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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

PERDER A OPORTUNIDADE

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)





Você já se deu conta que o tempo passa mais rápido que nossos sentimentos?

Já parou para pensar que nosso orgulho atrapalha nossa voz e que todas as palavras que poderiam ou deveriam ser ditas perdem -se no vento? Esse tempo de falar, de expressar no momento certo, simplesmente se vai. Não há retorno.

Normalmente, nos damos conta destas coisas quando o tempo passou demais e perdemos a chance de ver um sorriso, de ganhar um abraço ou de deixar alguém um pouco mais feliz. E o grande mal nisso é a própria culpa que lentamente corrói nossa alma.

O interessante é que todos nós nos vangloriamos de não levarmos desaforos para casa. Falamos sem pensar e respondemos com o intuito de medir forças. E dizemos para nós mesmos que somos assim, que dizemos o que sentimos e pensamos. Mas, por que só temos coragem de ferir e não de curar?

Quantos de nós podem dizer que levam amor para casa? Eis o grande erro da humanidade. Pensar que ferir dá mais saúde à alma do que curar. Alguns acham que perdem o controle se elogiarem. Têm medo de serem diminuídos pelo simples fato de aumentarem a auto-estima de alguém. Isso é manipulação.

Podemos curar as pessoas dizendo o quanto estão belas, reparando no esforço que tem para ajudar-nos, na gentileza que nos fazem e em tantas outras coisas.

Mas alguns fazem questão de focar nos erros, nos detalhes não tão perfeitos ou em rir de forma debochada da maneira como o outro faz ou é. Isso é somente seu ego dizendo a si mesmo que é melhor que qualquer um.

Um dia essas pessoas poderão provar do sabor azedo do peso na consciência ou da falsa condição de mentores. Este último, porque muitos seguem os destemidos, faladores e detonadores, idolatrando-os como se o fel os sustentasse e os ensinasse a serem iguais. Normalmente são os fracassados que precisam de abrigo nas asas dos violentos.

Só que o tempo corre mais que qualquer sentimento e ao nos darmos conta, terá passado o momento de alguém que amamos ou respeitamos, ouvir as belas palavras que podem sair de nossos corações.

E quão forte nos tornamos quando de nossas bocas, de nossos gestos, de nossas almas saem a verdadeira essência de luz que somos capazes de nos tornar, apenas deixando que o coração abra as portas e libere o que de bom existe, sem medo de nos sentirmos humilhados.

Que possamos aproveitar o momento de estarmos com alguém e dizer o quanto esta pessoa é importante, que seus olhos hoje brilham mais, que seu perfume está inebriante, que sua roupa lhe caiu bem, que seu trabalho foi muito bom, que sua ajuda foi fundamental, que seu conselho foi importante, que sua comida estava saborosa, que seu gesto foi essencial, que sua lembrança o encheu de alegria e por aí vai. São tão poucas palavras e que parecem insignificantes, mas que com certeza nos darão paz de espírito e curarão de alguma forma quem as ouviu.

Podemos achar que a pessoa não mereça ouvir. Mas ela merece a cura, pois o amor e carinho sempre serão benvindos em nossas vidas. E isso transforma pessoas.

E, se por acaso você achar que não deve nada para ninguém ou que não precisa ficar "enchendo a bola" do outro, melhor rever sua vida e conceitos sobre o respeito com tudo que cerca nossa vivência. É provável que, em algum momento, sentirá a dor do remorso ou da solidão. E o tempo terá levado embora a hora certa de revelar o seu melhor.

NAMASTÊ

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

DEUS NÃO ESTÁ MORTO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)


Acordei cedo e resolvi ligar a TV, enquanto fazia meus exercícios diários. Estava passando um filme intitulado "Deus não está morto". Já passava da metade, mas consegui entender que era sobre a fé das pessoas e o quanto ela fica abalada quando não temos o que queremos, perdemos coisas ou a doença nos ataca. Eram vários casos e me chamou a atenção.

Como acho que nada é por acaso, creio que ligar a TV e encontrar esse filme fazia parte do propósito para que eu revisasse alguns pensamentos e não saísse da estrada.

Fiquei com muita vontade de escrever sobre o assunto e a ajudar as pessoas que estão desacreditadas de suas vidas, com este texto. Posso dizer que nem tudo é fácil mesmo.

Em um dos casos, um rapaz visita uma idosa (que talvez fosse sua mãe) e pergunta por que ela, que acreditava tanto em Deus, estaria demente e com aquela vida inútil, nem sabendo exatamente quem era, sendo que ele tinha uma vida rica e boa, mesmo não acreditando NEle. Ela responde que era ele que estava preso na soberba e riqueza, que sua prisão era glamourosa e bela, e que as portas estavam sempre abertas desta prisão diabólica. Mas que um dia elas iriam se fechar. E pergunta a ele quem realmente não saberá quem é neste momento. Ele fica mudo e se retira com raiva.

Como também estou lendo um livro sobre a vida e o que somos, os fatos parecem se entrelaçar. E me sinto fazendo parte de uma teia harmoniosa, onde a percepção parece dar as mãos para as sincronicidades da vida.

E hoje, após alguns dias de calor insuportável, finalmente choveu. E me sinto grata pela dádiva da água que vem refrescar. Me sinto grata pelas informações que, logo cedo, podem transformar meu dia.

A questão aqui é estarmos o tempo todo sendo testados por nós mesmos, colocando em Deus a culpa por não nos mexermos, nos alimentarmos mal, não exercitarmos o corpo e a mente de forma correta e nos deixarmos em situações complicadas.

Pais ensinam as mesmas coisas para seus filhos, mas cada um segue o caminho que escolhe. A culpa seria dos pais que dizem não é correto, não deve fazer, não siga por este lado?

Nossas vidas são um mistério ainda a ser realmente descoberto. Mas sabemos que interagimos uns com os outros, que nossos corpos de alta frequência acabam se unindo a outros, inclusive com Deus. E por isso, Deus está em toda parte, inclusive em nós.

E se isso é um fato, existimos em plenitude e as pessoas e situações que encontramos na vida são frutos da mistura de pensamentos e desejos.
Se o erro ou problemas surgem, talvez sejam para abrir nossas mentes, ensinar nossos corações e nos preparar para um crescimento espiritual.

Acreditar ou não num Deus ou Ser Supremo que está acima de nós e no controle de tudo é só uma questão de fé. E essa fé se aloja em nosso corpo espiritual, o qual fará milagres literalmente, se soubermos como alimentá-lo de amor.

Portanto, se estiver com dúvidas, problemas e desestimulado com sua vida, tente trabalhar sua fé agora e faça uma oração. Apenas converse com Deus que está dentro de você e tente reagir à vida. Deus não está morto! De alguma forma, virá uma resposta. Basta estar aberto para ela. Muitas vezes não ouvimos ou enxergamos por estarmos focados na desesperança e cheios de sentimentos negativos.

No filme, eles pedem que todos que assistem a um show musical, passem mensagem para seus contatos apenas dizendo essas quatro palavras: Deus não está  morto. Isso atingirá milhares de pessoas e corações e poderá fazer a diferença para alguém. Que tal, quer tentar agora?

NAMASTÊ

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

TRANSFORME A AÇÃO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)



Os tempos mudaram mesmo! Lá atrás, crianças empilhavam os armários com caixas de jogos. Hoje, em apenas uma gaveta guardam o tablet e o iPhone.

O terreno baldio era o ponto de encontro da turminha do bairro, com suas bicicletas e sem nenhuma maldade. Hoje, elas se encontram nos shoppings e nas praças de alimentação.

Não havia tempo para comer, só quando a mãe chamava para o jantar. Hoje, passam o tempo abrindo pacotes de biscoitos em frente à TV.

Antes, se exercitavam naturalmente, com as brincadeiras de rua: pular corda, pique esconde, construir cabanas, banhos de rio e bicicleta. Hoje, paga-se balé, natação, escolinha de futebol, artes marciais.

Não se falava em hiperatividade, pois a energia era dispensada no agito do dia a dia com a turminha. Hoje, a gritaria se resume no lanche da escola. Depois, o silêncio tenebroso em quartos ou atividades extras curriculares.

Nem sabíamos o significado de psicólogos, mas hoje eles enriquecem com crianças frustradas, cheias de medo e até perdidas sobre suas vidas.

Então, o progresso faz isso? Não liberta as pessoas, mas as prende cada vez mais em seus corpos? Os adultos de hoje são tão focados na sua vida financeira, que esqueceram de recarregar sua energia. E, por vezes, acabam sem bateria, desprovidos da carga necessária para poderem utilizar aplicativos interessantes que funcionam através do clique certeiro no coração.

Falam de família, mas não a ouvem, nem a entendem. Acreditam que pacotes de viagens são soluções para satisfazer as crianças. Mas elas voltam e ainda precisam se tratar.

Nossos pais eram chamados na escola porque "matávamos" aula ou conversávamos demais. Hoje, é porque estão com drogas, tentando o suicídio no banheiro ou armadas com facas e revólveres.

Não tem a ver com o tempo, mas com o ser humano e a fome de poder, de glória, de exibicionismo e até de egoísmo.

Não caiu a ficha, nem vai cair. Porque o mundo segue em frente, perdendo valores, mas ganhando em crescimento profissional.

E será que não tem como misturar um pouco de tudo e encontrar a fórmula para um mundo mais consciente e leve para todas as idades? Alguns já estão acordando e isso é bom. Outros, preferem tomar seus remédios e continuarem a dormir.

E você, já analisou profundamente sua vida? Sente-se livre ou tem a angustiante sensação de uma corda no pescoço? Lembre da tua criança que ainda existe dentro de você e resgate o que de mais saudável e feliz teve, trazendo a alegria de viver novamente para si e os que convivem junto.

Surpreenda a própria vida, resgatando sua missão como ser espiritual.

NAMASTÊ

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

O TEMPO NOS ENSINA

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)



Me desculpe por não aproveitar o tempo que tive para te olhar nos olhos, para te ouvir e para sentir o calor que emana do teu corpo através de um abraço.

Perdoe se me importei só comigo, se minha arrogância me afastou de momentos que poderiam ser bons e eternos.

Sinto tua falta! Tua ausência agora é definida como dor. Quando se tem as coisas, não calculamos o tempo que elas ficam. Não nos importamos.

Egoisticamente, lançamos mão de um único momento de troca de idéias, com a desculpa de ter paz e não nos comprometermos em ouvir o que não queremos.

Proteção ou não à minha vida, ao meu espírito, agora sei que poderia apenas ouvir a tua opinião, até porque sabia do teu sentimento. Agora, ela faz falta.

Te julguei mal, não sabendo lidar com tua intromissão. Hoje sei que se importava e queria apenas o meu bem estar.

Mas o tempo nos faz maduros e agora sinto e percebo que, se Deus me concedesse só mais uma vez a tua companhia, eu aproveitaria para te ouvir, olhar, sentir e sorrir de tudo que viria deste encontro.

Não exigiria que se calasse através da minha estupidez. Não deixaria de te ouvir e analisaria cada palavra que quizesse dizer para me guiar. Iria observar melhor seu rosto, seus olhos e seus gestos. E prometo que respeitaria tuas marcas do tempo, muitas delas não reconhecidas como preocupações comigo. Enalteceria e sentiria tua pele na ponta dos meus dedos.

Eu teria mais força para continuar. E mostraria aos descendentes que não há outra forma de amar, senão a que se respeita a vida de alguém, o momento e cada sentimento que pode ter dentro de si. E simplesmente é essa diversidade de histórias que faz nossas vidas terem sentido, crescimento e descobertas.

Entendo por que o valor da vida, das coisas, das pessoas, dos sentimentos é como a trilha longa no meio da floresta que todos nós percorremos. Só quando chegamos ao final e olhamos para trás, conseguimos perceber que deixamos passar muita beleza. Tudo porque o foco era a chegada. E vamos atropelando e pisando o que tem no caminho. Mas, na chegada, não haverá maneira de voltar atrás, só a saudade que será a faixa colocada em nosso peito. Mas não terão medalhas, apenas laços eternos.

NAMASTÊ 

domingo, 9 de fevereiro de 2020

FORA DE MIM

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)


Onde está minha mente agora? Sinto-me desligar da vida, das pessoas, de tudo.

Sou a planta que nasce solitária em cima da rocha trincada. Ela pode observar o vale, mas está fadada a ficar inerte. Pode até ser descoberta, mas só será lembrada em fotos.

Sou o filhote que, ao deixar o ninho, desaba sem chance de sobreviver. As asas não se abrem e está destinado a ser abocanhado por outro animal qualquer.

Sou a primeira pedra que rola no tremor da terra, porque vive perigosamente sem se encaixar em nada.

Sou a neve fofa que recobre a montanha e que brilha por poucos instantes, bastando que o sol a encontre e derreta, transformando -a em filete de rio insignificante, que se perde na primeira fenda.

Sou a ausência de sentimentos, olhando para lá e para cá, sem achar o lugar certo para a conexão com a vida.

Sou invisível para os que amo e visível demais para quem gostaria de nem existir.

Sou uma interrogação para a vida e até para as pessoas. Não me entendem ou não querem e nem fazem questão de entender.

Continuo com os pés levitando, a mente confusa e o espírito abalado. Mas nada pode mudar isso, pois sou assim.

Vim não sei de onde, vou para algum ou nenhum lugar. Mas existo fora de mim, sem entender o que há dentro deste invólucro misterioso. Só uso, raras vezes, para me adaptar ao inadaptável.

NAMASTÊ 

sábado, 8 de fevereiro de 2020

PSICOPOESIA

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)


Paz não é sinônimo de solidão.
Sorriso não é sinônimo de alegria.
Quando não temos escolhas,
O sol pode ofuscar e a chuva pode arrasar.

Coloque a fé na palma das mãos,
deixe seus pés encontrarem o caminho.
Cada palavra que sai da boca, pode amargar ou adoçar, tudo é espinho.

Respire e encha-se de esperança,
saia do corpo ao fechar os olhos.
Há um mundo além de tudo, que traz respostas e conteúdo.

Loucura e sanidade andam de mãos dadas.
Só se largam quando cutucadas.
A loucura leva ao vazio e a sanidade para o frio.

Então, o que escolher se tudo é um emaranhado?
Fugir para onde,
Encontrar o que?
Não há saída, o tempo é algoz.
Resta esperar e um dia, relaxar.

NAMASTÊ




sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

A VELHICE É UMA DADIVA

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)




Resolvi escrever este texto depois que vi o filme Jumanji 2. Um ator de idade avançada fala ao seu neto que a velhice é uma droga, no início do filme. Mas, após tudo acontecer, ele vira para o neto e diz que a velhice é uma dádiva.

Confesso que lágrimas rolaram dos meus olhos quando ouvi a correção dele sobre a velhice. Isto me fez pensar sobre nossas vidas e o quanto elas são cheias de surpresas desde pessoas que estão no caminho, até fatos e palavras.

Não interessa que idade temos, mas o que fizemos e fazemos com nossas vidas, verdadeiramente falando. 
E o que levamos desta vida dentro de nós, escondido a sete chaves. As diversas fases podem ou não ser vividas completamente. Aqueles que conseguem vivê-las totalmente ou não, porém com intensidade suficiente para amar o passado, vão adentrando às outras fases com segurança e maestria.

Sabemos como distinguir essas pessoas pelo simples fato de aceitarem como o tempo lhes deu os predicados óbvios, seus comportamentos e atitudes relativos às suas idades. Reconhecem o fato de que a vida de tudo na Terra se resume em nascer, florescer, envelhecer e deixar espaço para os que vêm depois.

Elas não se importam em fazer parte deste ciclo e não tem medo de ficar aquém da sociedade. Pois respeitam seu espaço e até os idolatra. Não precisam falsificar seus corpos e documentos, aceitando o ciclo normal da vida.

Levam em seus corações machucados, feridas e muito dever cumprido. Mas também a alegria de terem repartido, amado e conduzido alguns na estrada da vida. Contam causos e sabem que o tempo, apesar de ingrato algumas vezes, ainda é o melhor remédio para a cura de sentimentos destruidores de paz de espírito.

Entendem que suas peças, aos poucos, vão funcionando sem muita agilidade. Não ouvem tanto, não lembram muito, não se mexem tão bem. Mesmo assim, usam o que tem de mais lindo em todos nós: a sabedoria, a paciência e a resignação.

Aprenderam a respeitar os que sofrem por não aceitarem em si a condição da idade. E convivem harmonicamente com eles, sem questionar suas escolhas. Apenas observam o desespero que suas almas enfrentam, a fim de manterem seus corpos eternamente jovens.

"A velhice é uma dádiva "!
O que é errado é o comportamento humano quanto à velhice. Não só dos que se recusam a envelhecer, cheios de inveja, soberba e luxúria, mas da falta de compaixão pelos mais jovens sem entender, respeitar e socializar com os mais velhos de forma natural. Talvez a ciência ainda não tenha avançado o suficiente para eternizar a vida. E até então temos tentado prolongá-la de diversas maneiras. Mesmo assim, não há como fugir do imprevisível.

Se não respeitarmos os que apenas querem continuar seus caminhos, teremos que levar a carga do que ou quem realmente somos e que tipo de memória celular estará gravada em nós. Há virtude em ser o que se é, no tempo que se pode ser. E inteligência em discernir seu tempo e época, interagindo e reconhecendo limites disponíveis para cada tempo ou idade.

Não há mal algum em querer viver intensamente e de forma saudável. O mal está na não aceitação da vida que palpita dentro de nós, diferente para cada um. Isto corrói e abre buracos de grandes insatisfações por não termos o controle sobre nós mesmos. Seremos eternos, mas não no físico, apenas nas correntes de um tempo que não volta mais.

NAMASTÊ