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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A DOR DO ADEUS

Autora: Josianne  L.Amend (JosiLuA)

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A vida é um mistério tão profundo, que alguns até arriscam dizer que estamos na dimensão dos sonhos e não da realidade.

Ligações sentimentais são intensas, mas as espirituais são imensuráveis. Existem aquelas que jamais se apagam, mesmo estando elas em dimensões diferentes. Talvez seja bem isso que chamamos de amor incondicional.

Sabemos que não escapamos do dia do adeus, do dia em que o corpo físico se desfaz para somente a energia consciente perpetuar. Ainda há muita incógnita sobre o que somos, de onde viemos e para onde vamos depois que nosso corpo físico não suportar as ações de nossas ações. 

Mas há um sentimento que derruba qualquer equilíbrio interno, principalmente para os que se apegaram: a dor da perda! Conforme o caso, podemos até nos preparar para o adeus, mas existem situações que nos pegam totalmente desprevinidos, rasgando algo dentro de nós.

É uma dor tão intensa, que pode perdurar toda a existência de quem fica. Nos agarramos em fé e credos de que um dia poderemos reencontrar o ente amado em algum outro lugar. 

Tenho assistido diversos documentários sobre a vida, sobre os seres que podem ter sido nossos ancestrais, sobre o que estamos fazendo aqui. O homem vive buscando entender e não sei se alguns já não tem a resposta. Mas a questão não é essa aqui. E sim, a dor... a dura dor do adeus.

Talvez seja mais reconfortante saber que, ao termos tido a oportunidade de vida com tal pessoa, pudemos saboreá-la da melhor forma possível, rindo, fazendo coisas juntas, aprendendo e ensinando ou vivendo intensamente com ela, amando-a.

A dor maior, quem sabe, possa vir do próprio desconforto em culpar-nos por não ter feito coisas que poderiam beneficiar tal pessoa, observá-la mais feliz, ajudar no momento certo e encarar todos os problemas com paciência e amorosidade.

Todas as pessoas foram maravilhosas, depois que fazem a viagem. Ouço sempre tais palavras. As pessoas dizem isso por sentir realmente, ou porque se sentem culpadas e querem o alívio imediato, acometidas pelo sentimento de remorso?

A dor do adeus para quem ama de verdade é terrível. Alguns nem conseguem superar, caindo em doenças ou até a morte. Outros buscam ferramentas como compensação para tudo que podiam ter feito, mas nunca imaginaram fazer. Nesta hora entendemos que precisava acontecer algo muito grave para que pessoas se unissem, voltassem a se falar ou se fortalecessem em atitudes humanitárias para o bem comum. Por que somos assim? Por que simplesmente esperamos? 

A dor do adeus pode ser realmente doída, mas talvez sirva para que nós, humanos cheios de orgulho, aprendamos que não somos nada, a não ser energia que tem hora para se dissipar. Portanto, aproveite enquanto conseguimos entender: abrace, sinta, observe, ajude, leve amor e alegria, seja companheiro, dê seu melhor. Talvez isso baste para que você simplesmente abra mão do egoísmo de não querer que  chegue a hora de quem ama. Conforme o caso, depois, o melhor a fazer é guardar essa pessoa longe dos olhos e dentro do coração. Pelo menos por enquanto... não sabemos como é dali para frente!


NAMASTÊ

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