Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)
Tem dias que a solidão bate mais forte. Não porque se está sozinho, pois quanto a isso, já nos acostumamos e até que é bom. O que aperta é saber que temos pessoas, família, amigos, mas eles estão cada vez mais distantes, isolados em seus mundos.
A sensação é de que não valemos a pena para uma conversa, uma visita, um olhar. Que somos lembrados quando a necessidade aparece de repente, ou somos a única saída para a vida deles. Chego a pensar que ter dinheiro é o foco do mundo e que uma simples tarde de bate papo não pode ser disperdiçada, senão perdemos a moeda.
Se você não tem o dinheiro, não te convidam para nada, pois somos um fardo. Se tem dinheiro, tudo que consegue são pessoas dispostas a te sugar. Se estou sendo injusta? É melhor pensar sobre como reage às pessoas com poucos recursos.
Mas o triste, o que dói de verdade é quando encontramos uma pessoa que te faz bem, te alegra, te faz rir e que faz você lutar pela vida, mas ela é parte das estrelas, ainda inalcansável, tendo que esperar até que minhas mãos um dia não precisem de tanto esforço para tê-la comigo. Talvez eu não tenha esse tempo, mesmo assim rezo e torço pela alma florida que Deus colocou em meu caminho, para que brilhe neste mundo e seja feliz.
Entender nossa vida é um duro exercício. Tentamos fazer o melhor, mas esse é o nosso jeito de ver as coisas. Nesse nosso melhor, prejudicamos, magoamos, traumatizamos e até criamos monstros desajustados, tudo com a desculpa de que nos esforçamos e buscamos o correto. E depois temos que lidar com nossos próprios monstros. As pessoas são estranhas, os relacionamentos são instáveis demais para sorrirmos toda hora.
Por mais que se busque a paz e a felicidade, nossos caminhos tem pedras que machucam, tem momentos de surpresas e frustrações e ainda assim temos que sorrir para continuar vencendo cada batalha. Se buscamos o equilíbrio, tem muitos que fazem questão de nos dar um empurrão. Ainda não entendi alguns humores e atitudes, que se mascaram conforme o momento e as pessoas que estão ao redor. Resumindo, é muita mentira ou falsidade e somos pesos que alguns suportam para seus oportunismos.
Mas enfim, não sabemos a hora de partir e lamento que essa hora seja a única que reúne as pessoas, mesmo aquelas que nunca mais nos contataram. Lá estarão elas para "se despedir" de alguém que elas nem lembravam. E também estarão lá os que nos amaram, mas também nos entristeceram, fizeram chorar e magoaram. Somos assim! Seres não lapidados, mas que tem valor. Acontece que o valor real só é visto e reconhecido quando deixamos o cristal para nos transformarmos em luz.
NAMASTÊ
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