Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Só a maturidade nos ensina que cutucar onça com vara curta nos faz sair machucados. Só a experiência de nossas almas percebe que a tábua cheia de pregos, um dia fica sem espaço para receber mais pancadas. E só o cansaço espiritual nos faz perceber que precisamos de um tempo.
Quantos sentimentos de amargura cabem num coração? Quantos de nós acumulam ano após ano palavras e atitudes que nos magoam profundamente, mas que vamos simplesmente enfiando goela adentro por amarmos quem nos magoa e não queremos causar separações e mais tristezas?
Chega um determinado momento que a fadiga de carregar tantos fardos vai mostrando sua face em rugas e processos de envelhecimentos. Nossos olhos já não são tão eficientes, talvez por não querermos realmente enxergar as maldades do mundo. Nossa mente falha, já não consegue lembrar de nomes e situações, talvez porque gostaríamos de recordar apenas aquilo que realmente importe para nossas vidas. Alguns desenvolvem processos de tremedeira, talvez por medo de abraçar, de tocar e serem mais uma vez negados. E silenciamos.
A vida toda imaginamos um mundo de paz e união, onde as pessoas procuram respeitar os mais velhos pelo simples fato de que já contribuíram ao mundo, já se doaram a nós, já correram o suficiente para nos educar, nos fazer felizes e nos amar. Mas às vezes o mundo não corresponde, não entende e não respeita. E, aos poucos, vão enchendo de pregos que perfuram corações, mentes e espíritos. Um dia, tudo se transforma em cansaço e pedimos um tempo. Um tempo para nos recompor, para respirar, para nos equilibrarmos o suficiente para enfrentar novamente o mundo.
Então, dê um tempo aos que se calam, aos que sofrem e aos que querem ficar sós. Dê um tempo às suas palavras impulsivas, às suas atitudes insanas e à sua falta de respeito. Mude o foco, busque entender o que te faz agir de tal e tal maneira, sem pensar em quem está ferindo e por quê. Se tem problemas internos com relação à essa pessoa, existem apenas duas saídas: deixá-la ir ou resolver a situação com maturidade, em uma conversa aberta e adulta.
De que adianta esperar momentos para lançar venenos e prejudicar o equilíbrio do outro? Às vezes, aquela pessoa que você tem raiva, nem sabe direito o que ela fez. Pode ter pensado agir corretamente para seu bem. Cuide de suas atitudes para que não esteja sendo observado e indiretamente não esteja educando alguém da mesma forma. Pessoas rudes, criam filhos rudes.
Dê um tempo para que o outro possa pensar e assimilar sua ira, sua rebeldia, suas frustrações. Não haja sem pensar para depois correr se desculpar e achar que tudo pode voltar ao normal. Feridas podem ser superficiais ou profundas. Pregos muito profundos podem rachar a madeira. E quando ela racha, fica difícil consertar sem que marque para sempre uma fenda na alma.
Dizem que o tempo apaga lembranças, mas talvez ele apenas amenize. E tentar ser feliz e continuar é a grande lição da vida. Alguns demoram a entender, outros parecem nascer com um interior tão lindo, que conseguem superar alguns pregos, pelo simples fato de serem amor intenso.
Enfim, dê um tempo para que o outro possa se refazer de suas dores. Respeite seu afastamento, sua solidão, seus pensamentos. Esse momento pode ser dolorido para você, pois se sentirá com remorsos, mas será importante para que também analise, observe e veja se realmente essa pessoa faz falta na sua vida. E, se fizer, comece um trabalho de cuidado e conservação da amizade, amor ou qualquer outra forma de relacionamento entre vocês. Caso contrário, talvez esteja na hora de cada um seguir seu rumo, em busca da felicidade. Algum lado fatalmente poderá se lamentar para o resto da vida. Mas não há mais o que se fazer, para que não hajam mais pregos.
NAMASTÊ
Só a maturidade nos ensina que cutucar onça com vara curta nos faz sair machucados. Só a experiência de nossas almas percebe que a tábua cheia de pregos, um dia fica sem espaço para receber mais pancadas. E só o cansaço espiritual nos faz perceber que precisamos de um tempo.
Quantos sentimentos de amargura cabem num coração? Quantos de nós acumulam ano após ano palavras e atitudes que nos magoam profundamente, mas que vamos simplesmente enfiando goela adentro por amarmos quem nos magoa e não queremos causar separações e mais tristezas?
Chega um determinado momento que a fadiga de carregar tantos fardos vai mostrando sua face em rugas e processos de envelhecimentos. Nossos olhos já não são tão eficientes, talvez por não querermos realmente enxergar as maldades do mundo. Nossa mente falha, já não consegue lembrar de nomes e situações, talvez porque gostaríamos de recordar apenas aquilo que realmente importe para nossas vidas. Alguns desenvolvem processos de tremedeira, talvez por medo de abraçar, de tocar e serem mais uma vez negados. E silenciamos.
A vida toda imaginamos um mundo de paz e união, onde as pessoas procuram respeitar os mais velhos pelo simples fato de que já contribuíram ao mundo, já se doaram a nós, já correram o suficiente para nos educar, nos fazer felizes e nos amar. Mas às vezes o mundo não corresponde, não entende e não respeita. E, aos poucos, vão enchendo de pregos que perfuram corações, mentes e espíritos. Um dia, tudo se transforma em cansaço e pedimos um tempo. Um tempo para nos recompor, para respirar, para nos equilibrarmos o suficiente para enfrentar novamente o mundo.
Então, dê um tempo aos que se calam, aos que sofrem e aos que querem ficar sós. Dê um tempo às suas palavras impulsivas, às suas atitudes insanas e à sua falta de respeito. Mude o foco, busque entender o que te faz agir de tal e tal maneira, sem pensar em quem está ferindo e por quê. Se tem problemas internos com relação à essa pessoa, existem apenas duas saídas: deixá-la ir ou resolver a situação com maturidade, em uma conversa aberta e adulta.
De que adianta esperar momentos para lançar venenos e prejudicar o equilíbrio do outro? Às vezes, aquela pessoa que você tem raiva, nem sabe direito o que ela fez. Pode ter pensado agir corretamente para seu bem. Cuide de suas atitudes para que não esteja sendo observado e indiretamente não esteja educando alguém da mesma forma. Pessoas rudes, criam filhos rudes.
Dê um tempo para que o outro possa pensar e assimilar sua ira, sua rebeldia, suas frustrações. Não haja sem pensar para depois correr se desculpar e achar que tudo pode voltar ao normal. Feridas podem ser superficiais ou profundas. Pregos muito profundos podem rachar a madeira. E quando ela racha, fica difícil consertar sem que marque para sempre uma fenda na alma.
Dizem que o tempo apaga lembranças, mas talvez ele apenas amenize. E tentar ser feliz e continuar é a grande lição da vida. Alguns demoram a entender, outros parecem nascer com um interior tão lindo, que conseguem superar alguns pregos, pelo simples fato de serem amor intenso.
Enfim, dê um tempo para que o outro possa se refazer de suas dores. Respeite seu afastamento, sua solidão, seus pensamentos. Esse momento pode ser dolorido para você, pois se sentirá com remorsos, mas será importante para que também analise, observe e veja se realmente essa pessoa faz falta na sua vida. E, se fizer, comece um trabalho de cuidado e conservação da amizade, amor ou qualquer outra forma de relacionamento entre vocês. Caso contrário, talvez esteja na hora de cada um seguir seu rumo, em busca da felicidade. Algum lado fatalmente poderá se lamentar para o resto da vida. Mas não há mais o que se fazer, para que não hajam mais pregos.
NAMASTÊ
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