O SUSPIRO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)




Ah, o suspiro! Que bem tão grande ele faz!
Relaxa, libera e desata o que nos incomoda,
extrai o ar preso da raiva e do medo,
ou é um simples sinal da calma após a tempestade.

Ah, o suspiro! Que pode ser profundo ou profano!
Escancarando os sentimentos de paz ou tesão,
é o ar sufocado e guardado no peito,
que explode no alívio da tensão.

Suspirar é mostrar o quanto se gosta,
no contexto da surpresa e do impressionismo!
Suspirar é sentir na alma a libertação do que nos oprime,
é expulsar da vida a esquisitice do surrealismo.

Ah, o suspiro! Ele aposta no corpo mais relaxado,
ele investe no descanso da mente agressiva.
Não há como não encontrar a paz no suspiro,
onde a respiração encontra-se com o etéreo.

Suspirando lentamente, a tontura nos leva a alucinar,
suspiros rápidos e curtos parecem nos alertar.
Experimentar o suspiro, quando se deita e relaxa,
prepara o nosso espírito, na liberação de sonhar.

É no suspiro que está o amor, a dor e o terror,
guardados no fundo de nossa essência.
E, ao libertar o suspiro,
provamos toda nossa existência!

Ah, o suspiro! Que até na poesia nos inspira!
Suspirar é um gesto de dizer que se está vivo.
E a vida por si só é um suspiro,
que deve ser vivida e apreciada, num ato provocativo!


NAMASTÊ