Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
A imaginação é uma coisa fantástica! Ela nos ajuda a relaxar, se vemos imagens felizes e que nos fazem bem, ajuda a trabalhar o cérebro nas lembranças e também na cura. Sim, ela cura devido às descargas de serotonina, que nos tranquiliza e mexe, inclusive, com nossa maneira de respirar.
Vou levar você agora, querido leitor, a um mundo imaginário e quero que tenha toda liberdade para criar dentro deste mundo. Normalmente, imaginar com os olhos fechados é mais proveitoso, mas como quero que leia e entre comigo neste universo paralelo, você pode, vez ou outra, respirar, fechar seus olhos e ir imaginando.
Resolvi criar um enorme espelho. O encontrei perdido por ai. Ao tentar limpá-lo, caí para dentro dele e, imediatamente, senti uma mudança na temperatura corporal. Parece que tudo é perfeito, nem frio, nem calor demasiado. Apenas um mormaço suave. Olhei ao redor. Um lindo bosque, cheirando a carvalho e incrivelmente suave odor de canela. Tudo parece mais doce. Salivo.
Começo a caminhar, lentamente, sentindo que meus pés estão descalços. A energia telúrica é sentida sob a sola dos pés, percorrendo meu corpo como se fosse um choque elétrico, mas tão suave que me faz ficar em plena paz. A vegetação é uma pouco alta e dourada. Chega, mais ou menos, na minha cintura. Não tenho medo. O brilho dos raios de sol nela parecem ornamentar a vida de proteção divina.
Ao tocar as plantas, pequenos seres voadores começam a se manifestar e, rapidamente, me vejo envolta de asas transluzentes caminhando comigo. É como se o mundo me abrigasse em seus braços.
Nada me incomoda, faço parte deste todo. Mais à frente, a vegetação se transforma num lindo gramado que se estende ao lado de um riacho transparente, vindo de um pequeno fio de água que cai de uma altura absurda, causando uma fumaça de gotículas coloridas, formando um lindo arco-íris.
Não resisto e me desnudo. Também não me incomoda minha nudez. Sou apenas um corpo sem uma camada, mais natural, menos pudica. Ao entrar na água, embaixo do arco-íris, percebo que meus pés flutuam e que lindas asas se abrem nas minhas costas. E eu me transformo. Ao deixar minhas vestes para trás, sem vergonha e medo, entendo que meu casulo também foi deixado e agora, transmutei num ser melhor, deixando para trás qualquer sentimento ou força que não me deixava evoluir espiritualmente. E eu vôo! Brinco com milhões de outros seres voadores e me espanto ao ver, lá embaixo, meu próprio eu sorrindo e acenando.
Percebo que há muito mais além do que o corpo físico. Estou encantada com tanta beleza e sentimentos de paz. Fecho os olhos e deixo-me sobrevoar montanhas, riachos e planícies. Ao abrir meus olhos, uma imensa águia está ao meu lado e, por incrível que pareça, ouço o que ela me diz: siga-me! Assim o faço. Ela me leva para o alto de uma colina, onde pairamos para observar o prana sutil e brilhante sobre aquele lugar. Ela me fala de muitas coisas, inclusive sobre o orgulho que não deixa a liberdade ser presente na vida da humanidade. Diz que quem tem orgulho demais, não aproveita a vida completamente. E que o medo nos faz regredir. Entendo o que ela me diz e agradeço.
Salto para um vôo rasante sobre a terra e, batendo rápido as asas, pouso ao lado do meu próprio corpo. E me abraço, olhando profundamente em meus olhos. Tão profundamente que consigo ver minha própria alma. Este lugar é mágico e curador. E, ao mergulhar no meu mais profundo ser, volto a ser várias camadas numa só. Só que agora, sinto dentro de mim as asas e ensinamentos, os quais jamais quero perder.
Respiro profundamente e me deito no capim cheiroso, coberto de minúsculas flores coloridas, criando um verdadeiro tapete bordado afofado. Quisera ficar ali para sempre, mas sei que preciso passar adiante tudo que aprendi e ganhei. Porque a vida é isso: compartilhamento!
Fecho os olhos e adormeço. E, ao acordar, sentindo meu corpo pleno e aquecido, estou novamente fora do espelho que, inesperadamente, deixa de mostrar minha imagem, refletindo apenas...luz!
NAMASTÊ
A imaginação é uma coisa fantástica! Ela nos ajuda a relaxar, se vemos imagens felizes e que nos fazem bem, ajuda a trabalhar o cérebro nas lembranças e também na cura. Sim, ela cura devido às descargas de serotonina, que nos tranquiliza e mexe, inclusive, com nossa maneira de respirar.
Vou levar você agora, querido leitor, a um mundo imaginário e quero que tenha toda liberdade para criar dentro deste mundo. Normalmente, imaginar com os olhos fechados é mais proveitoso, mas como quero que leia e entre comigo neste universo paralelo, você pode, vez ou outra, respirar, fechar seus olhos e ir imaginando.
Resolvi criar um enorme espelho. O encontrei perdido por ai. Ao tentar limpá-lo, caí para dentro dele e, imediatamente, senti uma mudança na temperatura corporal. Parece que tudo é perfeito, nem frio, nem calor demasiado. Apenas um mormaço suave. Olhei ao redor. Um lindo bosque, cheirando a carvalho e incrivelmente suave odor de canela. Tudo parece mais doce. Salivo.
Começo a caminhar, lentamente, sentindo que meus pés estão descalços. A energia telúrica é sentida sob a sola dos pés, percorrendo meu corpo como se fosse um choque elétrico, mas tão suave que me faz ficar em plena paz. A vegetação é uma pouco alta e dourada. Chega, mais ou menos, na minha cintura. Não tenho medo. O brilho dos raios de sol nela parecem ornamentar a vida de proteção divina.
Ao tocar as plantas, pequenos seres voadores começam a se manifestar e, rapidamente, me vejo envolta de asas transluzentes caminhando comigo. É como se o mundo me abrigasse em seus braços.
Nada me incomoda, faço parte deste todo. Mais à frente, a vegetação se transforma num lindo gramado que se estende ao lado de um riacho transparente, vindo de um pequeno fio de água que cai de uma altura absurda, causando uma fumaça de gotículas coloridas, formando um lindo arco-íris.
Não resisto e me desnudo. Também não me incomoda minha nudez. Sou apenas um corpo sem uma camada, mais natural, menos pudica. Ao entrar na água, embaixo do arco-íris, percebo que meus pés flutuam e que lindas asas se abrem nas minhas costas. E eu me transformo. Ao deixar minhas vestes para trás, sem vergonha e medo, entendo que meu casulo também foi deixado e agora, transmutei num ser melhor, deixando para trás qualquer sentimento ou força que não me deixava evoluir espiritualmente. E eu vôo! Brinco com milhões de outros seres voadores e me espanto ao ver, lá embaixo, meu próprio eu sorrindo e acenando.
Percebo que há muito mais além do que o corpo físico. Estou encantada com tanta beleza e sentimentos de paz. Fecho os olhos e deixo-me sobrevoar montanhas, riachos e planícies. Ao abrir meus olhos, uma imensa águia está ao meu lado e, por incrível que pareça, ouço o que ela me diz: siga-me! Assim o faço. Ela me leva para o alto de uma colina, onde pairamos para observar o prana sutil e brilhante sobre aquele lugar. Ela me fala de muitas coisas, inclusive sobre o orgulho que não deixa a liberdade ser presente na vida da humanidade. Diz que quem tem orgulho demais, não aproveita a vida completamente. E que o medo nos faz regredir. Entendo o que ela me diz e agradeço.
Salto para um vôo rasante sobre a terra e, batendo rápido as asas, pouso ao lado do meu próprio corpo. E me abraço, olhando profundamente em meus olhos. Tão profundamente que consigo ver minha própria alma. Este lugar é mágico e curador. E, ao mergulhar no meu mais profundo ser, volto a ser várias camadas numa só. Só que agora, sinto dentro de mim as asas e ensinamentos, os quais jamais quero perder.
Respiro profundamente e me deito no capim cheiroso, coberto de minúsculas flores coloridas, criando um verdadeiro tapete bordado afofado. Quisera ficar ali para sempre, mas sei que preciso passar adiante tudo que aprendi e ganhei. Porque a vida é isso: compartilhamento!
Fecho os olhos e adormeço. E, ao acordar, sentindo meu corpo pleno e aquecido, estou novamente fora do espelho que, inesperadamente, deixa de mostrar minha imagem, refletindo apenas...luz!
NAMASTÊ
Nenhum comentário:
Postar um comentário
CRÍTICAS, ELOGIOS, OPINIÕES E SUGESTÕES SOBRE A LEITURA OU O QUE QUER LER SERÃO MUITO BENVINDOS.