo realmente me preocupar e estar presente. O interessante da história é que a gente se afasta e tais pessoas se ofendem. Mas nunca te procuram para questionar a razão do seu ato. Preferem ficar escondidas em suas desculpas e vitimizações. O que tenho para dizer é "sinto muito", agora estou mais preocupada com meu bem estar.
Não estou guardando raiva, nem mágoas, apenas deixando de lado pessoas que não me valorizam. Mas estarei sempre aqui para elas, caso sintam minha falta e queiram voltar a conversar ou precisarem de ajuda. Não deixei de amá-las, apenas aprendi a me amar mais do que a qualquer outra pessoa.
Se estou sendo egoísta? Talvez, se isso signifique brigar pela minha paz e felicidade. Só meu travesseiro sabe quanta dor e lágrimas derramei sobre ele por me sentir excluída. Minha família sempre me chamou de ovelha negra, agora entendo o por quê. Sou realmente aquela ovelha diferente, que sai por ai resolvendo coisas, viajando sozinha e decidindo minha vida da maneira que eu acho que é melhor para mim. Já acertei, mas também já errei muito. E daí? Isso só me fortaleceu, me incentivou a buscar novas idéias, novas aventuras e novos amigos.
Existem pessoas incríveis em minha vida, amigos sinceros, pessoas que estão ali me apoiando quando preciso e que me convidam para estar com elas. Mas elas mesmas às vezes me espantam. Porém, nunca deixaram de me dar respostas que acalmaram meu coração. Preciso entender a vida delas também.
Quero que entenda que eu aprendi que para meus conflitos, o melhor é dar um tempo para tudo. Se ainda houver solução, com certeza o tempo é o melhor remédio para as coisas se encaixarem e entrarem nos eixos. E, se caso o destino afaste de vez as pessoas, é porque era para ser assim. Porque talvez não fôssemos tão importantes, quanto considerávamos importante tal pessoa. Daí, é melhor mesmo que a vida se renove e que abra espaço no coração para novos ares e pessoas. Caso contrário, a gente acaba vivendo uma eterna desilusão.
NAMASTÊ
Muitas vezes ouvi das pessoas que sou uma pessoa difícil e me pergunto o tempo todo o por que disso. Se olhar para meu passado, posso lembrar de uma jovem que sabia bem o que queria e que tinha muita opinião. Talvez as pessoas te julguem difícil pura e simplesmente por causa disso. E porque elas não conseguem te manipular. Não significa que não enxergue as coisas, apenas que as olha de um prisma diferente.
Sempre segui meus instintos e coração e, se for considerar que não me adapto a certos grupos que vivem em festas, bebendo, se drogando, realmente sou difícil. Minha "praia" é outra e ainda não encontrei o grupo certo de pessoas que possa me sentir amada e aceita. Deixei de ser a adolescente e jovem que gritava pela minha opinião. Agora me calo e me recolho. Prefiro mil vezes o silêncio e a paz, do que a voz dos outros afetando meu emocional com seu furor e opiniões que só a elas tem sentido.
Depois de anos e anos de meditação e por que não dizer de uma vida solitária, comecei a entender a importância da paz de espírito. É óbvio que, por viver num mundo tão sugestionável pela mídia e pela arrogância das pessoas ao nosso redor, achando que sempre estão certas, ora ou outra acabamos no desequilíbrio. Para isso, aprendi a me recolher, a respirar e a novamente buscar maneiras de fazer com que meu corpo não somatize minhas decepções, tristezas e dores. E me afasto, me silencio.
Sempre fui alguém que ama ajudar, talvez por isso minha profissão de terapeuta holística. Gosto de estudar e entender a maneira com que algumas pessoas caem em suas próprias redes, talvez porque eu mesma já vivenciei isso. E ficam se debatendo, sofrendo cada vez mais, causando a si mesmas transtornos e mágoas. Ou alguém as ajuda ou acabam sendo suas próprias vítimas.
Às vezes gostaria de me sentar e ver meu próprio filme para auto analisar-me. Posso estar errada em minhas convicções, mas prefiro continuar pensando que Deus está no meu comando e mais nenhuma pessoa. Afastar-se das pessoas não quer dizer que deixou de amá-las, mas que está cansada de ser decepcionada por palavras, atitudes e nãos. Amo sentar e conversar com alguém, mas não gosto de círculos onde o assunto acabe pela confusão de palavras e opiniões. Gosto de ouvir e ser ouvida. E de pensar naquilo que está sendo exposto, conversado.
Dizem que o ser humano precisa viver em sociedade, se relacionar. Acredito que precisamos estreitar isso para "se relacionar com alguém sadio e que esteja interligado a você da mesma forma". Já me decepcionei muito com pessoas que considerava amigas. Muitas vezes tive necessidade de tê-las ao meu lado, precisava conversar, queria companhia e o que recebi foram respostas do tipo "agora não posso" ou outra desculpa qualquer. Se fosse uma ou outra vez, até entendemos que todos tem seus momentos e ocupações. Mas quando vê que a desculpa é para você, mas para outros há tempo e disposição, começa a entender que você não é importante para esta pessoa. Para ser sincera, já chorei muito por ser excluída, mas agora me fortaleci em meu próprio entendimento e decidi que para não me decepcionar mais com tais pessoas, resolvi me afastar delas. E assim não crio expectativas.
Isso se chama proteção contra meus próprios conflitos. Só quero meu equilíbrio, já que essas emoções de tristeza e solidão são um alvo fácil e porta de entrada de doenças. Com certeza, Deus colocou em meu caminho pessoas lindas com as quais eu devo realmente me preocupar e estar presente. O interessante da história é que a gente se afasta e tais pessoas se ofendem. Mas nunca te procuram para questionar a razão do seu ato. Preferem ficar escondidas em suas desculpas e vitimizações. O que tenho para dizer é "sinto muito", agora estou mais preocupada com meu bem estar.
Não estou guardando raiva, nem mágoas, apenas deixando de lado pessoas que não me valorizam. Mas estarei sempre aqui para elas, caso sintam minha falta e queiram voltar a conversar ou precisarem de ajuda. Não deixei de amá-las, apenas aprendi a me amar mais do que a qualquer outra pessoa.
Se estou sendo egoísta? Talvez, se isso signifique brigar pela minha paz e felicidade. Só meu travesseiro sabe quanta dor e lágrimas derramei sobre ele por me sentir excluída. Minha família sempre me chamou de ovelha negra, agora entendo o por quê. Sou realmente aquela ovelha diferente, que sai por ai resolvendo coisas, viajando sozinha e decidindo minha vida da maneira que eu acho que é melhor para mim. Já acertei, mas também já errei muito. E daí? Isso só me fortaleceu, me incentivou a buscar novas idéias, novas aventuras e novos amigos.
Existem pessoas incríveis em minha vida, amigos sinceros, pessoas que estão ali me apoiando quando preciso e que me convidam para estar com elas. Mas elas mesmas às vezes me espantam. Porém, nunca deixaram de me dar respostas que acalmaram meu coração. Preciso entender a vida delas também.
Quero que entenda que eu aprendi que para meus conflitos, o melhor é dar um tempo para tudo. Se ainda houver solução, com certeza o tempo é o melhor remédio para as coisas se encaixarem e entrarem nos eixos. E, se caso o destino afaste de vez as pessoas, é porque era para ser assim. Porque talvez não fôssemos tão importantes, quanto considerávamos importante tal pessoa. Daí, é melhor mesmo que a vida se renove e que abra espaço no coração para novos ares e pessoas. Caso contrário, a gente acaba vivendo uma eterna desilusão.
NAMASTÊ
Nenhum comentário:
Postar um comentário
CRÍTICAS, ELOGIOS, OPINIÕES E SUGESTÕES SOBRE A LEITURA OU O QUE QUER LER SERÃO MUITO BENVINDOS.