APESAR DE

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Apesar de ouvir o que não queria, Deus me deu pessoas que sabem dizer belas palavras.

Apesar de sentir o coração apertado, o anjo colocou suas mãos sobre ele e curou minhas mágoas.

Apesar de ter dúvidas sobre o que fazer, sinto Jesus me mostrando o caminho.

Apesar de duvidar da minha força, tem sempre "alguém" que não me deixa cair.

Apesar das dificuldades nos trabalhos espirituais, sei que os mestres não me deixam desistir.

Apesar das dúvidas que o mundo consegue incutir na minha alma, minha fé se renova a cada oração.

Apesar de muitas vezes me sentir sem chão, sinto o conforto de ser espiritualista e ouvir as lições que "eles" me dão.

Apesar de não compreender muitas atitudes, busco enxergar o melhor que cada pessoa tem.

Apesar de saber que nem todos os sonhos serão realizados, compreendo a proteção sobre o comprometimento de meu espírito.

Apesar de nada saber, sinto as informações sempre dentro de mim.

Apesar da chuva, é o sol que brilha forte trazendo a claridade para um novo dia 

NAMASTÊ 

UMA SIMPLES PESSOA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

As pessoas podem ser luz ou escuridão. Podem trazer alegria ou derrubar humores. E, às vezes, nem tomam conhecimento do que fazem e transformam. 

Uma simples pessoa é capaz de destruir mentes e corações dentro de um lar, de escritórios, de grupos. Ela é a pessoa que só ao chegar ou estar perto dela, angustia a alma. É aquela que não sorri para nada, que vai contra qualquer sugestão e opinião, que sempre tem algo contra ou terrível para dizer sobre as pessoas ou sobre o mundo. 

Essa pessoa é escuridão, ou pela própria essência da alma, ou por estar se envolvendo com energias espirituais baixas, causando todo esse jeito meio maligno de ser e ver as coisas. Quanto mais mal humorados são, mais atraem este tipo de frequência e a elevação espiritual e até material ficam dificultadas pelo livre arbítrio. E vão criando um campo energético coletivo onde não deixam os outros serem felizes, caso estes não tenham suporte suficiente para saírem disto.

Ao contrário, existem pessoas luz, que não precisam se esforçar para serem amadas. A presença delas acalma e faz o ambiente alegre, proporcionando esperança e paz para os que estão ao redor. São cheias de vida, amam ajudar e a proporcionar aos outros aprendizado. Infelizmente, muitas vezes são deixadas de lado, pois a frequência delas incomoda quem ainda não vibra igual. E, apesar delas fazerem de tudo para ajudar o crescimento dos outros, são como luz de lanterna diretamente nos olhos, o que faz os outros quererem sair de perto pelo incômodo na alma.

Enquanto as de frequência baixa dominam o ambiente transformando pessoas em medrosas, irritadas e nervosas, as de frequência alta tranquilizam, atraindo espíritos que querem aprender e se iluminar. As duas num mesmo ambiente imediatamente causam atrito, pois o lado escuro faz de tudo para que a luz não brilhe e em contrapartida, a luz irrita mais ainda a escuridão.

Em muitos casos, quando há boa vontade e humildade do lado ruim, a luz consegue abrir seus olhos, penetrar seu coração e ajudar com orações, palavras ou até trabalhos espirituais, conforme a necessidade. Mas, este precisa ter consciência sobre o que está causando no ambiente em que vive e trabalha, chegando num ponto insuportável de viver, pedindo ajuda. Olhar para si mesmo e parar de culpar a todos  pela própria irritação, cansaço ou falta de energia, já que ele  mesmo se coloca nesta frequência através de pensamentos ruins, palavras toscas e medos absurdos. Esses últimos, vindos das informações negativas ou abertura de aura, onde qualquer energia está apta a chegar, já que lhe falta preparo para sua própria proteção.

É triste pensar que tantas pessoas parecem gostar desta posição que "acham" ser de poder, pois na verdade quem experimenta a verdadeira liberdade através da luz, é quem tem esse poder sobre si mesmo, ficando longe de tudo que não tem importância na vida.

Infelizmente, há muitas pessoas cegas e que não ouvem também, a não ser a si mesmas. O grande problema é o carma que causam a si pela responsabilidade de transformar vidas ainda em desenvolvimento ou que seguem junto o mesmo caminho, seja pelo amor, família, trabalho ou pelas amizades.

Essas simples pessoas, sejam elas luz ou escuridão, precisam de orações e aconchego, sejam para continuarem fortes, sejam para saírem da baixa frequência. Portanto, cabe a cada um que encontrar estas pessoas, ajudar de uma ou outra forma para que o mundo também se transforme num lugar melhor.

NAMASTÊ 

É AMOR?

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Quem amou de verdade pelo menos uma vez na vida pode se achar sortudo. Conhecer o amor é um aprendizado difícil. Decoramos, não páginas de um livro, mas a imagem, o cheiro, o olhar, o toque de quem vira nossa fonte de inspiração.

O amor não é único, como muitos pensam. Podemos sim, amar muitas pessoas na vida. O que acontece é que, como qualquer sentimento, ele pode ir se diluindo, conforme atitudes e acontecimentos no decorrer do processo. Talvez jamais um coração consiga deixar de amar quem realmente foi importante, mesmo que já não exista mais. Pois, o que fica é a ligação espiritual entre as almas.

Se pensarmos que cada pessoa que entra em nossas vidas não vem por acaso e traz aprendizado, nos fazendo enxergar melhor o que realmente queremos e precisamos, isso é uma forma de evoluir. Porém, há muito o que se pensar sobre a responsabilidade que temos sobre a vida de quem confia e nos ama. Não podemos simplesmente brincar de amar.

O amor não é um jogo de egos, mas uma união de sonhos. Não é um comando sobre o outro, mas a solidariedade, a ajuda mútua. Não é exibir alguém como um bibelô, mas acolher quem está por trás do físico. E também não é ser dono de alguém, pois isso é apenas medo e falta de confiança em si mesmo.

Nem sempre amar significa reciprocidade. E quem realmente ama, apenas espera ou tenta viver sem cobrar ou reagir ao desprezo.

O amor é livre e se identifica pelas atitudes. Se não for algo que faça o outro feliz, não é amor. 

Então, precisamos ter cuidado ao dizer que amamos. No mínimo gostamos de ter a pessoa ao lado porque é confortável, seguro e benéfico. Mas enganar alguém pode ser um grande carma que teremos que resolver um dia. E estaremos deixando também de permitir novidades e experiências na vida. 

NAMASTÊ 

COMO É A SOLIDÃO

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

A flor que nasce na fenda da rocha,

O doente sem família num hospital,

O filho ignorado,

O companheiro que só ouve, mas que não encontra brecha para falar de si,

O indigente que estende a mão e ninguém vê,

O aluno que sofre bullying.

Quem pensa que solidão quer dizer estar sozinho, não sabe dimensionar a extensão da verdadeira solidão. A maior solidão está dentro de nós, causada pelo sentimento de tristeza com o tratamento recebido das pessoas. E os adjetivos que podem explicar tal sentimento são "ignorado", "abandonado" e "frustrado".

Estar sozinho, porém feliz e bem, não desenvolve a sensação da solidão, porque a solitude é algo bom. Mas, ao contrário, estar com companhias, alheias à nossa presença, ignorando nossas vontades, falas e sonhos, isso sim causa a dor da solidão. Aos poucos, perdemos o interesse e o estímulo de nos fazer presentes podendo levar à depressão ou afastamentos.

Todos queremos ter momentos de paz e sossego, ficar sozinhos para simplesmente pensar, recobrar energia e aproveitar um pouco de nós mesmos. Acontece que existe uma diferença entre gostar de estar só e ser ignorados por completo. Porque faz parte da vida trocar energia, participar e querer estar no radar das pessoas como família e amigos.

Refletir sobre como devemos olhar mais as pessoas que estão no nosso caminho não é nomeá-las de dramáticas ou irritantes, mas observar suas vidas e dar a elas a chance da inclusão nas nossas vidas. Talvez não queiram, mas este não é o caso aqui. Há muitos olhares gritando por atenção, muitos braços pedindo abraços e muitas bocas querendo sorrir junto conosco.

Hoje, pode ser que vejamos tudo isso com nossas famosas desculpas de falta de tempo, de paciência ou de vontade. Amanhã, quem sabe, serão nossos olhos lacrimejando e a mente perguntando: " o que foi que eu fiz?"

NAMASTÊ 

UM AMOR DE SEMANA

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA) 

Hoje inicia a Semana do Amor. Uma semana que deveria durar toda a vida, mas que, infelizmente, foi criada para comercializar. E as pessoas ficam ansiosas, não para compartilhar o amor, mas para receber presentes.

E nesta semana não é só o amor entre os sexos que deveria ser celebrado, mas o amor das pessoas por si mesmas e pelo mundo ao seu redor. Um amor digno de elevar relações e acalmar corações partidos.

Comecemos por cuidar das palavras com intuito secreto de diminuir o outro e baixar a autoestima dele. Quando achamos defeitos nos outros, ou queremos nos colocar acima deles, ou controlar sua luz, porque ninguém pode brilhar mais que nós. Puro egoísmo e arrogância. 

Partir o coração de alguém é uma grande responsabilidade que talvez não tenhamos sabedoria suficiente para consertar. E quem se vê confortável com isso não merece nosso apreço. Precisamos aprender a discernir quem merece e fica, dos que precisam partir de nossas vidas, a fim de que não hajam correntes presas aos nossos pés. Só assim a caminhada poderá ser ampliada, com visões e conhecimentos novos.

Amar não é tão fácil quanto parece. O amor precisa dos cinco sentidos totalmente despertos. Ouvir com paciência, falar o justo, ter tato e sensibilidade para perceber o momento e olhar com compreensão. Mesmo que haja deslize, se houver realmente amor, poderá haver reencontro. 

De tudo isto, amar é um sentimento nobre. O mais nobre que há em alguém. Uns acham que amam, outros querem muito amar e outros ainda vivem a vida enganando seus corações. Mas o amor é quase indecifrável, sentido no âmago e que realmente chega a doer no coração. É transpessoal, transformador e transcendental.

Amar é a força que nos move passo a passo na vida. Todos queremos ser amados, mas nem todos se entregam ao amor. E, estar com o coração em paz, mesmo solitário, não significa falta de amor. Significa que já se chegou num estágio onde não precisamos mais suprir necessidades, porque transbordamos. E este "transbordar" é sentir amor pela vida e por tudo que venha dentro dela. Este é o verdadeiro amor incondicional.  E quando isso acontece, viramos essência divina!

Soltemos o amor pelos poros nesta semana, sendo carinhosos, gentis, sorrindo e acolhendo a todos. E o mundo ganhará uma energia tão preciosa e tão necessária hoje, aqui e agora.

NAMASTÊ 

SOMOS ESTAÇÕES

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Fazemos parte da natureza e, como tal, também temos estações dentro de nós.

Somos primavera quando estamos iluminados, cheios de vida, com vontade de fazer as coisas e de despertar para amizades. Gostamos de nos vestir com roupas coloridas, o emocional fica em alta e parece até que temos mais paciência com tudo. Nos enfeitamos mais, os olhos até brilham e sentimos vontade de encontrar o amor.

Somos verão quando tudo parece acalorado, não temos muita paciência e respondemos com agressividade. Em contrapartida, ficamos cheios de auto-estima, achando que todos precisam nos ver, nos apreciar. Perante o espelho, nos achamos perfeitos, ou no mínimo mais bonitos. O problema é o excesso de confiança que acaba por nos frustrar.

Somos outono quando nos sentimos meio melancólicos e cansados, sem vontade de sair. Queremos mais a nossa própria companhia, aproveitando para nos aprofundar em leituras e comidas gostosas. Uma boa música pode ser ouvida, trazendo lembranças de um tempo bom. 

Somos inverno quando nos fechamos para o mundo, pois tudo parece frio e irritante. O que os outros falam ou fazem nos desagrada e preferimos nos afastar e silenciar para pensar sobre as relações. Sentimos vontade de comidas mais pesadas, com o intuito de nos aquecer ou adoçar a vida. E, sutilmente, nos afastamos de contatos. Sem notar, usamos roupas mais escuras, definindo um estado meio depressivo.

Assim somos nós e nossas estações. Uns com mais predicados que outros, mas com muitas semelhanças sobre nosso emocional. E estas estações podem mudar do dia para a noite, bastando um simples desejo ou vontade de fazer algo diferente. 

Não ficamos três meses numa estação, mas caso aconteça, dependendo da qual estivermos, podemos ser mais felizes ou depressivos. E, o problema maior é que nem sempre as estações combinam e acabamos perdendo contatos por um tempo, até que finalmente elas coincidam e as pessoas consigam se entender.

NAMASTÊ 

RECONHEÇA A SUA LONGEVIDADE

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

A juventude é incrível! Nos divertimos, aprontamos, erramos demais e acertamos algumas vezes. Somos meio maria-vai-com-as-outras, nos inspirando nas pessoas que admiramos e nos submetendo às idéias idiotas para nos sentirmos aceitos. Tudo parte de hormônios e da falta de maturidade. E todos passam por isso! E, quando não passam, acabam precisando de outras formas de liberar esta energia, que podem causar problemas emocionais para a vida.

Porém, a sorte de viver e atingir uma idade avançada regula o hormonal e baixa certas euforias, trazendo o sossego das atitudes impulsivas. E a gente vai aprendendo a respeitar nossos limites e nossas novas vontades. E cada fase tem sim sua beleza e importância, a fim de podermos atingir uma consciência necessária, alimentada por tudo que fomos e somos.

Acontece que estão tirando nosso direito de viver e ser o que queremos com tanta informação focada na longevidade. Chega a ser cansativo e emocionalmente perturbador a insistência sobre como e o que comer, fazer ou não exercícios, esticar a pele, emagrecer para parecer mais jovem, tentar ser o que não se é. No fundo, estamos tão desesperados em sermos lindos e jovens, que esquecemos de saborear, de olhar com profundidade e nos divertir realmente.

Nos alimentar com medo de ganhar calorias não fará nada pela saúde mental, nem emocional. Olharmos só para beleza física tem criado relações superficiais e que não duram muito. E diversão é sobre o que amamos fazer, seja passear na rua ou viajar para lugares que nos inspiram e pode não ter a ver com levantar pesos ou correr junto com a manada, só para dizer aos outros que estamos nos cuidando.

Fato é que é interessante saber e cuidar da saúde, mas não só do corpo físico. E estão esquecendo que o todo é essencial para uma boa vida. Por isso, a dona "Fulana" viveu até 100 anos, comendo de tudo e nem tinha internet. Ela apenas vivia fazendo suas coisas, cozinhava o que tinha vontade de comer e ria muito. Sim, pode ter tido alguns problemas aqui e ali, que com seus remedinhos caseiros e sua confiança e fé na vida a curou. 

Uma coisa são os cuidados, outra é viver sufocados ou com o mental te acusando a todo momento, causando aflição e medo sobre a vida. Se cada um olhar realmente para si mesmo, saberá exatamente o grau de ansiedade tomando conta de si por duas coisas: por não poder, porque o espelho acusa e por querer e fazer, trazendo nova culpa. Resumindo, o mundo está nos tornando exaustivamente ansiosos e pisando na nossa própria auto-estima. 

O verdadeiro segredo da longevidade não é envelhecer bem, mas viver a vida que temos hoje, aqui e agora com alegria, sorrisos, sonhos e vontades satisfeitas. Não importa em qual idade isso aconteça, pois longa é a vida de quem realmente é feliz! Não comer macarrão não nos fará não ter um câncer, se existe um mundo confuso e triste dentro de nós. E por aí vai...! 

NAMASTÊ 

EDUCACAO AMBIENTAL

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Dia chuvoso hoje! Esses dias nos remetem a uma introspecção maior, não sei por quê. Pelo menos eu, quando vejo a chuva, ainda mais quando é mais suave, sinto um pouco de melancolia. Não é algo ruim, mas um sentimento diferente dos dias ensolarados.

Hoje se comemora o dia da Educação Ambiental e me pergunto o que se faz sobre isso, principalmente no mundo de hoje, onde a natureza está sumindo diante de nossos olhos. E parece que frear as atividades do progresso têm sido quase inúteis, já que quem está por trás disso se apega na ganância financeira. 

Alguns programas deviam ser proibidos, como "Febre do Ouro" e "Os Últimos Lenhadores". Qual cultura estão querendo passar com tais amostras de destruição? Ontem, ao trocar o canal, vi um lenhador destruindo uma linda árvore secular, enorme, de diversos metros de altura, achando tudo aquilo maravilhoso. Nem consegui ver até o fim, meu peito doeu. Fiquei com raiva!

A consciência humana é tão primitiva ainda, que chega a ser inconcebível. Tudo que importa é o poder humano sobre tudo: animais, plantas e até sobre si mesmo. Esse "poder" está transformando o mundo e nem temos mais certezas do que é ou não real, devido a presença tecnológica.

Quando nos reportamos aos "velhos tempos", não pensamos apenas na liberdade que tínhamos, mas nos seres humanos com menos estudos e riquezas; porém mais próximos, amorosos e com relações intensas. Com todo progresso e ostentações, hoje tudo parece frio e distante. O "eu" é tão evidente que chega a doer nos ouvidos.

Enfim, ainda resta esperança com os que nunca desistem de lutar e amar o melhor deste mundo: a natureza. Mas esse amor que é consciente, não só admira, mas cuida, protege e observa. E, sei que tem aqueles que riem e não se importam, mas acredito que terão suas lições de alguma forma. Depois não digam que a natureza não revida. Infelizmente, muitos que não merecem entrarão nos estragos. Só que a balança está  aos poucos, cada vez mais desequilibrada e se não houver educação ambiental para as novas gerações, quem cuidará desta linda casa?

NAMASTÊ 

DÚVIDAS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Estou aqui com uma xícara de café na mão, pensando sobre o mundo e as pessoas, tentando esquentar não só o corpo neste frio da minha cidade, mas meu coração e minha mente. Confesso a vocês que as dúvidas me assombram.

As redes sociais têm tanta informação sobre o mundo, a vida e nosso destino, que perdeu a graça tentar desvendar o caminho.  Parece que todos já sabem as respostas para tudo. Minhas dúvidas se baseiam em saber onde está a verdade. A verdadeira! Aquela que acalma nosso coração aflito. 

A ansiedade de todos é causada pelas dúvidas, conscientes e inconscientes. São as segundas que nos fazem querer fazer, sem saber exatamente o que. Que nos fazem buscar, mas nem sabendo por onde começar. Que nos fazem tentar algo novo, mesmo enfrentando mentes fechadas.

Nossas dúvidas são como granadas na guerra da vida. Elas explodem ao menor sinal de distúrbios ou de transtornos que dificultam nossos sonhos. E, em algumas vezes, acabam com a alegria que, com tanto sacrifício, conseguimos plantar na alma.

Além de todo excesso de pensamentos que vagam pelo ar, afetando nossa energia, ainda temos que lidar com inveja, maldades e pessoas limitadas, que não superam suas próprias dúvidas ou que não progridem espiritualmente. E elas são um rio de granadas prontas a serem jogadas, obscurecendo alguns pirilampos soltos na vida.

Apesar de toda dúvida em quem acreditar, quando e como fazer para ser e contribuir, em que momento começar ou terminar, ainda precisamos da paciência. Como na pescaria, onde jogamos a isca, mas o melhor peixe pode demorar a chegar. Enquanto isso, vamos nos alimentando do que conseguimos e desviando estrategicamente das granadas, a fim de sobreviver.

NAMASTÊ 

O VENTO DE HOJE

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Ah, os dias de vento! Eles são tão especiais para mim. Esse vento que não é só deslocamento de ar, mas a limpeza de energias. Devo ter na memória ancestral algo que me fascina no vento forte e gostoso. Esse que desmancha os cabelos, deixando a gente com cara de louca.

Adoro caminhar pelo vento, deixando ele mexer com meu fluxo energético no corpo todo. Quer sensação melhor que estar no alto de uma colina sentindo o vento e admirando o movimento intenso da planície? O vento é mágico!

Ele sussurra segredos, dissolve pensamentos e canaliza energia. Ele faz a sujeira aparecer e dá mais trabalho, mas é divino. Um dos quatro elementos que influencia intensamente no ciclo universal. Ele também é sarcástico, rindo quando muda de direção e nos faz de bobos.

O vento é místico, abre as portas do mundo físico com o espiritual. Quem presta atenção ouve o que ele diz, se atenta aos uivos e sons meio tenebrosos. Ele reclama, mas também se alegra. Ele chora, mas também refresca. E só quem ama sentir o universo, presta atenção nisso. 

Hoje é um dia de vento! Vento morno que anuncia o frio chegando. Aproveito para trabalhar a sensibilidade que fica mais sutil nestes dias. E não se irritar com o pó e a sujeira é quase impossivel, mas, como o vento, é tudo passageiro e só precisamos aproveitar e ter paciência.

NAMASTÊ 

PROCURA-SE ESTE AMIGO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Hoje só queria um amigo! Não para me fazer perguntas, mas para silenciar comigo. Um amigo de coração puro, sem julgamentos inúteis, nem palavras com segundas intenções.

Queria um amigo para apreciar a beleza do mundo ao meu lado e transmitir sua energia de gratidão que, junto com a minha, seria uma fonte de luz.

Queria um amigo de sorriso doce e  olhar significativo, que me entenderia, apenas estando nesta conexão. Queria poder entrar no brilho de seus olhos e me banhar em sua beleza interior.

Queria um amigo companheiro, verdadeiro e único que estivesse presente com a alma. Aquele que te acompanha nos sonhos e na loucura.

Este amigo pode ser físico ou espiritual, contando que venha completar e compartilhar a essência divina que busco encontrar em algum momento no mundo. Preciso deste amigo!

Hoje quero esse amigo! Que ele venha na mesma direção e que possamos andar lado a lado seguindo nossos corações. Sem perguntas, sem respostas. Só o sentimento que muitas vezes precisamos, mas que o mundo esqueceu de doar.

NAMASTÊ 

SABEDORIA DA MATURIDADE

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Quando o sol se põe, quando já não se define perfeitamente o que vemos à frente, a sensação é de que mais um dia de vida terminou. E uma incerteza sobre o tempo tem tomado conta de mim. Não sei se fico feliz com a noite, ou se tenho ânsia por um dia mais prolongado. É o peito apertado que incomoda.

Há dias que a ansiedade  chega a me tirar o sono, principalmente quando deixo algo para terminar ou fazer no dia seguinte. Sinto que não era assim, que parece tudo sem sentido. Não sei se é a idade e a falta daquela responsabilidade em acordar cedo e ir trabalhar, ou se não há mais aquela vibração desenfreada de outrora. Tudo parece morno. O calor da vida está se apagando lentamente, mesmo que ainda tenha vontades e energia. É algo meio inconsciente, mas que se manifesta mais presente na solidão.

Até os sonhos parecem mais distantes e a impetuosidade dá lugar para dúvidas e questionamentos sobre se ainda vale a pena tanto esforço. Numa hora sinto a energia brotando por todo corpo, noutra sentir-me protegida num cobertor com um bom filme, parece me bastar. Talvez esteja cansada dessa confusão de um mundo desconhecido, cheio de transformações apalermadas, onde não me encontro mais. 

Vamos envelhecendo e deixando de existir sutilmente. O que pensávamos precisa ser reciclado, o que fazíamos já está ultrapassado e o que somos está se tornando obsoleto. Não há nada de melhor idade quando se entende que vamos perdendo espaço. E tudo que sobra é inventar ocupação que chamam de diversão para passar o tempo. 

O que acontece é que não há mais rotina. Cada dia é único e livre para ser e fazer o que quiser. E talvez o cérebro humano tenha passado toda uma vida programando rotinas. Mas agora, surtamos por sair dela, por não ter agenda e apenas viver. Viver o que vem, viver o que vai. E não é fácil mudar uma mente planificada. Reprogramar sozinhos e em tão pouco tempo pode ser que seja o que chamam de sabedoria da maturidade. E não fazer algo por isso, pode nos levar a nos esquecermos de quem somos e o que estamos fazendo aqui. 

NAMASTÊ 

BELEZA PÕE QUAL MESA?

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Seria excesso de sinceridade ou falta de bom senso quando lembramos alguém dos seus defeitos? Este é um assunto muito importante, pois há muita camuflagem embaixo dos comentários que ouvimos. Afinal, em alguns casos, parece que falar dos "defeitos" que vemos nos outros é uma maneira de nos posicionarmos como perfeitos, tentando esquecer os próprios.

Fazemos de tudo para trabalhar a aceitação do corpo, ter auto-estima, vivermos felizes e entender que o mundo é impiedoso com os que não se encaixam nos padrões de beleza estabelecidos. Mesmo assim, sempre há medo, desconforto e insegurança escondidos no inconsciente de todos. Alguns mais que outros, pois existem pessoas que, num trabalho árduo do próprio apreço, são o que são, gostem os outros ou não, levando a outro patamar o que se pode chamar de beleza.

Mas, alguns são simplesmente cruéis e parecem se incomodar quando alguém se aceita. Mal imaginam eles o que se passa no coração destas pessoas que já trabalharam a própria cura sobre o que ouviram toda a vida. Sempre tem alguém que parece perceber que lembrar o outro que ele tem algo que incomoda o visual é uma forma de colocar-se acima dele, achando-se mais perfeito. O problema é que "o que os olhos não vêem, o coração não sente", ou seja, alguns tem defeitos incorpóreos, escondidos dentro deles. E estes sabem que são incapazes, frustrados, sem a famosa beleza interior e se programam a destruir os que brilham sem precisar de purpurinas. Ficam felizes apenas ao deixar a marca de suas patas na mente e coração de alguém.

Todos sabemos que a beleza é temporária e o que a faz durar mais são as expressões de alegria, bondade e amorosidade que vão persistindo num coração caloroso. Podemos ajeitar o cabelo, passar maquiagem, usar roupas elegantes e encher os olhos de quem nos vê por fora. Porém, é ao conhecer uma pessoa, o que sai de sua boca, suas atitudes e maneiras de se expressar que nos fazem se apaixonar por ela. Caso contrário, é como se andássemos com um quadro famoso, uma peça de ornamento sem vida e que não tem nada a oferecer, a não ser a definição, correta ou não, de beleza.

E é exatamente por isso que muitos vêem a beleza em alguém que os outros não vêem. Porque a sensibilidade nos faz enxergar através do visual, do ornamento, buscando empatia, ligações muito mais poderosas e úteis do que apenas carne. Com certeza, estes têm muito mais a oferecer, pois a futilidade não é prioridade para eles. E amarão você com profundidade! 

NAMASTÊ 

RECLAMAR DE TUDO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

É claro que vez ou outra reclamar ajuda a tomarmos consciência de que é necessário mudar. As mudanças precisam acontecer se buscamos equilíbrio, paz, correção e alertar ao bom senso. O que não podemos é nos transformar em pessoas rabugentas, que reclamam de qualquer coisa, sem noção do mundo ao redor.

Muitas vezes, não reclamamos sozinhos da nossa vida, das coisas que não estão certas ou da insatisfação das nossas escolhas. Normalmente, queremos um ouvinte ou reclamar das atitudes deste ouvinte ou de alguém. Tendo em mente que reclamar é uma forma de enviar energia conturbada ao universo, a fim de mostrar insatisfação e até raiva, temos que imaginar que este tipo de sentimento afeta imediatamente nossas casas e corpos. E as casas permanecem em energias pesadas, sem frutos de prosperidade.

Uma das piores coisas para tirar o ânimo, a felicidade e a disposição de alguém é ouvir reclamações. Às vezes, acordamos bem e já ouvimos reclamações das pessoas que moram conosco. Isso quebra a boa energia do dia. Sempre há formas e formas de se falar, inclusive dando atenção para  essa energia enviada à vitima.

Conviver com alguém que não consegue enxergar o esforço ou a boa vontade das pessoas é nocivo demais. Aos poucos, mesmo tentando ser feliz, nosso sistema nervoso desaba e tudo que conseguimos é nos defender com gritos, choros e cóleras. Este cenário é muito prejudicial à vida, trazendo doenças e infelicidade.

Algumas pessoas são tão queixosas, que esquecem de observar o esforço dos outros e o lado bom da vida. Fecham-se através de suas dores e não permitem-se ter bons pensamentos. E suas vidas vão se tornando pesadas, sem graça e tristes. E quando nada dá certo, não percebem que são os responsáveis e voltam a reclamar. Ou seja, contam diversas vezes ao universo sobre sua insatisfação e ele te sustenta com isso.

Para melhorar essa energia, necessário se faz abrir a mente e trabalhar a paciência, a amorosidade e a estratégia. A primeira nos ensinará a falar sem gritos ou impetuosidade. A segunda, trabalhará o maior sentimento que podemos externar,  com benefícios próprios e para o mundo. E a terceira nos dará a noção de que nada se ajeita com violência, nem grosserias; apenas traz rancores.

Enfim, reclamar como forma de ensinar e orientar, sendo complacente, é útil. Mas, reclamar a fim de jogar nossa ira é desumano, insensato e nada cortez. Escolha como prefere viver e se importa fazer os outros e a si mesmo mais feliz.

NAMASTÊ

SAUDADES

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA) 

Saudades! Um sentimento de vazio que não é preenchido com nenhum outro sentimento. Algo impalpável e causador de dores profundas. O único remédio é matá-la, seja pelo esquecimento, ou pela presença. Mas ela não morre enquanto vivemos.

Quando é profunda demais, deixa o estômago pesado, a cabeça aérea e o coração desnutrido. É preciso grande força emocional para suportar a falta daquilo que um dia causou risos, felicidade e plenitude. Mas, parece que a saudade nunca está satisfeita com momentos que porventura possam acalmá-la. Há algo neste sentimento tão complexo e que não sossega com um simples brinde instantâneo. 

O que faz a mente querer viver num passado que já não existe? Certamente o fluxo de bons sentimentos de outrora, que não nos faziam pensar em perdas, nem tristezas, mas  no encantamento da vida. Junto da saudade vem a solitude da época e de pessoas. Mas também se revive o longínquo, feliz e satisfatório cenário.

Não tem tratamento, parece elástica, indo e vindo conforme nossa própria caminhada pela vida. Qual seria a finalidade deste sentimento perfurante que simplesmente cola na alma e que acabamos levando junto para o túmulo, por causa de nossa própria falta de saber como lidar com ela? 

Contando que saibamos fazer dela não um algoz prestes a destruir nossa saúde, mas uma companheira sutil e até certo ponto bondosa, por nos mostrar que existem transformações pelas quais precisamos passar e lidar, podemos senti-la e até fazer com que nos seja útil, para não perdermos as lembranças. E se ela for dolorida demais, as lágrimas podem rolar...

NAMASTÊ 

TENHA PAIXÃO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

A mania de fazer as coisas sem paixão nos leva a diversos tipos de sentimentos: frustração, raiva, depressão, preguiça, desânimo e até culpa. Mas nada disso precisamos carregar, pois estamos no direito de tentar, de saber se o que estamos fazendo é correto e se estamos no caminho certo.O que não podemos é simplesmente plantarmo-nos onde a terra é árida, o lugar não nos encanta e onde sentimos que não é este nosso lugar e nos deixar murchar.

Podemos percorrer quilômetros na vida, a fim de descobrir o que realmente nos fascina e pelo que somos apaixonados. Ninguém nasce com etiquetas ou tatuagens informando qual a missão a cumprir. Conforme a época, vamos  bisbilhotando aqui e ali, experienciando situações e pessoas, até que nos encontramos ou não. O importante é buscar, nem que seja só para saber como é ou como nos sentimos perante cada momento.

Muitos passam pela vida sem a sensação de êxtase que surge quando descobrimos nossa verdade. Sim, verdade! Porque para alguns basta seguir o padrão, ter coisas e viver sem pensar, mas outros querem mais. Precisam saber e ter nas mãos a chave da própria liberdade para que jamais se limitem ao que o mundo normalmente exige.

São essas pessoas que pela  exuberância, não aceitam puras suposições ou verdades impostas. Elas querem sentir dentro delas a força da paixão. Tal paixão não tem a ver com egoísmo, mas sim com realização. Apaixonar-se é cultivar o potencial que tem numa semente plantada na alma. Não é gostar de alguém loucamente, mas de si mesmo. Tanto que o mundo não dita regras para sua maneira de pensar. Essa pessoa sabe que não pode perder tempo com mesquinharias.

Não sabemos se elas têm algo diferente do resto do mundo, pois se posicionam por si mesmas e não desistem de insistir na própria felicidade. Não estão livres de injustiças ou de lutar por algo, só que a paixão pela vida são o verdadeiro néctar que as sustenta. E, para ser assim, basta olhar para dentro de si mesmo e achar a chave que liberta e começar a percorrer o conhecimento.

NAMASTÊ 

AS HORAS ESTÃO PASSANDO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Tic tac, tic tac...

Quando vejo hoje, já é amanhã.

Aproveitei ontem, mas hoje não.

Alguém me convidou para um café e eu disse não, estou ocupado!

Alguém me pediu para acompanhá-lo em um passeio e eu disse, estou sem dinheiro.

Quando percebo meu corpo, ele agora acumula gorduras, rugas e dores. Culpa do tempo, minhas escolhas ou ambos?

Alguém disse que lembramos mais dos mortos, do que dos vivos que amamos e que ainda podemos abraçar.

Tic tac, tic tac...

Faço planos e quando percebo, deixei de lado minha felicidade, porque resolvi não me priorizar. Mas, eu precisava recarregar a bateria, rir mais e olhar a beleza no mundo. Sei que isso renova a alma! Me pergunto quando farei o melhor para viver de verdade?

Novos planos, não para mim, mas para deixar alguém feliz. Não consegui dizer não e desviei do meu próprio caminho, novamente!

Olho no espelho e reclamo da vida que eu mesmo criei. Sei que posso moldá-la, mas insisto em me torturar, porque é nisso que me agarro para dizer a mim mesmo que sou forte, que faço, que realizo.

Fecho os olhos para a transformação de libertar sentimentos nada saudáveis. Um dia talvez eu faça! Agora não, tenho muito que resolver.

E o relógio continua tic tac, tic tac.

Uma lista de coisas que ainda pretendo realizar vem e volta para a biblioteca no cérebro. E os "ses" começam a borbulhar.

Se eu tivesse menos idade...

Se eu tivesse um pouquinho de tempo...

Se eu tivesse menos medo...

Se eu tivesse companhia...

Se eu fosse mais rico...

E os "ses" vão se acumulando, paralisando o corpo e sendo um algoz para quem quer viver uma vida plena.

Arrumamos tempo para tantas coisas, mas não para nossas coisas.

Um dia, quando olharmos o relógio ele só fará tic. E o ponteiro indicará que acabou o tempo. Nossas desculpas terão enchido o baú.

Não podemos deixar passar o tempo de perdoar, ajudar, encarar desafios, rir, realizar sonhos e poder olhar o todo, sentindo que ele está completo. 

Nunca é tarde para dar corda no relógio e ter mais tempo! Comece já! 

NAMASTÊ 

ENERGIA DAS PALAVRAS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Todos estamos cansados de saber que as palavras reverberam como energia que, bem ou mal, afetam nossas vidas. Os sons são formas de nos conectar com o divino ou até com as trevas. Portanto, ter cautela com o que sai de nossas bocas é essencial, se queremos o nosso bem e o das pessoas ao nosso redor.

Precisamos ter consciência se elogiamos mais do que criticamos. Criticar com palavras pesadas não é nada construtivo, além de estar enviando para a pessoa uma energia ruim e pesada, da qual ela irá se envolvendo e, ao invés de florir, se não tiver força e conhecimento para se libertar, irá murchar. Muitos usam das palavras para externar a raiva, que além de prejudicar, ainda tem peso maior pelo próprio sentimento.

Talvez já tenha ouvido a expressão "palavras soltas ao vento"! Acontece que toda essa energia realmente fica impregnada nas paredes de casa, nos carros, escritórios e até em nossa aura. As palavras machucam, são flechas venenosas afetando pessoas e lugares. E depois, não sabemos por que coisas estouram, quebram ou se destroem sem explicação. Elas simplesmente ficam acumuladas de más energias, modificando a própria estrutura celular.

Quando conseguimos ter bons pensamentos e palavras, mesmo que irritados, vamos dando ao mundo ao nosso redor formas nítidas e seguras. Inspiramos a paciência, trabalhamos amorosidade e nos surpreendemos como a vida parece mais leve. Ao invés de destruir sonhos, coragem e auto-estima dos outros, podemos usar as palavras para perdoar, explicar, elogiar e ensinar, enaltecendo a beleza de ser alguém pacífico e de boa índole. O importante é espalhar o que de bom há em nós, mesmo que mal compreendidos ou cheios de raiva.

Por isso, rezar é tão gratificante! Porque expandimos o chakra cardíaco e manifestamos abertura para o da garganta, causando um equilíbrio importante para nosso corpo. Mesmo por brincadeira, não devemos etiquetar nem a nós, nem os outros. A insistência acaba fazendo com que acreditemos que somos aquilo que nos rotularam e a vida se transforma.

Portanto, a beleza maior não está na aparência, mas realmente no que sai de dentro de nós, afetando positiva ou negativamente a vida de todos. Saiba que evoluir é usar as ferramentas que temos para nosso próprio bem e dos que nos cercam. O universo está constantemente em movimento e uma hora ou outra, receberemos aquilo que enviamos.

NAMASTÊ 

ELA É MÃE...SIM!

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Sim, ela já chorou por você. Talvez escondida, talvez na sua frente, quando você riu ou nem se importou com o sentimento dela. 

Sim, ela tem dor, mas esconde para que não se preocupe. E se fala da dor, ela só busca conforto, não comandos que a deixam confusa, desorientada com a própria vida.

Sim, ela te irrita, seja com seu jeito maluco, seu sorriso escandaloso, sua falta de paciência. Mas ela é assim! É sua mãe!

Talvez quisesse ter escolhido melhor, ter opções variadas ou moldá-la para não ter vergonha ou raiva dela. Ela foi escolhida para você. Há coisas para aprender e ensinar entre vocês.

Sim, ela te abençoa e reza todos os dias pedindo pela sua proteção. Reza também para ter forças, sabedoria e pede a Deus que a ajude a ser uma boa mãe.

Algumas são abençoadas com bons filhos, outras têm que lutar e sofrer mais que qualquer coisa na Terra, porque essa ligação só elas entendem. E ficam firmes, mas seu interior destruído. 

E ainda assim continuam a amar e a rezar...!

Sim, elas tem orgulho de qualquer ação que mostre evolução, que mostre bom senso, que mostre que suas palavras educadoras foram aceitas, ouvidas e postas em prática.

Sim, elas te esperam para o abraço, para a conversa, para o conselho que precisam. Elas sempre têm tempo! Isto as dignifica e agrada. 

Sim, elas largam tudo, a hora que for, para te ajudar, te ouvir e te acolher.

E com tudo isso, ainda escutam palavras duras, são esquecidas, abandonadas ou desrespeitadas.

Carregam dores, mas são alegres.

Carregam mágoas, mas são fortes.

Carregam o silêncio sufocante, com vontade de falar tudo que pensam, mas se contém, porque têm medo de perder, de ser isolada, de ser infeliz.

Seus desejos evaporam para trocar por algo que você precise.

Essa ligação é amor puro, mas cheia de incompreensão. E você só se dá conta quando o vazio preenche o espaço que ela ocupava.

Sim, ela viveu para ver você viver! Fez tudo para que você tivesse o melhor que ela conseguiria te dar.

E a imperfeição que vê nela é o que ela não conseguiu aprender pela própria vida que teve. Não a julgue, mas oriente. Seja mais que um filho para esta mãe. Seja a luz brilhando no caminho dela. E ambos terão aprendido a SER...juntos!

NAMASTÊ 

ANÁLISE DA VIDA AQUI E AGORA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Será que no mundo todos enxergam a mesma realidade? Acho que não, caso contrário não existiriam tantas opiniões. Seriam estas diferentes realidades partes de uma estrutura indefinida, que ora se encaixam, ora não se encaixam numa matrix caótica e totalmente desconhecida?

Parece muito confuso, mas tudo que conheci de mundo parece estar aos poucos desmoronando e deixando cacos num caminho que está se estreitando para alguns. Esses ainda têm esperança de encontrar a saída para tantos questionamentos e vagas percepções do que poderia se transformar o mundo num lugar definitivamente habitável.

Vejo triângulos tentando se encaixar nos círculos, quadrados tentando ser retângulos e uma mistura de formas indefinidas nascendo, modificando a padronização que outrora parecia ser simples. Enquanto uns ainda fingem não perceber, outros se aproveitam para abraçar uma parte que vêem disponível e alargam a confusão sobre quem somos nós.

Sobrecarregados com tanta informação, real ou não, a mente humana está cada vez mais confusa sobre o que e como fazer para ser feliz, sem que precise transformar-se num ser sem ideais ou sonhos. O dia a dia atribulado tira a consciência sobre nossas vontades, focando apenas nas necessidades imediatas.

Para ainda vivermos com esperança de passar por uma vida imaginada como satisfatória, temos que definir tempo de lazer e beleza interior, contato com os que amamos e liberar de nosso coração os sentimentos reprimidos. Precisamos voltar à nossa essência e regar esta existência para não deixar morrer o que nos faz realmente viver: uma mente sã, num corpo feliz!

NAMASTÊ 

COMPREENDENDO AS MÃES

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Talvez ser mãe seja a tarefa mais difícil e incompreendida que um ser humano tem a fazer. Obviamente, julgá-las é fácil, pois vivem entre a loucura e a sanidade. É devido seu tipo, sua educação, sua maneira de viver e enxergar a vida que se transformam em preocupadas, desligadas, ausentes, indiscretas, rudes, amorosas em excesso e tantos outros adjetivos. 

Elas podem ser tudo em uma só, conforme a necessidade de proteger ou até destruir a prole. Medir o sentimento de uma mulher que seja mãe, não só por ter parido, mas porque seu coração é repleto de amor, é praticamente impossível. Elas sufocam, constrangem, são impulsivas, se humilham, são lutadoras, não desistem, são buscadoras e mais que tudo, sofrem, além de toda felicidade que tem dentro de si.

Sofrem porque passam por diversas fases na vida, onde precisam aprender a libertar, a entender que o que veio de dentro, agora é do mundo. Esse desligamento é dolorido, mas extremamente necessário, tanto para elas, quanto para os filhos. O que não compreendem é que mesmo distante nunca perdem o trono. Porém, agora ficam mais como observadoras, conselheiras e acolhedoras, do que educadoras.

Sofrem, porque ainda vêem nos filhos adultos e maduros, seus bebês. Mas agora, sem a faculdade de ordenar e exigir. Sofrem, porque com o tempo, sentem-se amputadas e ainda dividem essa parte com outra pessoa nas suas vidas. Sofrem, quando todas as suas palavras não são ouvidas e suas orientações são esquecidas ou trocadas, porque seus filhos  pensam que dar ouvidos a estranhos são qualificadores de sucesso na sociedade. Não porque que elas sejam donas da razão, mas porque não querem vê-los sofrer.

Sofrem por si mesmas, quando a incerteza sobre como educar e agir torna-se complicado e arriscado. Sofrem, quando seu amor é desdenhado e os abraços deixados de lado. Elas amam estar presentes nas festas do jardim de infância até à formatura. Para elas só existe uma criança no meio de tantas. Tem orgulho em ver o desabrochar da filha, ensinar tudo que aprendeu e ajeitá-la para seus momentos inesquecíveis. Se emociona ao ver o filho no primeiro emprego, encontrando sua companheira e o levando ao altar agarrada em seu braço, desfilando orgulhosa.

Todos têm mãe! Gostem ou não, conheçam ou não, respeitem ou não, elas cederam um espaço de suas vidas para que tivesse a oportunidade de estar no mundo. Sim, elas são o retrato que não desbota e a pedra no sapato quando queremos liberdade. Elas choram em silêncio e são obrigadas a maquiar as lágrimas para não criarem dramas. Elas seguram as rédeas e às vezes, demonstram fragilidade mal interpretada. Mas são mães!

E mãe é o inexplicável, o segredo espiritual, a crise com boa intenção, o cansaço e o esgotamento. Nem sempre as histórias têm um feliz feliz. Algumas deixam de existir em vida ainda para seus filhos, porque se tornam um peso. Outras são valorizadas até que suas almas se elevem. Talvez a questão não é ser mãe, mas ser filhos desta mãe. Lembrando que as mães também são filhos e que o melhor aprendizado vem do que vivenciamos na própria família. Portanto, compreender toda uma vida, talvez nem Freud tenha tido a capacidade de versar corretamente.

NAMASTÊ 

LIBERTANDO O TÓXICO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

A dificuldade na própria transformação não está somente no esforço e dedicação que se faz trabalhando vários sentimentos que temos, mas também em lidar com pessoas que, incompreensivas, insistem em nos julgar ou retrotrair. A dor de viver constantemente sentenciado ao passado parece um algoz numa dimensão temporal.

Por mais que nos esforcemos em mudar o que não mais achamos necessário e até correto para uma vida mais leve, convivemos numa sociedade que, ou não tem interesse ainda no processo, ou apenas não se empenha por vários motivos. Mas, não duvidar de nossa própria potencialidade e insistir na metamorfose nos faz existir de forma mais relevante, nem que seja para nós mesmos.

Com esse trabalho árduo, mudamos formas de agir e pensar, volume de voz e posturas perante os problemas que surgem. É bom lembrar que, mesmo no trabalho da alma, eles ainda existirão, cabendo a nós o discernimento correto para agir. E, se vencemos o momento, a sensação de libertação é tão poderosa que age em prol de nossa saúde mental e física. Todo o processo envolve muito equilíbrio e eliminação de pensamentos tóxicos.

Temos ainda que lidar com toda energia vinda ao nosso encontro, muitas vezes imperceptíveis e cheias de sentimentos negativos, baixando nosso vigor. E até nos darmos conta, entramos num processo depressivo, ansioso e irritante. Por isso, a constância na busca de aprender, nos reciclar e nos observar é de extrema importância e necessidade. É como estar na floresta sozinhos e atentos aos barulhos que nos cercam.

Se tivéssemos esse conhecimento desde pequenos, talvez o mundo fosse diferente. Infelizmente, cada um tem o dever de escolher como quer viver. Mas a vontade, que chega a criar um fogo interno, nos traz a consciência de pegarmos estradas de sabedoria que combinam melhor conosco para não desistirmos desse lindo trabalho de espírito. E, mesmo com toda turbulência, podemos voar seguros se nos equiparmos com o necessário.

Quando queremos realmente, não desistimos! Quando se chega num determinado ponto de vislumbre, não se volta atrás! Esta é a melhor parte da história: a consciência transformada, a alma leve e as atitudes inesperadas. E isto é maravilhoso, pois quem não entende ou enxerga vai ter seu momento de lidar com isto, agora sozinho, se pretende melhorar a própria vida.

NAMASTÊ 

MENSAGEM INACESSÍVEL?

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Nunca me aconteceu isso...! Madrugada passada "sonhei"(?) ou mentalizei um texto sobre mães. Sabia que teria que escrever as frases que vinham como loucas na minha cabeça. Pensava em pegar uma caneta e escrever, mas a preguiça e o sono não deixaram. É uma pena, pois sei que eram lindas e importantes frases que estavam na minha mente.

Essas coisas são estranhas, como se estivéssemos acordados, mas estamos dormindo. Acredito que o corpo astral estava mais atarefado que o físico. Não sei explicar isto, mas lamento ter esquecido completamente o texto. Agora estou incomodada por ter sido preguiçosa.

Não estou tendo muita intuição ultimamente sobre textos. Meus sonhos estão sendo muito reais. Acredito que algum tipo de mudança ou necessidade de reformular algo em minha vida está acontecendo. Me sinto diferente em alguns aspectos. Não é ruim, mas desafiador para quem sempre teve em mente certos padrões familiares. 

Sei que os sonhos são mais do que mensagens mentais, porque acredito que nossa consciência está além da estrutura cerebral. A dúvida sempre é mais dolorosa e incômoda do que ter certeza sobre os fatos. Só quero registrar que entendo e sei que estou pronta para receber o que quer que a espiritualidade esteja querendo me dizer. 

NAMASTÊ 

ALGEMAS EMOCIONAIS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Por mais que nos sintamos livres, ainda estamos presos. Presos aos próprios sentimentos que dirigem a gente sem nenhuma cerimônia. Quando nos achamos no controle, eles nos lembram que o contexto abrange bem mais do que um simples sentir.

Há muita energia nos atacando como lobos espreitando ovelhas, sem nenhuma piedade. Inocentemente, ao nos desligarmos do perigo e nos distrairmos, algo nos surpreende e tira de nós o sossego. Dependendo do grau do episódio, desmoronamos em partes ou totalmente. E nossa tal liberdade se vê aprisionada em dúvidas, medos ou frustrações.

Se formos bons construtores e tivermos força e energia, nos dispomos a nos reerguer. Não aceitando derrotas, buscaremos caminhos que nos entreguem novamente belas paisagens e opções para decorar a alma. Isto se chama aprendizado! Alguns se submetem à derrota e deixam que os entulhos se amontoem, criando teias e muita sujeira, até que não conseguem mais suportar o peso.

Temos as chaves das algemas que nos  aprisionam às escolhas e aos sentimentos. Temos também opções variadas para, ao menos, nos conduzir a melhores condições de vida, ajudando o emocional a ser mais livre. Não é de um dia para outro, nem em um estalar de dedos que a luz no fim do túnel aparece. Tudo precisa de um esforço interior, mostrando a nós mesmos quem comanda o que.

Mesmo assim, quando nos sentimos seguros e estáveis, precisamos lembrar dos lobos na pradaria e permanecermos alertas. Por isso, ser livre é difícil, mas não impossível. Lobos também descansam e adoecem. Alimentar nosso espírito de bons pensamentos, palavras cheias de positividade e crer em nossa força,  certamente são meios de chegar onde sonhamos: ter paz!

As chaves que abrem algemas são nosso grande esforço para sermos felizes, mesmo que tenhamos que enfrentar matilhas famintas pela nossa luz. E quanto mais brilharmos, mais ofuscaremos os olhos dos que insistem em nos perseguir, seja por pensamentos ou pela energia que emanam. Acreditemos na nossa força e vontade de ser livres, nos dispondo a buscar chaves que aumentem essa chance e teremos uma vida melhor.

NAMASTÊ 

EXISTIR EM PEDAÇOS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Assim como existem pessoas que só ao pensar em nós sentem aversão, raiva ou desprezo, também existem aquelas que o coração transborda, o sorriso da alma aparece e a mente envia o carinho. Sim, saibam que agradar a todos é impossível! Mas se causarmos empatias em certas pessoas durante toda a vida, esta forma de energia é um pedacinho de nós guardado dentro delas.

Fazemos o mesmo levando conosco belas lembranças que tivemos com alguém, sejam por minutos, sejam por longos anos. Essas lembranças são nectares essenciais para a mente, que ao revê-las nos dão a sensação de prazer e felicidade. É interessante notar que os lábios podem nem se mexer, mas o sorriso vem da alma e os olhos brilham.

Cada um que lembra de nós com ternura tem um pedaço de nós guardado com ele. E nestas lembranças existimos além de fronteiras em pequenos pedaços. Podemos saber que estes fragmentos ora são acariciados através das fotos, ora são abençoados por uma oração. Cada um que lembra de nós com carinho emana um fluido espiritual que nos atinge, aumentando nossa força e protegendo de alguma forma. Daí a importância de criarmos empatia e sermos pessoas gentis.

Nossos pedacinhos estão por toda parte, desde a infância até os dias atuais. Ao viver, vamos entregando  aos outros um pouquinho de nós e recebendo um pouquinho das pessoas, tanto de bom, quanto de ruim. E lembranças são difíceis de apagar, portanto precisa esforço e crescimento espiritual para apagar o que nos incomoda. 

Construir uma vida mais leve, significa não absorver tanta raiva ou não ficar com pedaços desnecessários, preenchendo espaços na mente com alegrias e bons ensinamentos. Mesmo assim, a mente sempre estará manifestando sentimentos e boicotando nossa paz. Por isso, é preciso ter planos para exercer mais atividades benéficas e não ficar presos naquilo que nos destrói emocionalmente. 

Em homenagem aos pedacinhos de gente bela e dos bons momentos que tivemos com elas, façamos hoje uma oração ou enviemos uma linda luz rosa do amor incondicional para todas que nos fizeram sorrir e sermos felizes de alguma forma. Isto criará, com certeza, um vai e vem de amor e afetará todo o planeta. E nos beneficiaremos disso!

NAMASTÊ 

DEFEITOS OU INCOMPREENSÕES?

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Desde muito jovem fui organizada demais. Tenho minhas coisas sempre em ordem, gavetas, armários e até ferramentas. Aprendi muito cedo e com muito rigor a ser responsável e ordeira e, não sei se por algum tipo de  transtorno ou loucura, não gosto de ver as coisas, sem explicação plausível, fora de seu devido lugar. Se você acha isso correto e bom está pensando como eu pensei a vida toda. O problema é que esta neura extrapolou os limites admissíveis do bom senso e somente agora, com 63 anos, depois de ouvir algumas verdades, tomei consciência do meu grau de invasão. 

Pensando unicamente em ajudar as pessoas, porque via que elas estavam sem tempo, ou porque queria ser gentil de alguma forma, comecei a ajeitar a vida delas, mudando suas coisas dentro dos armários, geladeiras, guarda-roupas e até os móveis de lugar, se me chamavam para ajudar na limpeza. Sempre tive facilidade em decorar e tornar as coisas mais acessíveis e metodicamente organizadas, e me empolgava ao ver que podia dar um jeito para facilitar a vida de alguém.

Acontece que de alguma forma eu queria colocar o mundo em ordem. Não o meu mundo, mas o de todos.  E a ficha de que eu era intrometida e desrespeitosa caiu quando comecei a receber flechas duras e certeiras no meu coração. Achando que eu estava sendo útil e prestativa, não entendia que estava incomodando e abusando da liberdade de estar na casa ou escritório delas. Ao meditar, ouvi uma voz dizendo "cuide da sua vida e deixe que elas cuidem da delas"!  Mesmo tentando me desculpar com minha própria consciência dizendo que o que fazia era para ajudar, entendi através da dor que estava mais do que na hora de eu olhar para dentro do meu limite e cuidar da minha própria vida e das minhas gavetas, pias, armários e móveis.

Cada pessoa tem um jeito de viver em seu ninho. Uns gostam de preto, outros do branco, uns de água e sabão, outros de desinfetantes. Uns misturam panos de limpeza com os de louça e uns encontram suas peças íntimas uma em cada gaveta. Mas é assim que elas se encontram! Vivem bem nas suas próprias desordens. Não sou melhor que elas porque tenho mania de organizar. A vida me ensinou a ser assim e talvez, por ser mística, sempre penso que a energia flui melhor quando a ordem é estabelecida. 

Só que eu estava desorganizando o que achava desorganizado, para alguém que acha correta a sua forma de organizar. Não sei se entenderam isso, mas depois de tanto pensar, consegui perceber que no templo de cada um, se reza para o santo que está no altar. E se não concorda com o santo, vira-se as costas e sai do templo. Minha mania de dizer " fica melhor assim"  só estava me afastando das pessoas que amo. E eu, na minha soberba, achava que o meu "jeitinho" deixaria as pessoas gratas pela força e ajuda. Mal sabia eu que elas estavam me enviando tanta energia ruim de raiva e antipatia pelas minhas atitudes, que sem me dar conta eu tinha baixas de disposição, sentia tristeza e depressão.

Percebi também que algumas preferem pagar para alguém colocar suas vidas no lugar e, se alguém estranho resolver deixar as coisas diferentes, elas aceitarão com naturalidade e ainda elogiarão. Porque pagar parece ser uma forma suave de dizer a si mesmo que concorda com as mudanças. A compreensão de tudo isso nos faz enxergar um outro lado da vida que estávamos deixando de lado: o nosso próprio! Deixando de nos preocupar com a grama do vizinho, temos mais tempo para plantar novidades no nosso jardim. E preenchemos esse tempo que gastamos pensando em como melhorar nossas vidas com atividades que as deixarão mais interessantes e proveitosas. 

Li algo sobre "como ajudar alguém acaba terminando em rancor". Na primeira vez te agradecem, na segunda talvez, na terceira se acostumam e daí para frente, se dizemos não, viram a cara. No caso do texto, talvez as pessoas precisem se livrar de nós para viverem felizes e nós do peso que colocamos nas costas e que, na verdade, são delas e que têm que carregar. Só assim teremos uma vida mais leve. Cada um é responsável pela forma com que tem para fornecer a si mesmo prazer, tempo e vontade de viver. Precisamos realmente entender cada mundo e ao adentrá-lo ser apenas observadores, até que nos seja pedido uma sugestão. No mais, se fingir de morto!

Quero sinceramente me desculpar a todos que, sem intenção, atrasei suas vidas, estimulei seu sentimento de raiva e transformei seus corações. Porque estou num processo de compreensão e libertação, buscando com cada manifestação sincera ser melhor e aprender. Trago ainda traços de uma infância a qual precisei ser assim e achava que o mundo todo ao meu redor precisava ser organizado, talvez para ainda agradar. É do meu mundo que preciso cuidar e ter orgulho. Gratidão por cada pessoa que está abrindo meus olhos e me fazendo ver um lado que estava obscuro, mas que está se iluminando. Nem todos conseguem enxergar uma dádiva nas atitudes contrárias ao que recebem. Tenham paciência comigo, por favor! E, se precisarem, estarei aqui pronta aos "nãos, talvez ou me ajude".

P.S.  Pode demorar ou ser imediata a aprendizagem, mas se estivermos com a mente aberta e o coração disposto a aceitar, a transformação será visível. Acredite!  "Perdoai minhas ofensas, assim como perdôo a mim e a todos! "

NAMASTÊ 

CONTEMPLAÇÃO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Hoje, ao meditar perto da lagoa, no meio da floresta Amazônica, resolvi contemplar a vida. O sol brilhava forte entre os galhos das árvores, refletindo sua beleza nas marolinhas do lago. Foi nessa hora que fiz uma comparação interessante entre o céu e a terra (ou água, mais especificamente).

Eram tantos reflexos da luz do sol na água que me lembrou um céu estrelado. A diferença era o espaço/tempo. Percebi então como não nos damos conta da beleza ao nosso redor, ou porque nos acostumamos com ela, ou porque simplesmente ignoramos. De repente, um vento forte soprou e muitas folhas amareladas deitaram-se suavemente na água, como pequenos barquinhos de papel. Uma simples meditação se transformava em magia!

Percebi que o universo, as energias, Deus, ou seja lá o que for e que estiver além da nossa capacidade de compreensão, estão sempre prontos a abrir nossos olhos e nos mostrar que a vida é um santuário. Podemos apenas passar por ele ou fazer dele o que de melhor conseguirmos, não para tirar vantagem, mas para emergir de um sonho profundo e alcançar o desconhecido, conquistando a sabedoria espiritual.

Continuei na contemplação da floresta, observando a diversidade das plantas e me dei conta de que as pessoas também são assim, não só nas aparências, mas na forma de pensar, de enxergar o mundo e de como tratar a si mesmas e aos outros. Não há muito o que se fazer quando a consciência não é estimulada no âmbito espiritual. Alguns apenas passam pela vida como obrigação, enquanto outros alimentam um pouco de esperança em aprender além do cotidiano, criando bagagens e se transformando.

Hoje também, o jacaré não desfilou em minha frente, mas eu sei que ele estava ali perto. E talvez seja isso! Talvez precisemos ter consciência de que mesmo não vendo, as coisas estão por aí, dentro ou fora de nós. Mesmo não falando a mesma língua ou sendo da mesma espécie, podemos interagir, respeitar e aprender. E, se  tivermos paciência para ouvir o próprio coração, quem sabe ouviremos palavras que jamais imaginamos. Ajudaremos assim essa mente barulhenta e confusa a ter decisões melhores. Isto fará uma enorme diferença em nossa transformação, se é que queremos que nossa vida tenha algum significado além do material.

E, como tudo que nos inspira também tem hora para acabar, a mata silenciou de repente. Nem sons de pássaros, nem do vento batendo nas folhas. Foi ai que mais uma vez aprendi que minha contemplação tinha chegado ao fim. Pelo menos hoje, pois estarei sempre aberta a enxergar além das cortinas transparentes de meus olhos.

NAMASTÊ 

AS DESCULPAS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Já repararam como nos agarramos em desculpas quando não queremos fazer algo, mas não estamos a fim de desapontar alguém? E isto parece ser  costume do país, já que por exemplo na  Alemanha, as pessoas dizem "não" sem nenhum problema e são respeitadas, sem causar alvoroço ou cobranças, segundo meu afilhado que mora lá.

A tendência é se ofender quando alguém diz que não pode ou não vai e, normalmente, vem uma enorme história do por quê. Tudo isso é mais estressante do que um simples não, ser aceito com respeito. Contudo, alguns já pensam em como irão dar o troco para aquela negação ou desculpa e as relações vão se perdendo.

O mesmo acontece nos relacionamentos amorosos, quando de repente as desculpas começam a ficar mais frequentes do que se espera, culminando desconfiança e raiva. Não é mais fácil dizer "deixei de gostar de você e vou seguir adiante"? Isso só mostra o quanto as pessoas têm medo da sinceridade e o quanto precisamos trabalhar os dois lados da moeda: o de dizer o que sentimos genuinamente e o de pararmos de exigir as coisas, achando que os outros tem que viver segundo nossas expectativas.

O estresse vem quando cada um precisa explicar nos mínimos detalhes sua ausência e seus nãos. A verdade é que os por quês de cobranças deveriam ser mais restritos para deixar todos mais à vontade e quem sabe isto alcançaria resultados mais animadores numa próxima ocasião. Em alguns casos, a preocupação é relevante quando sentimos que algo não está bem. Mas, novamente, respeitar o outro, se colocando à disposição para uma ajuda, caso necessário.

Dito isso, precisamos lembrar que as pessoas têm direito de escolhas e que nem sempre estão disponíveis tanto no humor, como em compartilhar algo. Não é por isso que não simpatizam conosco, mas apenas um momento de "agora não"! Enfim, talvez o ser humano comece a entender que nem todos estão na mesma energia e precisam do seu tempo e do seu momento para se compreender ou apenas realizar seus próprios projetos. Vale a pena ser amável e parar de exigir o que nem nós queremos para nós: alguém ditando regras nas nossas vidas.

NAMASTÊ 

ESTIMULE-SE!

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

 Se esforce um pouco mais! Você tem uma força adormecida, pronta a ser despertada. Não desista de você, de seus sonhos, da sua libertação.

Abra bem seus olhos! Tem muita beleza ao seu redor e você só está vendo o cotidiano. Mude sua direção e descubra novidades que trarão idéias para um novo começo.

Saia da toca! É bem verdade que o outono estimula o corpo a se aconchegar, mas não deixe de viver, de realizar.

Se comunique! Trocar opiniões, ouvir, aprender e ensinar, acorda o cérebro e este exercício é importante para deixá-lo funcionando. Não se cale!

Use você! Suas pernas, seus braços e mãos, seus olhos, ouvidos e boca, sua mente e coração! Seja completo! Caminhe, abrace, cumprimente. Veja, ouça e fale algo que anime ou estimule alguém. Elogie!

Se hoje estiver impotente, apenas respire profundamente! Sinta as batidas do seu coração e perceba seu corpo. Se ame! Dê amor a cada célula, afinal, é você!

Hoje pode ser difícil, mas nada é eterno além do espírito. E ele habita em ti. Há algo dentro de nós que só o amor próprio acende. E quando acende, a gente se ilumina, se conscientiza e muda. E mudanças são libertadoras! Basta  parar de nos boicotar com palavras que não ajudam o cérebro  a mudar o padrão energético de nossas vidas.

Só temos uma oportunidade! Ou usamos todas as ferramentas disponíveis, ou nos deixamos falecer ainda vivos. Escolhas!

NAMASTÊ 

OS GRITOS DO SILÊNCIO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA) 

Não nos damos conta de quantos gritos de socorro estão ao nosso redor, silenciosos, cheios de medo e orgulho. Nem imaginamos quantos esperam uma oportunidade onde podem encontrar uma brecha na sociedade fria e egoísta para falar com alguém sobre suas dores. Todos passam por problemas, mas nem todos esses problemas se solucionam sem uma orientação ou um ombro amigo.

E, quando encontramos pessoas disponíveis, com olhar de ternura e prontas a nos escutar, a vida parece florescer. É como se regássemos o jardim e tudo ficasse mais colorido! Existem essas oportunidades e só quem se prontifica a aceitá-las e abrir seu coração consegue se beneficiar. 

Porém, se olharmos para nós mesmos saberemos quantas desculpas inventamos para não ir em busca da vida. Deus abre as portas e nos convida para um mundo incrível e bom, mas insistimos nas mesmas desculpas de cansaço, desânimo, obrigações e doenças. Sabemos exatamente quando isso é real ou apenas subterfúgios. Querer ser feliz e conseguir é para alguns um medo indecifrável, já que se acostumaram a sofrer. E o sofrimento pode chamar a atenção dos outros, até que não chama mais, porque os outros também querem encontrar sua própria felicidade e o relógio está fazendo tic-tac.

Quando nos propomos a olhar o mundo, descobrimos que o mundo olha para nós. Quando buscamos amigos, encontramos quem precisa de um. Quando sorrimos, puxamos outros sorrisos e quando ouvimos, entendemos que nossa dor também tem cura. Então por que nos escondermos atrás de portas e janelas, de desculpas e medos, se não fomos feitos para viver num vaso, plantados e sem a rega necessária?

Mesmo que sozinhos, a vida está pulsando e sua respiração é forte o suficiente para nos sacudir. Só precisamos de coragem e abrir os olhos. Dar o primeiro passo pode ser desafiador, mas como num jogo, cada vez que jogamos o dado, andamos algumas casas. E não importa quem está na frente ou atrás, porque neste jogo só existe a nossa corrida em alcançar o tempo que está disponível. A meta é sempre sobre nós e como andamos até a faixa de chegada. 

Escutemos os gritos através de nossa percepção e intuição e encontraremos a sintonia certa para criar uma harmonia perfeita na música de nossas vidas. Pois cada um sabe bem em qual orquestra seu coração vibra melhor. Dar-nos a chance de nos libertar e nos transformar é um grande presente para a alma. Temos apenas que usar as ferramentas soltas pelo mundo, mas que só encontraremos quando sairmos do ninho e nos aventurarmos.

NAMASTÊ