Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
É difícil falar de um tema tão óbvio para qualquer pessoa. Neste exato momento, todos nós somos uma caixa preta em nosso interior, com a diferença que mesmo morrendo, ninguém conseguirá decifrar o que realmente tínhamos no coração.
Muitas pessoas sabem usar suas máscaras com mestria. Não sei se são verdadeiros artistas na arte da interpretação e fingimento ou se o trabalho quanto ao equilíbrio é tão intenso que realmente não tem o que esconder. São pessoas livres desses sentimentos que nos entorpecem a alma. Mas, a verdade é que é muito difícil quem não tenha seus segredinhos. E esses assuntos são secretos por diversos motivos: por medo dos julgamentos, da incompreensão, por não encontrar quem realmente queira escutar e ajudar, porque sabemos que, mesmo falando, as pessoas não vão querer se meter ou por apenas protegermos os outros contra nossas frustrações.
Sim, porque tem muita gente que, apesar de ouvir, odeia se envolver nos assuntos alheios. Pode até perguntar, mas não ouve. Basta querermos desabafar e o assunto muda. E é por isso que vamos entulhando nossos porões de bagagem triste, mofada e cheia de traças. Estas por sua vez, não são as que comem roupas, mas as que abrem buracos na aura e até na alma. Parece tenebroso e sombrio, mas é assim que vamos, aos poucos, sentindo desilusão pelas coisas da vida. Uns reagem conforme o momento, outros desistem com mais facilidade.
Ninguém é um super herói com uma força descomunal, capaz de suportar as dilacerações da alma. As frustrações em todos os níveis vão balançando o emocional. E passamos pelas várias fases da psicologia: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. É comum ver pessoas sorridentes respondendo sempre " tudo bem", quando na verdade por dentro estão emboloradas. Às vezes sabemos o que passam, noutras não temos ideia. Mas suas atitudes de negar a si mesmas e ao mundo seus problemas é até natural, visto ainda não processarem exatamente o que acontece em suas vidas. Algumas choram às escondidas, outras passam direto para o segundo nível: a raiva.
Até chegarmos na aceitação de que é exatamente essa a realidade de nossas vidas, vamos perdendo pedaços pelo caminho. A pergunta seria: - o que eu posso ou consigo fazer com tudo isso que mexe com minha estrutura hoje, aqui e agora? Se não puder fazer nada, talvez possamos transformar o que nos incomoda, nos chateia em aprendizado. E usar de artifícios para agirmos como pessoas desprendidas, adultos centrados e não crianças mimadas e choronas. Parece algo dolorido para se viver, mas a diferença entre uns e outros, é justamente o como. Como lidam, como encaram, como esquecem, como trabalham a dor dentro de si.
Não podemos simplesmente ofuscar tudo. Entenda-se que é necessário sanar os sentimentos incômodos com novas estruturas formadas dentro de nós. Talvez possamos desistir de algo e abrir espaço para outras coisas, talvez devêssemos mudar a forma de encarar algumas atitudes e situações, ou ainda apenas nos conscientizar de que podemos ser livres e deixar os outros livres. E focar no que nós queremos e podemos fazer, sem criar expectativas de nada. Apenas viver o dia a dia.
Se no final do dia nos entregarmos ao sono com tranquilidade, paz e felizes, podemos ter a certeza de que estamos no caminho certo. E tentar que o dia seguinte simplesmente seja mais um dia a se viver com os pés no chão, a alma flutuando e a mente focada no melhor que podemos ser e realizar. Esperar que os outros nos amem, nos queiram por perto, nos deem atenção ou apenas nos compreendam é, no fundo, querer ter o controle sobre a vida das pessoas. Quando elas notarem que paramos de sentir tudo isso, acabarão voltando normalmente ou, indo embora de vez. E nada poderemos fazer a não ser desejar que sigam em paz.
Quanto a nós, queremos ficar perto de gente que ri, que festeja, que não tenha ou demonstre problemas. Pessoas que sofrem e choram são chatas. Alguns sabem fazer do seu exterior algo vendável, mesmo que o interior esteja podre. E adoramos pessoas positivas e alegres. Elas são carregadores de energia, tamanha a força interior que usam para se livrar dos próprios demônios. Porque problemas todos tem, a diferença é como você se mostra por fora, mesmo que seu interior esteja arrasado. Mas cuidado, a camuflagem um dia pode se transformar num grande incêndio, destruindo quem cruzar pela frente.
Mesmo com todo ensinamento, uma coisa é certa: sempre levaremos conosco segredos que nunca ninguém saberá e que são justamente as tristezas que carregamos dentro de nós por termos sido de alguma forma abandonados. Sorrisos não são só sinais de alegria, mas também de força ou hipocrisia. Não julguemos só o exterior, pois pessoas que fazem muita graça ou riem demais, também são profundas...
NAMASTÊ
É difícil falar de um tema tão óbvio para qualquer pessoa. Neste exato momento, todos nós somos uma caixa preta em nosso interior, com a diferença que mesmo morrendo, ninguém conseguirá decifrar o que realmente tínhamos no coração.
Muitas pessoas sabem usar suas máscaras com mestria. Não sei se são verdadeiros artistas na arte da interpretação e fingimento ou se o trabalho quanto ao equilíbrio é tão intenso que realmente não tem o que esconder. São pessoas livres desses sentimentos que nos entorpecem a alma. Mas, a verdade é que é muito difícil quem não tenha seus segredinhos. E esses assuntos são secretos por diversos motivos: por medo dos julgamentos, da incompreensão, por não encontrar quem realmente queira escutar e ajudar, porque sabemos que, mesmo falando, as pessoas não vão querer se meter ou por apenas protegermos os outros contra nossas frustrações.
Sim, porque tem muita gente que, apesar de ouvir, odeia se envolver nos assuntos alheios. Pode até perguntar, mas não ouve. Basta querermos desabafar e o assunto muda. E é por isso que vamos entulhando nossos porões de bagagem triste, mofada e cheia de traças. Estas por sua vez, não são as que comem roupas, mas as que abrem buracos na aura e até na alma. Parece tenebroso e sombrio, mas é assim que vamos, aos poucos, sentindo desilusão pelas coisas da vida. Uns reagem conforme o momento, outros desistem com mais facilidade.
Ninguém é um super herói com uma força descomunal, capaz de suportar as dilacerações da alma. As frustrações em todos os níveis vão balançando o emocional. E passamos pelas várias fases da psicologia: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. É comum ver pessoas sorridentes respondendo sempre " tudo bem", quando na verdade por dentro estão emboloradas. Às vezes sabemos o que passam, noutras não temos ideia. Mas suas atitudes de negar a si mesmas e ao mundo seus problemas é até natural, visto ainda não processarem exatamente o que acontece em suas vidas. Algumas choram às escondidas, outras passam direto para o segundo nível: a raiva.
Até chegarmos na aceitação de que é exatamente essa a realidade de nossas vidas, vamos perdendo pedaços pelo caminho. A pergunta seria: - o que eu posso ou consigo fazer com tudo isso que mexe com minha estrutura hoje, aqui e agora? Se não puder fazer nada, talvez possamos transformar o que nos incomoda, nos chateia em aprendizado. E usar de artifícios para agirmos como pessoas desprendidas, adultos centrados e não crianças mimadas e choronas. Parece algo dolorido para se viver, mas a diferença entre uns e outros, é justamente o como. Como lidam, como encaram, como esquecem, como trabalham a dor dentro de si.
Não podemos simplesmente ofuscar tudo. Entenda-se que é necessário sanar os sentimentos incômodos com novas estruturas formadas dentro de nós. Talvez possamos desistir de algo e abrir espaço para outras coisas, talvez devêssemos mudar a forma de encarar algumas atitudes e situações, ou ainda apenas nos conscientizar de que podemos ser livres e deixar os outros livres. E focar no que nós queremos e podemos fazer, sem criar expectativas de nada. Apenas viver o dia a dia.
Se no final do dia nos entregarmos ao sono com tranquilidade, paz e felizes, podemos ter a certeza de que estamos no caminho certo. E tentar que o dia seguinte simplesmente seja mais um dia a se viver com os pés no chão, a alma flutuando e a mente focada no melhor que podemos ser e realizar. Esperar que os outros nos amem, nos queiram por perto, nos deem atenção ou apenas nos compreendam é, no fundo, querer ter o controle sobre a vida das pessoas. Quando elas notarem que paramos de sentir tudo isso, acabarão voltando normalmente ou, indo embora de vez. E nada poderemos fazer a não ser desejar que sigam em paz.
Quanto a nós, queremos ficar perto de gente que ri, que festeja, que não tenha ou demonstre problemas. Pessoas que sofrem e choram são chatas. Alguns sabem fazer do seu exterior algo vendável, mesmo que o interior esteja podre. E adoramos pessoas positivas e alegres. Elas são carregadores de energia, tamanha a força interior que usam para se livrar dos próprios demônios. Porque problemas todos tem, a diferença é como você se mostra por fora, mesmo que seu interior esteja arrasado. Mas cuidado, a camuflagem um dia pode se transformar num grande incêndio, destruindo quem cruzar pela frente.
Mesmo com todo ensinamento, uma coisa é certa: sempre levaremos conosco segredos que nunca ninguém saberá e que são justamente as tristezas que carregamos dentro de nós por termos sido de alguma forma abandonados. Sorrisos não são só sinais de alegria, mas também de força ou hipocrisia. Não julguemos só o exterior, pois pessoas que fazem muita graça ou riem demais, também são profundas...
NAMASTÊ
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