Autoria: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Cheguei a conclusão que nossa vida é como um balão de festa. Com o passar do tempo ele vai enchendo lentamente e num determinado momento ele vai murchando.
Todo esforço que temos em iniciar a jornada, aprendendo a ter a própria individualidade se parece com aquele jeito de esticar e soprar tentando colocar o ar para dentro do balão. Muitas vezes ele escapa e volta à posição inicial, assim como nós que caímos e levantamos.
Na insistência, vamos conquistando nosso espaço, como o ar no balão. Quanto mais inflado, significa que conseguimos prosperar, criando uma família, uma profissão e impondo nossas vontades. Precisamos ter cuidado com exageros no volume e firmeza em segurar o alicerce, para não termos surpresas e deixar ir o que já conquistamos.
Chegamos no auge de nossas vidas quando o balão cheio e em evidência começa a enfraquecer a estrutura e, o ar, sensivelmente, vai deixando a embalagem. Uns se mantém mais tempo que outros. Tudo que construímos vai aos poucos sendo liberado para o universo. Nem sempre é sobre o material, mas também sobre sucesso e conhecimento.
A dura e autêntica realidade é que apesar de todo esforço para colocar ar no balão, ele não se manterá. Num belo dia, não voará mais pela sala, mas se aconchegará no sofá. Quando murcho, não atrai muita atenção e muitos nem lembram que um dia, aquele foi um lindo balão. Chegará o dia em que tudo que conquistou já não está mais em suas mãos ou mente, devido às diversas circunstâncias que a vida nos prega. Uns seguram o máximo que podem o ar do balão, mas ele escapa imperceptivelmente.
A história se repete para todos, com a diferença de que alguns deixam ir e outros tentam fazer com que o balão tenha um lugar mais adequado para terminar sua jornada, na ilusão de que um dia, ainda venham ter a sensação de outrora se sentindo nas alturas.
Mas, a existência nos ensina que mesmo fazendo de tudo para amar, unir, ajudar e pertencer, isso não enche mais o balão, porque uma nova era nos substitui e ela está focada em encher o ar de seu balão e não do nosso. E tudo que resta para as borrachinhas amassadas é sonhar agora com o vôo da alma.
NAMASTÊ
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