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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

domingo, 30 de agosto de 2020

A SOLIDÃO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)



Quem vive só tem mais tempo para pensar, sem ser interrompido. Com isto, os devaneios são muitos e longos. Cada detalhe é explorado, cada lembrança minimalizada.

Quando algo acontece, seja bom ou não, a análise é mais profunda do que aquele que vive com outras pessoas, pela simples razão de que o cérebro trabalha sem ser interrompido . Isso acaba por tomar proporções maiores do que talvez seja saudável. E chega um determinado momento que se precisa desabafar com alguém e quem sabe, ter uma outra opinião.

Sei de pessoas que adorariam viver sozinhas, porque reclamam da falta de paz. Realmente, há muita paz no isolamento. Mas às vezes queremos um pouco de ação. A vida pede novidades.

Nesta condição de solidão, parece que a mente e ouvidos ficam mais aguçados, principalmente se o solitário for uma pessoa centrada, sem vícios e que goste de organizar sua vida. Daí, ficam incomodadas rapidamente quando se encontram em locais de muito agito, principalmente se já passaram da época das festas e bares.

Essas pessoas desenvolvem o egoísmo, a impaciência e intolerância muito fácil, devido ao costume de ter suas vidas sob controle. Quando se vêem com críticas ou diferentes idéias sobre algo que acham ter domínio, ficam irritadas. Talvez não demonstrem, mas sempre há um suspiro de alívio ao se verem novamente sós.

Por focarem a atenção em si mesmos na maior parte do tempo, exercem automaticamente o autoconhecimento. Suas manias são evidentes e, com o passar do tempo, fica mais difícil querer repartir moradia com alguém. No mínimo, a escolha tem que ser muito determinada e analisada.

Não é que essas pessoas não gostem de se relacionar. É que quando se encontra um lugar onde podemos fechar os olhos e simplesmente sentir a nós mesmos, sem intercessão de sons, não queremos mais perder esse território que tem nosso cheiro, nossa marca e nossa vontade. A liberdade de expressar sentimentos sem dar explicação é anestésica para a alma.

A vida solitária é difícil até certo ponto, mas prazerosa em outro. O problema está em saber equilibrar seu mundo com o mundo ao seu redor. Como vivemos num planeta com bilhões de pessoas, a solidão é, até certo ponto, fictícia. Quanto mais vamos espremendo nosso ambiente e habitat, chegaremos num momento em que todos podemos nos sentir presos em nossa solidão, junto com angustiantes traumas e erros. 


Alguns lidam bem, outros entram em pânico. Talvez esses, ainda precisem trabalhar suas próprias interrogações sobre como viver sem precisar da ajuda de outros. Mas a pressão que sofremos é a de ter que nos relacionar, já que alguém determinou que essa é a vida ideal ou correta.

Enfim, a solidão é um assunto bem debatido, onde alguns amam e outros odeiam, como diversas coisas no universo. Mas podemos nos acostumar à ela, ou ela a nós. Lembrando que existe diferença entre ser só e estar só.  Leia meu texto sobre isso, digitando no local de busca na página do blog. 

NAMASTÊ 

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

O DESPERTAR NO PROCESSO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)




É estranho como mudamos diante das adversidades da vida. Estamos quase a sete meses desde o anúncio do vírus que mudou a Terra. Mas será que as pessoas já tem uma nova consciência sobre vida, planeta e comunidade?

A história tem que ser registrada, pois é um acontecimento mundial que mudou e levou milhares de vidas. Pensamos que as circunstâncias fariam alterar estilos, opiniões e costumes. O início foi caótico, cheio de mensagens inspiradoras e de coragem, confusão, medo, incertezas. Mas tudo começou a se encaixar numa nova rotina que só o tempo é capaz de nos fazer aceitar.

Se você é como eu que pensa muito na vida terrena e no que podemos tirar de aprendizado diante de imprevistos, talvez já tenha notado alterações em alguns setores da sua vida. Neste pouco tempo, admirei-me com quantas pessoas, por motivos diversos, acabaram por sair da minha. Devido ao isolamento, não fiz novos amigos. Talvez alguns tenham feito através de vídeos e aulas pela internet, mas não tenho paciência para este tipo de evento.

Comecei a pensar se estamos num ciclo de desapego de diversas coisas: pessoas, empregos, futilidades e outras que talvez não fossem tão significativas. Parece que quem tem que ficar sempre lembra da gente de alguma forma. Seria algum tipo de valorização às pessoas que merecem?

É importante tirar proveito e lições de todo o processo. Percebo mudanças maravilhosas dentro de alguns lares, aflorando o lado espiritual. Sei que há um grande motivo para isso. Está escrito nas estrelas. Com o tempo menos congestionado, há quem olhe para dentro de si e queira se reconstruir de dentro para fora. E isso é o desabrochar.

Particularmente, estou aprendendo a transmutar pensamentos do passado. Mas além de difícil, expurgar alguns sentimentos tem sido minha meta. É algo que, indiscutivelmente, nos faz crescer, não para os outros, mas para nossa própria liberdade. O isolamento solitário é por um lado mais fácil, pois não precisamos discutir ou treinar paciência. Mas por outro, ficamos à mercê do egoísmo e da falta de compartilhar. Todos têm suas missões a transcorrer.

Se está lendo este texto, como forma de entender toda essa marcha da humanidade, peço que escreva nos comentários sua experiência durante esse retiro. Será interessante para todos perceberem as mudanças ao seu redor. Poderá ajudar a nos esforçarmos mais e chegarmos numa elevação da consciência crística que tanto precisamos. Tenho certeza que você foi tocado em algum fragmento da sua vida.

Para mim, sinto o desapego e a purificação de alguns sentimentos. E parece que não precisamos ter medo desse processo, apenas observar e seguir adiante com o coração. O que virá para cada ser, ninguém sabe.

NAMASTÊ

P.S. quando quiser deixar seu comentário, deve entrar pela internet e não pelo whats. Lá conseguirá escrever.


domingo, 23 de agosto de 2020

SOMOS FIOS

Autora: Josianne L.Amend ( JosiLuA)




A vida nos dá presentes e nos tira presenças. Traz pessoas boas e ruins. Nos faz encarar nossos medos e os próprios defeitos.

Somos colocados no rumo de desconhecidos e obrigados a decifrar seus propósitos e pensamentos para nos proteger. É um círculo de provações, aprendizados e ensinamentos. 


Por mais insignificantes que nos achemos, ainda assim temos o que oferecer e ensinar. Somos um portal imantado de energia que absorvemos e liberamos a cada passo, palavra e pensamento.
Prejudicamos com ou sem intenção, apenas com os julgamentos. Podemos ou não ampliar nossos trabalhos como seres divinos. 


Arregaçamos as mangas para lutar contra o mistério que nos engole e envolve num turbilhão de medo e ignorância. O prazer que sentimos em ajudar é equivalente ao orgasmo que esgota, mas alivia. 

Mas alguns não sabem usar essa força. Somos plenos e ao mesmo tempo vazios. Se contrariados, podemos nos mostrar primitivos, sem entender o que acontece com nosso cérebro e maturidade. Não há respostas sensatas. 

Mais e mais dúvidas brotam dos que se importam com a vida, o mundo e sua existência. Alguns simplesmente atrapalham o caminho de outros, pisando em seus pés, tirando seu equilíbrio, extirpando sua energia. Não se importam com o que retiram, apenas com sua própria individualidade, bastando colocarem seus atos às vistas de elogios. Parecem vampiros necessitando de sangue.

É uma guerra com dia e hora para acabar nesta dimensão. Quem dera a ajuda chegasse na hora certa. A que nos abre a intuição, acolhe nos braços e nos alimenta de amor e compreensão. Seria maravilhoso ter sempre ouvidos com filtros, olhos que vislumbram energias e mentes capazes de eliminar toxinas.


Utopia ou não, continuamos na busca por algo incorpóreo, extasiante e que nos alimente de certezas. Porque uma vida é cheia de objetivos, onde deles levaremos somente o aprendizado. O resto, parece apenas um amontoado de opiniões, atos e demonstrações egoicas lutando para se posicionar. Até que tudo isso se transforme em pó e sobreviva apenas energia. 

Somos fios que se rompem deixando ligações bem feitas ou curto-circuitos. Depende de como lidamos com nossas próprias bagagens.

NAMASTÊ
 

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

A DIFÍCIL ARTE DO EQUILÍBRIO

Autora: Josianne L.Amend ( JosiLuA)





Hoje, ao meditar, senti uma transformação acontecendo dentro de mim. Algo que pode-se chamar de luz especial e necessária para este momento. Percebi que nos achamos preparados para exercer o amor quando persistimos nas diversas técnicas de autoconhecimento, mas que é bem mais complicado do que falar ou acender uma vela. Tem a ver com vivenciar realmente a transformação, mesmo com todas as contrariedades que acabam aparecendo. E como somos e temos contrariedades!

Pensamos ter as armas necessárias para não nos deixar afetar por pequenos problemas. Só que esquecemos quão complexos somos. E os outros também. Quanta carga de vida carregamos e como temos que acalmar pensamentos e corações nas horas em que somos cutucados com vara curta.

Uma das nossas metas é fazer com que nossa criança interior seja feliz, pois a importância da que foi preparada e amada é singular. Compreendi o quanto uma criança que foi esquecida, desmotivada ou sem carinho, pode nos transformar em um adulto carente, birrento e com auto estima baixa. E isso influencia demais nas decisões e atitudes que temos perante toda rota a percorrer. Mínimas coisas podem abalar e esquecemos tudo que buscamos na espiritualidade, deixando nossa energia escoar. Transformamo-nos em orgulho, raiva e teimosia. Sem perceber, isso nos afasta do mundo e incapacita de crescer, tanto financeira, quanto emocional e espiritualmente.

É uma droga, literalmente! Envenenamos a nós mesmos com esses sentimentos. E, ao invés de realizarmos as coisas de forma leve e caprichosa, nos arrastamos por um dia cansativo e sem graça, sem energia. Isso não é viver, pois desmotiva, bloqueia energias e nos atola em terrenos desvigorantes.

A arte é encontrar o equilíbrio. Mas pensem na dificuldade disso! Pois nós podemos ser, mas encontrarmos alguém que esteja sem. Ou seja, alguém que ainda não sabe ou não quer pensar em modificar, em buscar sua espiritualidade e autoconhecimento. Temos que entender e lembrar que cada um tem seu momento e oportunidade para isso. Nem todos despertaram ainda. E, manter o nosso equilibrio é a pintura mais cara que existe. Quase impossível neste mundo de interações energéticas.

Não é somente sobre levantar uma bandeira branca para o inimigo, mas içá-la por nós e para nós. No que diz respeito, a paz deve ser criada no nosso mundo particular, bloqueando o terreno para o que este adversário queira nos enviar. Se ele não estiver preparado para a paz, esta energia fará parte dele e não nossa. Só assim iremos em frente com confiança de que podemos e merecemos o melhor. Uma forma de manter o equilíbrio ainda é o desligar através do aquietar a mente. Ou focar nos trabalhos a serem feitos para nossa ventura e prosperidade. E quando nos pegarmos pensando, dar ordens a nós mesmos realizando ou vendo coisas que transfiram nossa atenção.

Então hoje, espero ter compreendido que os laços podem ou não serem desfeitos nesta vida. Contudo, somos partes de Um e em algum momento teremos que nos apresentar para uma nova batalha, seja ela para assinar o tratado de paz, seja para nos ocupar-nos de como resolver a questão, sem machucarmos um elo do universo que, necessariamente se liga a outros elos, criando uma cadeia de tristeza e dor para muitos.


As escolhas fazem parte do nosso crescimento crístico. E temos a eternidade para evoluir ou estacionar. Quem resolve como e quando, somos nós.

NAMASTÊ 

terça-feira, 11 de agosto de 2020

A MISSÃO DE CADA UM

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)





Cada pessoa tem sua missão na Terra, onde se diferencia de outras pela sorte, pela saúde, pela inteligência, pelo dom de realizar, pela fala, pela escrita e assim vai.

E é por isso que o mundo é tão incrível. Quando a pessoa consegue se encaixar exatamente na função que lhe é devida pela própria identidade com sua vida, ela se realiza, mesmo que não tenha tudo que desejaria ter. Pelo simples fato de amar o seu papel, ela acaba alcançando patamares incríveis, que outras não conseguem. Sente-se feliz e realizada.

Mas o que será que essas pessoas tem de tão mágico que as outras não tem? Seriam bênçãos, carmas resolvidos ou ajuda especial de alguém? Talvez um pouco de tudo isso. Não significa que tenham um lugar de destaque para o universo, mas que elas, de certa forma, ou se esforçaram mais durante sua jornada, ou estão mais abertas às energias cósmicas.

Quando se esforçam, são pessoas interessadas, estudiosas, esforçadas e até corajosas no aspecto de enfrentarem desafios, pessoas e medos do desconhecido. Quando são abertas às energias, pendem para o lado místico, buscando estudos esotéricos, aprofundando-se em técnicas que podem mudar o campo vibratório ou energético de suas vidas, abrindo seus caminhos.

Mas existem as que passam a vida numa eterna busca e não encontram seu lugar. Talvez por algum desequilíbrio que precisem descobrir e "consertar" em suas vidas.

Isso é o que distingue as diversas pessoas na Terra: crenças, ceticismo, força, curiosidade, persistência e crença em si mesmos.

Sempre estamos nos perguntando por que alguém consegue e nós não. São esses fatores que precisamos analisar quão equilibrados estão em nós e a partir disto começar a caminhada da vida, focados na busca pela transformação. Não é tão fácil para quem já tem uma bagagem de decepções, mas persistência e métodos serão eficazes para chegar onde queremos.

Uma das grandes verdades é que existe uma comunicação energética entre tudo e todos. E precisamos encontrar nosso lugar. Aquele que nos sintoniza com pessoas e coisas. Caso contrário, estaremos à mercê de doenças como depressão, diabetes, pressão alta, etc. Pois esses males surgem quando estamos insatisfeitos com nossas vidas em algum setor. Esse sinal do corpo é importante para nos questionarmos sobre nossa felicidade.

Infelizmente, devido ao desequilíbrio ainda existente neste mundo, uns conseguem e outros continuarão tentando. Essa é a grande evolução a que devemos nos esforçar para chegar. O crescimento unificado, que tornará a Terra um paraíso. Para isso os trabalhos com alguns sentimentos ainda precisam ser mais enaltecidos. Quem sabe um deles seja nosso egoísmo em não querer que outros saibam tanto quanto nós,  por medo de perdermos nossa posição de respeito e idolatria.

NAMASTÊ





segunda-feira, 3 de agosto de 2020

SINTO FALTA

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)





Sinto falta do algo mais que parece ter sumido do coração das pessoas. Algo mais quente, mais intenso, mais envolvente.

Sinto falta do ridículo que emerge em gargalhadas e que é tão sem sentido, fazendo o corpo vibrar na alegria. O ridículo que deixa as pessoas mais leves. Leveza de quem não se importa, apenas flui.

Sinto falta do sincero que faz a alma aquecer. O sincero carinho, as sinceras atitudes. Não para satisfazer o próprio ego ou nos livrar da obrigação. Aquele sincero que nos submete ao acreditar que somos amados e realmente sabemos amar.

Sinto falta da atenção nos olhos e ouvidos. A atenção que envolve conversas instrutivas e que semeiam relações. Atenção que deixamos passar por preguiça ou medo do envolvimento vir a nos prender. Atenção às lições que ensinamos e aprendemos.

Sinto falta das amizades sinceras e duradouras. Aquelas que mesmo em contradição, tinham respeito pelas opiniões.  Não só amizades com pessoas novas para nós.  Mas a amizade entre familiares, que se reuniam para brindar a vida e rir juntos.

Sinto falta de lembranças que transportam a um mundo nostálgico, porém cheio de vida, de energia e cujo desgaste era por ter aproveitado o máximo do dia. Lembranças que nos fazem enxergar os grandes momentos e ser gratos a eles.

Sinto falta de acreditar nas pessoas. Parecia tão mais fácil decifrá-las. Eram mais divertidas e leves. Hoje parecem confinadas em seus segredos, para não demonstrarem fraquezas. Acreditar que seus olhos e palavras são realmente o que pensam.

Sinto falta no brilho dos olhos de quem abraça, toca suas mãos ou fala eu te amo. Tudo parece mecânico e sem luz. Não há mais tempo para o toque prolongado e que faz a troca energética. Troca que pode curar e estabelecer confiança.

Nos tornamos agitados, insensíveis ou apenas secos? Como voltar a ter tudo que um dia foi tão intenso e bom? Precisamos fazer a lição de casa e analisar como estamos nos sentindo perante a vida e as pessoas. Se não nos importarmos com isso, chegará o dia em que nos perguntaremos por que a vida está tão sem graça?

Nosso interior é importante. As relações são importantes. Mas tudo precisa vibrar numa sintonia em que nos tornemos pessoas com leveza no pensar e sentir. Sermos mais luz para nós e para os outros. Quem sabe então, não precisaremos sentir falta do amor.

NAMASTÊ