Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Onde está minha mente agora? Sinto-me desligar da vida, das pessoas, de tudo.
Sou a planta que nasce solitária em cima da rocha trincada. Ela pode observar o vale, mas está fadada a ficar inerte. Pode até ser descoberta, mas só será lembrada em fotos.
Sou o filhote que, ao deixar o ninho, desaba sem chance de sobreviver. As asas não se abrem e está destinado a ser abocanhado por outro animal qualquer.
Sou a primeira pedra que rola no tremor da terra, porque vive perigosamente sem se encaixar em nada.
Sou a neve fofa que recobre a montanha e que brilha por poucos instantes, bastando que o sol a encontre e derreta, transformando -a em filete de rio insignificante, que se perde na primeira fenda.
Sou a ausência de sentimentos, olhando para lá e para cá, sem achar o lugar certo para a conexão com a vida.
Sou invisível para os que amo e visível demais para quem gostaria de nem existir.
Sou uma interrogação para a vida e até para as pessoas. Não me entendem ou não querem e nem fazem questão de entender.
Continuo com os pés levitando, a mente confusa e o espírito abalado. Mas nada pode mudar isso, pois sou assim.
Vim não sei de onde, vou para algum ou nenhum lugar. Mas existo fora de mim, sem entender o que há dentro deste invólucro misterioso. Só uso, raras vezes, para me adaptar ao inadaptável.
NAMASTÊ
Onde está minha mente agora? Sinto-me desligar da vida, das pessoas, de tudo.
Sou a planta que nasce solitária em cima da rocha trincada. Ela pode observar o vale, mas está fadada a ficar inerte. Pode até ser descoberta, mas só será lembrada em fotos.
Sou o filhote que, ao deixar o ninho, desaba sem chance de sobreviver. As asas não se abrem e está destinado a ser abocanhado por outro animal qualquer.
Sou a primeira pedra que rola no tremor da terra, porque vive perigosamente sem se encaixar em nada.
Sou a neve fofa que recobre a montanha e que brilha por poucos instantes, bastando que o sol a encontre e derreta, transformando -a em filete de rio insignificante, que se perde na primeira fenda.
Sou a ausência de sentimentos, olhando para lá e para cá, sem achar o lugar certo para a conexão com a vida.
Sou invisível para os que amo e visível demais para quem gostaria de nem existir.
Sou uma interrogação para a vida e até para as pessoas. Não me entendem ou não querem e nem fazem questão de entender.
Continuo com os pés levitando, a mente confusa e o espírito abalado. Mas nada pode mudar isso, pois sou assim.
Vim não sei de onde, vou para algum ou nenhum lugar. Mas existo fora de mim, sem entender o que há dentro deste invólucro misterioso. Só uso, raras vezes, para me adaptar ao inadaptável.
NAMASTÊ
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